"Por
um vaso de hortênsias", de Margareth Tassinari, narra histórias de pessoas
em contextos distintos unidas pelas vivências em uma sociedade segura, próspera
e igualitária
Imagine uma cidade onde
os preconceitos são inexistentes, o sistema patriarcal não é definidor das
relações sociais, as desigualdades socioeconômicas não são um problema e todas
as pessoas têm os direitos fundamentais assegurados. Nesta utopia imaginada por
Margareth
Tassinari vivem as personagens
de Por
um vaso de hortênsias, que
protagonizam um enredo sobre as conexões humanas e trazem o amor como principal
fio condutor dos arcos narrativos.
Os protagonistas são moradores de uma
mesma rua sem saída e formam um panorama das complexidades sociais existentes
no mundo real, ainda que eles vivam em um lugar idealizado. Há histórias sobre
crianças criadas por avós; famílias amorosas que lutam para cuidar dos filhos
no meio da rotina de trabalho; uma viúva que precisa conviver com a dor de
nunca mais ter o marido por perto; uma jovem bailarina que se dedica
integralmente para realizar o sonho de se profissionalizar, entre outras.
Quando perguntavam a
eles como conseguiam viver tão bem, depois de tanto tempo juntos, Éder
explicava que o tempo deles não era contado em anos ou meses, mas em dias. A
cada amanhecer, começava uma jornada nova. Segundo ele, a pessoa que você
tem diante de si não é a mesma com a qual se casou na juventude, e é necessária
uma adaptação a cada mudança, para que as estranhezas sejam menores que o amor,
o respeito e a vontade de se fortalecer como pessoa e como casal.
(Por
um vaso de hortênsias, pg. 25)
Apesar de demonstrar uma sociedade
utópica, a história conta também com personagens cruéis e egoístas,
responsáveis por evidenciar as contradições da humanidade. É o caso da família
de Irina e Plínio: enquanto a matriarca exige dos filhos uma perfeição inalcançável,
obriga as crianças a amadurecerem antes do tempo e inferniza a vida de
inquilinos para obter regalias, o patriarca se esconde por trás da imagem
negativa da esposa para cometer os próprios erros sem ser percebido.
A partir dos relacionamentos que os
vizinhos mantêm entre si e ainda que haja conflitos entre alguns vínculos, o
enredo destaca como a fraternidade, a solidariedade e o amor podem coexistir em
meio aos paradoxos das vivências interpessoais. Por um vaso de hortênsias é uma obra que relaciona o
inerente desejo humano de encontrar momentos de felicidade à necessidade de
formar laços de afeto e amor com aqueles que estão próximos.
“A
cidade, os bairros, a rua e a escola falam de uma realidade almejada, mas nunca
vivida, infelizmente. Eles trazem a esperança de que, um dia, essa vida pode
ser possível. Sonhar não é proibido", afirma a autora. Como parte deste
trabalho de imaginar um mundo melhor, Margareth Tassinari reflete, por meio da
ficção, sobre os caminhos para a construção de uma sociedade mais respeitosa e
feliz.
FICHA TÉCNICA
Título: Por um vaso de hortênsias
Autora: Margareth Tassinari
Editora: Insular
ISBN:
9788552404101
Páginas: 128
Preço: R$ 46 (físico)
Onde encontrar:
Amazon |
Editora Insular
Sobre a autora: Nascida na cidade de
Campinas, em São Paulo, Margareth Tassinari é fonoaudióloga clínica. Também
ministrou aulas no Centro Universitário São Camilo e na Universidade São
Francisco. Apaixonada por livros desde a infância e com interesse particular
pela literatura russa, agora explora o mercado literário com o lançamento de Por um vaso
de hortênsias, que marca sua
estreia como escritora.
Redes sociais da autora:
Instagram: @margareth.tassinari.3
Facebook: Margareth Tassinari
Comentários
Postar um comentário