Pterossauros do Brasil, nova obra do paleontólogo Luiz Eduardo Anelli, professor do Instituto de Geociências (IGc), da USP, terá manhã de autógrafos no sábado, 5, às 10h, no Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC), em São Carlos
Embora frequentemente confundidos com
dinossauros, os pterossauros formam um grupo distinto de répteis voadores que
viveu entre o período Triássico e o fim do Cretáceo. Desde a descoberta de seu
primeiro esqueleto em 1784, esses animais despertam a curiosidade de
pesquisadores e entusiastas da pré-história. Pela primeira vez, um livro
voltado ao público infantil reúne informações sobre a origem, o comportamento e
a extinção dos pterossauros, destacando fósseis encontrados no Brasil e sua
importância para a paleontologia. Trata-se da obra Pterossauros do Brasil – Um tesouro da
nossa história até agora desconhecido dos brasileiros, da
editora Peirópolis, com autoria do paleontólogo e biólogo Luiz Eduardo Anelli,
professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc/USP).
As ilustrações são do designer gráfico e ilustrador Julio Lacerda Cavalcante.
O
lançamento do livro será no próximo sábado (5), às 10 horas, com uma sessão de
autógrafos e a palestra “Pterossauros do Brasil – Passeio para as rochas do
Grande Deserto Mesozóico", com Luiz Eduardo Anelli. A atividade será no
Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC), localizado na Rua Nove
de Julho, 1227, em São Carlos. O autor explica que, seguindo os dinossauros, os
pterossauros são o grupo de animais mais famosos da pré-história mundial. “Mas,
diferente dos dinos, os pterossauros não deixaram descendentes e foram
completamente extintos”, contextualiza. Ainda de acordo com Anelli, neste livro
fica evidente que pterossauros não são dinossauros voadores – uma confusão,
segundo ele, muito presente mesmo entre aqueles interessados na pré-história.
“Os pterossauros nos ensinam sobre geologia e biologia, sobre a vida e a morte,
assim como sobre o passado das terras brasileiras. São mais um tesouro da nossa
pré-história que buscamos popularizar”, acrescenta o professor do IGc.
Os
pterossauros viveram no mundo inteiro e, por conta disso, seus fósseis são
encontrados em todos os continentes, incluindo a Antártica e a Austrália e até
em ilhas, como a Groenlândia e o Japão. Mas, como todos os bichos, eles tinham
locais prediletos para habitais. Dentre esses locais preferidos está o Brasil.
Cerca de trinta espécies já foram descobertas em três sítios paleontológicos
brasileiros. Os dois primeiros, verdadeiros jardins do Éden, ficam na Chapada
do Araripe, no Ceará; o outro, um lugar onde os pterossauros se reuniam em
colônias, na cidade de Cruzeiro do Oeste, no Paraná. Assim como os dinossauros
pisaram em cada centímetro do que hoje é o Brasil, os pterossauros voavam por
cada pedaço do céu. No entanto, só encontramos seus fósseis nas rochas do tempo
em que viveram e que hoje aparecem na superfície terrestre.
SOBRE OS AUTORES
Luiz Eduardo Anelli, biólogo, paleontólogo, escritor e
professor do Instituto de Geociências da USP. Organizou diversas exposições,
como Dinos na Oca, no parque do Ibirapuera (São Paulo) e A evolução dos
dinossauros, no Sabina Escola Parque do Conhecimento (Santo André), onde montou
o único esqueleto de Tyrannosaurus rex em exposição permanente na América do
Sul. Há 30 anos ocupa boa parte do seu tempo dando aulas e escrevendo livros
sobre os dinossauros e a pré-história brasileira, como o Novo guia completo dos
dinossauros do Brasil, Dinossauros e outros monstros: uma viagem à pré-história
do Brasil, Dinos do Brasil, Novos dinos do Brasil, ABCDinos, ABCDEspaço e
ABCDarqueologia, todos pela Editora Peirópolis. Anelli possui dois prêmios
Jabuti em sua carreira como escritor: o primeiro, em 2018, com livro sobre a
vida dos dinossauros brasileiros, e o segundo, em 2024, com o livro ABCDarqueologia.
Julio Lacerda Cavalcante, designer gráfico e
ilustrador, ingressou na paleoarte ainda jovem, aos 17 anos. Almejando aliar a
liberdade da reconstrução de animais extintos com a essência do naturalismo
presente em documentários sobre a vida selvagem, busca representar dinossauros
como seres vivos complexos e realistas em aparência e comportamentos,
protagonizando cenas corriqueiras. Suas ilustrações já foram publicadas e
expostas em diversos países, como Japão, Reino Unido e Estados Unidos. Amante
da natureza e assíduo viajante, Julio procura ao ar livre a inspiração para
suas obras.
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