Envolver os pequenos em atividades lúdicas e em momentos que tenham sentido emocional e afetuoso é o ideal
Comemorar
a Páscoa com as crianças é uma maneira de fortalecer os vínculos afetivos entre
pais, filhos e educadores, e também pode ser uma oportunidade de explicar que a
data fala de renascimento, amor e esperança. “Para os pequenos, podemos dizer
que é uma época em que celebramos a alegria de recomeçar, de transformar
tristeza em felicidade e de estar junto das pessoas que amamos. Se a família
for religiosa, é importante que essa explicação venha com os valores que cada
crença carrega, de forma simples e amorosa”, explica a psicopedagoga e
escritora infantil Paula Furtado.
Trabalhar
o mundo imaginário infantil também é importante, pois a data está associada à
troca de chocolates e à crença de que é o coelhinho da Páscoa quem entrega os
ovos. “Pode-se contar que o coelho é símbolo de fertilidade e vida nova, porque
ele tem muitos filhotes e representa a chegada da primavera em alguns países.
Já o ovo de chocolate simboliza o nascimento, além de gostoso, representa o
gesto de compartilhar algo doce e especial com pessoas queridas. É uma maneira
lúdica de dizer ‘eu me importo com você, quero que tenha uma vida cheia de amor
e alegrias’”, enfatiza Paula.
Educadores
e pais podem envolver as crianças em atividades lúdicas, fáceis e divertidas
que tenham um sentido emocional e afetuoso, para que absorvam, com facilidade,
o significado da Páscoa. A especialista listou algumas delas. Confira:
- Preparar
juntos
uma receita para o encontro em família e com alguma atividade de arte,
como pintar ovos de galinha cozidos, enfeitar a casa, montar uma mesa
especial temática.
- Contar
histórias sobre a origem da Páscoa.
- Escrever
juntos uma “mensagem de esperança” para ser entregue
aos familiares.
- Montar
uma cestinha com mensagens positivas.
- Organizar
uma caça aos ovos com pistas simbólicas seguindo
pegadas de coelhos para os menores.
- Contar
histórias com fantoches ou livros
ilustrados.
- Criar
oficinas de pintura de ovos (cozidos ou de papel).
- Fazer
um “coelhinho da gratidão”: cada criança escreve um
motivo para agradecer e coloca dentro de um ovo surpresa.
- Elaborar
um teatrinho sobre o coelhinho da Páscoa.
- Confeccionar
máscaras ou orelhinhas com materiais recicláveis.
“Acreditar
no coelhinho, como em outras figuras mágicas da infância, nutre a imaginação, a
criatividade, o encantamento pelo mundo. E faz muito bem! A fantasia tem um
papel importante no desenvolvimento emocional da criança e ajuda a lidar com
sentimentos complexos de forma simbólica e segura. As memórias afetivas, quando
envolvem o imaginário são as melhores”, finaliza Paula.
Sobre
Paula Furtado
Paula
é pedagoga, formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP), com especialização em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Educação
Especial, Arte de Contar Histórias e Arteterapia pelo Instituto Sedes
Sapientiae e Leitura e Escrita, também pela PUC-SP. A profissional já trabalhou
como professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental na rede particular de
ensino, e já atuou como assessora pedagógica em escolas públicas e
particulares.
Paula
Furtado atende crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizado. Nesta
área da educação, a pedagoga ministra cursos para formação de educadores nas
instituições de ensino pública e particular e realiza palestras para pais sobre
a importância de contar histórias.
Como autora, Paula completa seu trabalho escrevendo diversos livros infantojuvenis (100 obras até o momento) e, dentro de suas atuações de jornada literária, também foi coordenadora e supervisora psicopedagógica em diversas publicações infantis (Contos de fadas, Lendas e Folclore) com a Girassol Brasil e Mauricio de Sousa. A autora complementa suas atividades escrevendo para diferentes revistas de educação sobre temas pedagógicos, além de trabalhar na criação e patente de Jogos Pedagógicos como: Desafio, Detetive de Palavras, De Olho na Ortografia, dentre outros.
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