Conheça os cursos online do Instituto Tomie Ohtake no 2° semestre

Os temas abordados serão em torno de curadoria, a confluência entre arte, educação e ecologia, questões inerentes à arte contemporânea e arquitetura

Partindo de questões suscitadas pelo programa expositivo e assuntos de relevância para os campos da arte, da cultura e da educação, o Instituto Tomie Ohtake promove ao longo do segundo semestre de 2024 cinco diferentes cursos que buscam colaborar na formação de professores, artistas, profissionais da cultura, estudantes, pesquisadores e demais interessados em arte e nas suas transversalidades. Em formato virtual, os cursos são pagos e abertos ao público em geral mediante a matrícula. Bolsas parciais e integrais de participação serão oferecidas para grupos prioritários.

Os cursos buscam proporcionar uma experiência de aprendizado dinâmica e crítica, em que todos possam constituir seu repertório a partir de um olhar diverso e plural sobre os temas tratados. Conheça cada um deles.

 

Curso: Curadoria Presente: Processos e ensaios

Professor: Paulo Miyada

Período: 10 de setembro a 12 de novembro (8 encontros)

Horário: Terças-feiras, das 19h às 20h30

Investimento: R$ 680,00 parcelados em 3x (desconto para pagamento à vista)

Inscrições aqui

Orientações gerais ao interessados aqui

Sinopse: Os encontros são uma rara oportunidade de apreender sobre curadoria com o diretor artístico da instituição, Paulo Miyada, que pretende apresentar os processos desenvolvidos no trabalho de curadoria em arte contemporânea, ressaltando os principais aspectos e fases essenciais para o seu desenvolvimento. A formatação do programa visa acolher tanto profissionais em formação quanto interessados em uma introdução à prática curatorial. Ao combinar reflexões abrangentes e debates de casos específicos, o curso permite, ao longo dos encontros, a introdução da noção de exposição-ensaio, convidando os participantes a realizarem um exercício propositivo. Confira abaixo a programação aula a aula:

Aula 1:prolegômenos à curadoria

A dependência, ou o compromisso, do trabalho curatorial com duas pré-existências: as obras de arte e os públicos. As noções de jurisprudência poética e de edição expositiva. A relevância do lugar, ou contexto, dos gestos curatoriais.

Aula 2: processos, promessas e instâncias

Os principais estágios de concepção e enunciação curatoriais. Repertórios de edições expositivas, com temas, gêneros e modelos narrativos recorrentes e recombináveis. As instâncias de colaboração plausíveis no detalhamento dos projetos curatoriais.

Aula 3: caixa de ferramentas 1: observar e descrever

Requalificação de duas ferramentas fundantes do trabalho curatorial, a observação e a descrição como vínculos com obras e públicos. Diferentes etapas e camadas de pesquisa em arte e de avaliação de jurisprudências poéticas.

Aula 4 :trabalho de curadoria – proposição

Encontro dedicado a definir os parâmetros de um exercício prático a ser realizado por cada aluno participante. Formatos, critérios, processos e prazos.

Aula 5: caixa de ferramentas 2: escrever e falar

Discussão sobre dois dos elementos mais usualmente identificados com a prática curatorial. Ainda que a fala e a escrita públicos sejam, na verdade, uma parcela dentro de um processo mais amplo, há aspectos relevantes a serem considerados em sua elaboração.

Aula 6: exposições-ensaios

A forma ensaio na literatura, na filosofia e no cinema. A hipótese, franca, de sua aplicação ao trabalho curatorial. A relevância do contexto de enunciação do ensaio: onde, quando e quem fala.

Aula 7: mesa de dissecação, alguns ensaios

Discussão sobre uma seleção de mostras coletivas e individuais realizadas, com o compartilhamento de hipóteses, processos e decisões. Reflexão sobre as consequências, limites e aprendizados envolvidos em cada mostra.

Aula 8: trabalho de curadoria-devolutiva

Comentário compartilhado acerca dos exercícios apresentados pelos alunos.

 

Curso: Arte, Educação e Ecologia

Professor: Diogo de Moraes Silva, Jorge Menna Barreto, Lilian L’Abbate Kelian e Mônica Hoff

Período: 30 de setembro a 28 de outubro (5 encontros)

Horário: Segundas-feiras, das 19h às 21h

Investimento: R$ 425,00 parcelados em 2x (desconto para pagamento à vista)

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Orientações gerais ao interessados aqui

 

Sinopse: O curso coloca em discussão experiências educativas em diferentes contextos, tendo como eixo organizador as relações entre democracia e educação. Ao longo dos encontros, os professores convidados apresentarão suas reflexões em interlocução com os participantes. Confira abaixo a programação aula a aula:

Aula 1: educação desejante: Tensões e intenções nas relações entre democracia e educação. Os desafios colocados às comunidades educativas que inventam pedagogias transgressoras pautadas na interculturalidade e orientadas para a felicidade e a emancipação dos educandos e dos educadores. Com Lilian L’Abbate Kelian

Aula 2: por quais caminhos a educação pode descolonizar os afetos?

Aula 3: oque querem os públicos?

O desejo dos públicos nas instituições culturais: encontros e tensões com as instituições. Com Diogo de Moraes

Aula 4: pedagogia da floresta

Da monocultura educativa ao pensamento floresta: modos de restaurar e restaurar-se na relação entre os hábitos alimentares e o ambiente. Com Jorge Menna Barreto

Aula 5: desaprendizagem do mundo

Desobedecer é o gesto fundamental das contrapedagogias, desaprender as muitas formas e conteúdos normativos que conformam pedagogias coloniais. Como cultivamos nossas qualidades desaprendentes? Com Mônica Hoff


Curso: Questões da Arte Contemporânea Módulo 1 – Processo Criativo

Professor: Juliana dos Santos

Período: 25 de setembro a 16 de outubro (4 encontros)

Horário: Quartas-feiras, das 19h às 21h

Investimento: R$ 340,00 parcelados em 2x (desconto para pagamento à vista)

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Orientações gerais ao interessados aqui

Sinopse: Este curso pretende abordar reflexões sobre o processo criativo em artes. Perguntas sobre sustentação de uma escultura, cor e suas complexidades, a voz e o desenho, e a importância do erro serão bases para pensar obras de artistas, textos, músicas e outras linguagens. Confira abaixo a programação aula a aula:

Aula 1: uma camiseta e um arame e o que você faz?

Neste encontro serão abordados elementos para pensar a construção do tridimensional. Serão apresentados artistas que vêm criando novos caminhos para o pensamento escultórico a partir da busca de materiais diversos e a construção de uma linguagem própria.

Aula 2: cores que quase são e abra sua paleta

Este encontro é dedicado à reflexão sobre cor, percepção e possíveis metodologias de experimentação em cor.

Aula 3: cantar é desenhar com a voz ou como desenhar no ar?

Som e a imagem, suas conexões e exercícios para imaginar. Encontro dedicado a refletir sobre a integração das linguagens artísticas no processo criativo.

Aula 4 - O caminho do acaso.

O que é possível dar errado? Vamos tentar? Encontro dedicado à investigação sobre o erro e a importância do acaso no processo de descoberta de novas possibilidades de produção artística.

 

Curso: Questões da Arte Contemporânea Módulo 2 – indivíduo, instituição, infraestrutura — arte contemporânea e investigações críticas acerca do espaço geográfico

Professor: Daniel de Paula

Período: 30 de outubro a 27 de novembro (4 encontros)

Horário: Quartas-feiras, das 19h às 21h

Investimento: R$ 340,00 parcelados em 2x (desconto para pagamento à vista)

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Sinopse: O curso busca produzir uma correspondência entre diversas produções artísticas contemporâneas e o espaço construído, evidenciando práticas e investigações críticas que refletem e incidem sobre o tecido geográfico circundante. Por meio da análise de obras pontuais e estudos de caso, as aulas visam proporcionar uma compreensão aprofundada das forças sociais, políticas e históricas que inscrevem sentido sobre nossas vidas, revelando metodologias usadas por artistas para confrontar as dinâmicas de poder e as infraestruturas que moldam nossos ambientes compartilhados. Durante o curso serão analisadas as produções dos seguintes artistas: Michael Asher, Agnes Denes, Marcel Duchamp, Christopher D’Arcangelo, Maria Eichhorn, Raphael Escobar, Pierre Huyge, Clara Ianni, Jill Magid, Rubens Mano, Walter De Maria, Vibeke Mascini, Charlotte Posenenske, Cameron Rowland, Santiago Sierra, Robert Smithson, entre outros. Confira abaixo a programação aula a aula:

Aula 1: crítica à dominação do espaço. Marcel Duchamp e Charlotte Posenenske: enfrentamento das estruturas de poder, do sistema métrico à abstração da propriedade privada

Aula 2: a materialidade não é neutra.

A produção artística como testemunha ativa das forças violentas sociais, políticas e históricas que moldam o espaço e dominam nossas vidas

Aula 3: sem pesquisa de campo, sem direito de fala.

Situações-específicas e métodos de pesquisa que combinam práticas artísticas com investigações geográficas

Aula 4: indivíduo, instituição, infraestrutura.

A parte pelo todo, ou especificidade e totalidade: como práticas artísticas pontuais reverberam além da esfera local e tensionam infraestruturas visíveis e simbólicas.


Curso: Arquiteturas da Reparação

Professor: Paulo Tavares e participação especial de Luís Araújo

Período: 17 de outubro a 21 de novembro (6 encontros)

Horário: Quintas-feiras, das 19h às 21h

Investimento: R$ 540,00 parcelados em 3x

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Sinopse: Explorando o campo da arquitetura como prática expandida, este curso abordará aspectos históricos, políticos e culturais do que poderia ser conceitualizado como “Arquiteturas da Reparação”.  Em um contexto global de extrema desigualdade socioeconômica, injustiças históricas estruturais, e eminente colapso ecológico, a reparação (social e ambiental) impõe-se na ordem do dia da política contemporânea. Entramos em uma era de reconstruções: de patrimônios e coleções museográficas; das cidades e da natureza; de comunidades e subjetividades, de toda a vida planetária. Como a arquitetura – vista como um campo expandido que engloba projeto, planejamento, design, pesquisa, curadoria, publicação, práticas patrimoniais, advocacia e pedagogia – pode responder a essa condição em escala local e global? Se hoje nossa tarefa mais urgente, propriamente existencial, é reconstui um mundo fraturado de outra forma, a reparação constitui uma questão central para a prática da arquitetura em suas múltiplas manifestações: trans-escalar, trans-disciplinar e trans-mídia. Confira abaixo a programação aula a aula:

Aula 1: por uma Arquitetura da Reparação (introdução).

Aula 2: desafiando o cânone: a arquitetura política dos arquivos.

Aula 3: contra imagens, contranarrativas: a arquitetura como curadoria.

Aula 4: outros Monumentos: memórias da violência, patrimônios da restituição*.

* Participação especial do arquiteto e urbanista Luís Araújo.


Aula 5: arquitetura como advocacia.

Aula 6: reparação além do simbólico.

Arquiteturas da Reparação não são apenas simbólicas: são propriamente materiais, territoriais, infraestruturais, ecológicas.

 

Dúvidas sobre os cursos: cursos.online@institutotomieohtake.org.br

 

Instituto Tomie Ohtake

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