A canção celebra a fé e a resistência por meio de uma sonoridade experimental, marcada por elementos dos ritmos brasileiros
Assista aqui.
Escute aqui.
Capa
do single (crédito: Júlia Girós | @julia_giros)
Após
o sucesso dos primeiros lançamentos, o duo Camaleônica apresenta o terceiro
single do disco “Eletrotropical”, a ser lançado no próximo mês. A faixa “Língua
e Revolta” chega como um manifesto urgente em tempos sombrios: mistura o ijexá,
ritmo ancestral afro-brasileiro, a guitarras distorcidas e vocal em transe,
criando um ambiente onde o sagrado e o insurgente dançam juntos.
É
uma música que não pede licença. Ela afirma, com intensidade visceral, a
existência de corpos e vozes que o mundo insiste em apagar. “Quem é você pra me
dizer aqui que eu não sou ninguém?”, pergunta o verso que guia a canção. Para o
duo, essa pergunta é mais do que denúncia, é uma resposta. Como diz o
integrante Fernando Reis, “ela evidencia a urgência de existir diante de um
mundo que tenta silenciar e desautorizar quem não se encaixa em uma visão
binária e estreita de humanidade”.
Felipe
Dantas, também integrante do duo, explica que “Língua e Revolta” é sobre
resistir ao ódio, mesmo que essa resistência venha atravessada pela raiva. “É
um manifesto em defesa das liberdades: do afeto, da fé, da identidade. O
personagem da música encontra força na ancestralidade e nas lutas que o
antecedem. Ele transforma essa força em grito, em som, em coragem”, conta.
Eletrotropical: um disco entre a celebração e o confronto
O
single integra o disco Eletrotropical,
que aprofunda essa pesquisa sonora que entrelaça ritmos afro, beats eletrônicos
e espiritualidade periférica. A obra é um caldeirão de referências: celebra o
agora, o baile de favela, os orixás e os encontros latino-americanos, com
influências que vão da Tropicália de Caetano Veloso à lírica urbana de Marcelo
D2.
Na
visão do duo, “Eletrotropical” é também um conceito estético. “As raízes
brasileiras são o futuro da nossa música”, afirma Fernando. “Estão no nosso
corpo, na nossa memória, e agora também nos nossos beats”, completa. O primeiro
single, “Maravilhoso”, apresentou ao público a identidade múltipla do duo: uma
MPB experimental, leve e crítica, que fala de amor e desamor com o olhar de
quem atravessa a vida como uma escola de samba na avenida. Com ele, Camaleônica
alcançou mais de 7 mil streams em 30 dias e se apresentou com casas cheias em
Barcelona, nas salas La Nau e Sala Vol.
Como
define Felipe, o disco é “o Brasil que a gente sente e viveu, entre o glitter e
o paraFAL. É resistência e festa ao mesmo tempo”. Com shows já marcados na Espanha e em Portugal,
Camaleônica segue expandindo seu público e consolidando sua estética híbrida,
misturando percussão, harmonia, loops e samples em apresentações hipnóticas.
Sobre a Camaleônica
Criada
em Barcelona pelos amigos de infância Felipe Dantas e Fernando Reis, a
Camaleônica mistura o tradicional e o contemporâneo da música afro-brasileira,
transitando por estilos como samba, bossa nova, rock e hip hop. Suas
composições descrevem a vida cotidiana pelo olhar de quem cresceu no subúrbio — a escumalha de Douglas Germano
—, carregando um
discurso poético e político que resgata a beleza da simplicidade. Em suas
performances ao vivo, o duo utiliza loops, samples e instrumentos inusitados,
criando um show dinâmico e imersivo.
FICHA TÉCNICA
Produção musical: Felipe Dantas e Fernando Reis
Direção artística e coros: Amanda Bortolo
Composição,
voz principal, guitarra e percussão: Felipe Dantas
Baixo, percussão e coros: Fernando Reis
Coros: Carla Blanch, Lua Fernandes, Maria Llobet e Romane Nardreb
Gravação
e Pré-Mixagem: Adria Marti
Estúdio de Gravação: Ateneu 9Barris
Mixagem e Masterização: Mayam Rodilhano
Estúdio de Mixagem: Montanha Records
Distribuidora:
Tratore
Selo/Produtora: Fliperama Lab
Produção Executiva: Amanda Bortolo
Conheça o duo:
Comentários
Postar um comentário