Dia Mundial Sem Carne - Aumenta em 75% a quantidade de brasileiros adotando o estilo de vida sem carne
Um
levantamento realizado pelo The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil) indicou
que o consumo das carnes bovina, suína, de frango e de peixe caiu 67% entre os
brasileiros na sua última pesquisa em relação ao ano anterior. Isso ocorreu
diante do impacto dos preços mais altos dos produtos e da busca por hábitos
mais saudáveis, que passam por maior adoção das proteínas de origem vegetal. A
pesquisa também notou que, do total de consumidores que diminuíram a carne na
alimentação, 47% pretendiam reduzir ainda mais em 2023.
Esses
dados sofrem influência devido ao leque de denominações para os diversos tipos
de dietas em consequência da restrição alimentar e escolha por estilos de vida.
Veganismo, vegetarianismo, crudivorismo, apivegetarianismo e frugivorismo são
algumas dessas dietas que a carne fica totalmente de fora do cardápio.
Tanto
que o Brasil está experimentando uma explosão no número de adeptos ao veganismo
e vegetarianismo. Uma pesquisa recente do Ibope Inteligência revelou que 14% da
população, cerca de 30 milhões de brasileiros, já se considera vegetariana.
Esse número representa um aumento notável de 75% em comparação com os dados de
2012, indicando uma mudança significativa nos hábitos alimentares do
país.
Segundo
a nutricionista Fernanda Larralde, especializada em Nutrição Esportiva, Saúde
da Mulher e Fitoterapia, formada em Coaching Nutricional e palestrante,
parceira da Bio Mundo (rede de lojas de produtos naturais e nutrição
esportiva), as mudanças de hábitos partem de algo ainda maior. "O que leva
as pessoas a mudarem o estilo de vida, principalmente em relação a alimentação
está muitas vezes associada a uma ideologia, seja a preocupação com os animais
e o meio ambiente, a influência de familiares, motivos religiosos ou
espirituais e, em alguns casos, isso ocorre em decorrência de alguma condição
clínica. Porém, cada uma delas tem o seu valor e peso individual," afirma.
O
mesmo levantamento realizado pelo The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil)
indicou também que, mais da metade (52%) dos brasileiros reduziu o consumo de
carne nos últimos 12 meses por escolha própria. Além disso, praticamente dois
em cada três consumidores (65%) consomem alguma alternativa vegetal (legumes,
grãos, frutas) em substituição aos produtos de origem animal pelo menos uma vez
por semana, enquanto no ano anterior esse percentual era de 59%.
De
acordo com a Fernanda, a carne vermelha se destaca principalmente por
proporcionar ferro e vitamina B12 - dois nutrientes que, caso estejam em falta
no organismo, causam anemia (ferropriva e perniciosa, respectivamente).
"Parar
de comer carne tem suas vantagens e desvantagens. A carne é uma das principais
fontes de proteínas, cálcio, vitamina B12, minerais extremamente importantes
como o ferro e outros. Por exemplo, no caso do ferro, o chamado ferro heme (Fe
2+), também chamado de ferro ferroso ou orgânico, é encontrado apenas em
alimentos de origem animal, como carnes, aves e frutos do mar, a partir da
hemoglobina e da mioglobina provenientes desses produtos. Então, ao passar para
uma dieta mais restrita, a pessoa precisa ter um acompanhamento nutricional
para assim compensar esses nutrientes e fazer uma suplementação adequada",
continua ela.
Por
outro lado, a carne possui gordura e colesterol que, quando consumida em
excesso, pode fazer mal ao corpo a longo prazo. A escolha por parar de
comer carne pode contribuir para reduzir os riscos de doenças cardiovasculares,
emagrecimento, diminuição do colesterol, melhora da microbiota intestinal,
entre outros.
Agora,
o maior desafio é não só deixar de consumir a carne, mas saber escolher o
melhor alimento para substituir e compor a necessidade nutricional diária.
"As dúvidas sobre os alimentos que substituem a carne são frequentes, por
isso, é extremamente necessário fazer avaliações clínicas regularmente. Através
de exames é possível identificar a necessidade de suplementar e repor cada
nutriente de maneira correta, mas é claro, alguns alimentos já são indicados de
forma tabelada nas consultas, que podem complementar a alimentação de qualquer
pessoa adepta da dieta mais variada", informa a nutricionista.
É
claro que os alimentos importantes para compor um prato nutritivo independe da
restrição alimentar adotada, é sempre possível fazer substituições ou
suplementação adequada de acordo com as indicações médicas.
Edmar
Mothé, CEO da Bio Mundo, afirma que o setor foi fortemente impactado por essa
onda de conscientização por melhores escolhas na hora de encher as sacolas.
" Sempre vemos alguns alimentos como protagonistas de quem opta por
substituir a carne. Temos a soja, ervilha, grão-de-bico, amêndoa e cereais em
geral. Com essa alta na demanda, sentimos na pele a subida das vendas de todos
esses itens e outros mais em toda a rede. Foi uma alta de mais de 38% nos
últimos 3 anos" afirma ele frente aos dados das mais de 150 lojas
espalhadas pelo país. Isso vale para todo o portfólio das unidades que giram em
torno da alimentação saudável, suplementação e o mais variado granel para
atender os diversos tipos de públicos.
"É
importante abrir o leque alimentar e investir em leguminosas, como a soja, a
lentilha, a ervilha e o grão-de-bico, que são úteis na tarefa de ingerir
proteínas. Além disso, é importante incluir cereais integrais, hortaliças,
cogumelos, algas e, claro, gorduras saudáveis como a do azeite de oliva,
sementes e oleaginosas. E para facilitar a absorção do ferro contido nos
legumes, a recomendação é incluir na refeição uma fonte de vitamina C, que pode
ser uma fruta cítrica como a laranja, o limão, a acerola e o morango",
finaliza Fernanda.
No
caso da carne, alimentos para substituí-la são fáceis de encontrar, mas quanto
maior a variedade e qualidade no sabor, melhor será, e o desejo de consumir
produtos de origem animal também será menor. O fato é que o segredo está na
diversidade, por isso, a Bio Mundo pensou em proporcionar uma grande variedade
e qualidade dos produtos, e assim assegurar que os adeptos das mais diversas
dietas possam encontrar todos os itens necessários para o dia a dia, para a
saúde e suplementação em um só lugar.
Sobre a Bio Mundo
A
Bio Mundo, rede de lojas de produtos naturais e nutrição esportiva, foi fundada
em 2015, em Brasília, pelo empresário Edmar Mothé ao lado dos filhos Rafael,
Bruna e Adriana. Suas filhas, em especial, já consumiam e "faziam
parte" do universo mais saudável e fitness, o que colaborou e incentivou o
início de toda a criação.
Possui
mais de 150 lojas espalhadas em 19 estados do Brasil em apenas 8 anos de
história. Conta com 3.000 produtos em prateleira e mais de 300 opções de
produtos à granel.
É a vencedora do Prêmio Líderes do Brasil, com case de expansão regional e nacional e dona do Selo de Excelência em Franchising pela Associação Brasileira de Franchising - ABF.
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