Klester
Cavalcanti relata momentos de angústia, dor e desespero vividos durante o
regime de Bashar al-Assad no relançamento do vencedor do Prêmio Jabuti
"Dias de inferno na Síria"
Após a queda do governo
de Bashar al-Assad na Síria com investidas do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS)
– também conhecido como Organização para a Libertação do Levante –, o livro Dias de inferno na Síria,
do jornalista brasileiro Klester
Cavalcanti, ganha novos significados.
Com
nova edição, agora pela Matrix
Editora, a obra vencedora do Prêmio Jabuti de Literatura, conta
com trechos inéditos que refletem sobre os possíveis cenários para o futuro do
país, cuja nova liderança carrega um histórico de vínculos extremistas com a
Al-Qaeda.
Cavalcanti
relata nas páginas o que seria apenas uma cobertura jornalística de sete dias,
mas se tornou uma tormenta que colocou sua vida em risco. Partindo do Brasil
para Líbano, com destino final a Homs – terceira maior cidade da Síria, com o
objetivo de captar a realidade que assolava a região, ele tinha autorização
para fotografar e filmar o que acontecesse.
O
planejamento da cobertura incluía acompanhar por dois dias o Exército Livre da
Síria (ELS), maior opositor do governo sírio, além de mostrar o dia a dia dos
moradores em outras três oportunidades. No entanto, Cavalcanti teve os planos
frustrados logo na chegada, quando foi preso pelas tropas oficiais, torturado e
encarcerado numa cela dividida com outros 22 homens.
Durante
seis dias, foi interrogado, torturado e teve o rosto queimado para obrigá-lo a
assinar um documento em árabe. Foi somente com a intervenção do Itamaraty, que
transformou sua prisão em um incidente diplomático internacional, que o
jornalista foi libertado do cárcere.
Nessa
versão atualizada, além das incertezas políticas e sociais que rondam a nação,
o autor destaca as intenções do líder do HTS de transformar a Síria numa nação
regida pelas leis do Islã, semelhante ao Irã, onde a constituição é
fundamentada em preceitos religiosos. “No Irã, por exemplo, as mulheres são
obrigadas a usar o véu, têm de cobrir todo o corpo para sair de casa, e só
podem viajar para fora do país se o marido ou o pai autorizarem”, explica.
Embora
o regime familiar que controlou o Estado por mais de 60 anos tenha deixado de
ser uma preocupação para o povo sírio, Klester mostra que os membros do HTS não
são os únicos rebeldes com ambição de assumir o comando da pátria. Segundo o
autor, isso significa que haverá uma disputa entre os próprios opositores de
al-Assad para assumir o governo.
Nesta
narrativa, o jornalista evidencia como vítimas e algozes desse conflito são
pessoas comuns, com histórias repletas de emoções, dores e perdas, levando à
reflexão sobre as divisões religiosas e as dinâmicas de poder que afligem o
mundo. Dias de inferno na
Síria apresenta aos leitores um relato pessoal, sincero e
doloroso de quem vivenciou as mazelas da guerra, e chegou a acreditar que nunca
mais voltaria ao próprio país.
Ficha técnica
Título:
Dias de inferno na Síria - O relato do jornalista brasileiro que foi preso e
torturado em plena guerra
Autor:
Klester Cavalcanti
Editora:
Matrix Editora
ISBN: 978-65-5616-530-1
Número de páginas:
264
Preço:
R$ 73
Onde encontrar:
Matrix Editora, Amazon
Sobre o autor:
Jornalista
desde 1994, o recifense Klester Cavalcanti já trabalhou em alguns dos maiores
veículos da imprensa nacional. Já conquistou prêmios de relevância
internacional, como o de Melhor Reportagem Ambiental da América do Sul,
conferido pela agência de notícias Reuters e pela IUCN (União Mundial para a
Natureza), e o Natali Prize, a mais importante premiação de Jornalismo de
Direitos Humanos do mundo. Recebeu também o Prêmio Vladimir Herzog de Direitos
Humanos e o Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo. É autor de cinco livros, dos
quais três foram agraciados com o Prêmio Jabuti de Literatura, a mais
prestigiada premiação da literatura brasileira: Viúvas da Terra, O nome da morte e Dias de inferno na Síria. Seu livro O nome da morte foi adaptado
para o cinema e lançado em mais de 20 países, traduzido para oito idiomas, o
que faz de Klester o autor brasileiro de livro-reportagem mais publicado no
mundo.
Redes sociais do autor
- Instagram: @klestercavalcanti
- LinkedIn: Klester
Cavalcanti
Sobre a Matrix Editora
Apostar
em novos talentos, formatos e leitores. Essa é a marca da Matrix Editora, desde
a sua fundação em 1999. A Matrix é hoje uma das mais respeitadas editoras do
país, com mais de 1.000 títulos publicados e oito novos lançamentos todos os
meses. A editora se especializou em livros de não-ficção, como biografias e
livros-reportagem, além de obras de negócios, motivacionais e livros infantis.
Os títulos editados pela Matrix são distribuídos para livrarias de todo o
Brasil e também são comercializados no site www.matrixeditora.com.br.
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