"As veias escuras do Saara" testa os
limites da empatia na sociedade em uma história que passa pelo Brasil e chega
ao deserto
Qual legado a sociedade de hoje vai
deixar para as próximas gerações? No romance As veias escuras do Saara, o escritor
gaúcho Marcos Emílio
Frizzo faz refletir sobre como a miséria humana – ligada não só
à pobreza, mas ao egoísmo, individualismo, violência e ganância – é passada de
pais para filhos e como influencia na coletividade.
O
enredo ficcional conta a história de Carlo, italiano rico e privilegiado, que
sente uma insatisfação inexplicável com a vida. Para entender suas emoções,
decide enfrentar o desconhecido e conhecer outras realidades. Ele passa pelo
Brasil, em uma comunidade de pescadores de Santa Catarina, e depois vai em
missão voluntária ao Sahel, região da África – próxima ao deserto do Saara –
que abriga um povo atormentado pela guerra, escassez, escravidão e terrorismo.
Ao
presenciar desigualdade e exclusão em escalas inimagináveis, o protagonista
deixa de olhar para si e tenta entender as dores das outras pessoas. A grande
lição é que dificuldades são vividas por todos, independentemente de classe
social ou lugar. O que cabe às pessoas é investir em empatia, afinal o mundo
está conectado e cada decisão tomada (ou não) afeta a coletividade e altera
destinos. Ele sente o impacto disso quando a família investe em uma empresa
bélica, responsável por mortes próximas a ele.
–
Sim, Carlo, em parte é verdade, mas temo dizer que seja mais complexo
do que apenas isso. Ainda
há algo pior do que a violência e a maldade
doentia. – Tinha os olhos
avermelhados e úmidos de lágrimas. – A exploração
consciente da miséria humana! (As veias escuras do Saara, p. 162)
Nesta
história ficcional que discute o autoconhecimento, a jornada do protagonista
incentiva o leitor a reavaliar suas atitudes. “Acredito que só podemos mudar a
sociedade se estivermos dispostos a rever comportamentos, hábitos e se formos
comprometidos com uma lógica que transcenda o imediatismo de nossos próprios
interesses”, afirma Frizzo.
As
questões sociais são, de fato, um aspecto preponderante para o autor.
Interessado em novas culturas e entender a sociedade e suas organizações, foi
de viagens aos países abordados no livro que ele trouxe a inspiração para o
enredo. Biólogo e pós-doutor em neurociência, Marcos Frizzo é pesquisador e professor
universitário em Porto Alegre, onde também nasceu e vive.
FICHA
TÉCNICA
Título:
As Veias Escuras
do Saara: uma viagem ao deserto interior
Autor:
Marcos Emílio Frizzo
ISBN/ASIN: 978-65-998900-0-0
Formato:16x23
cm
Páginas: 230
Preço: R$
65,50
Onde comprar: Amazon
| Magalu
Sobre
o autor: Marcos
Emílio Frizzo é ítalo-brasileiro, nascido em Porto Alegre. É biólogo bacharel
em Fisiologia, mestrado em Neuroanatomia, doutorado e pós-doutorado em
Neurociências. Atua como professor Titular do Departamento de Ciências
Morfológicas, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Apaixonado por
viagens, gosta muito de conhecer novas culturas e entender a sociedade e suas
organizações. Na literatura, ele dá enfoque a questões humanas e sociais. Assim
nasceu seu primeiro romance: As
Veias Escuras do Saara.
Redes
sociais:
Instagram: @marcosemiliofrizzo
Twitter: @emilio_frizzo
Site: https://orcid.org/0000-0002-3358-6939
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