Em "A Menina que Ancestrou", Aline
Reflegria cria termo para contar a história de uma garota que descobre suas
origens
Filha de uma mãe com pele branca e de um pai com pele
preta, Maria é fruto da miscigenação. Incompreendida pelos parentes e alvo de
piadas por causa do seu cabelo, a criança levanta questionamentos sobre não se
parecer com os pais. É com esta narrativa que a pedagoga, pós-graduada em
Educação Ambiental e Ludopedagogia Aline
Reflegria apresenta A
Menina que Ancestrou.
Por
atuar como professora da educação infantil, Aline acredita que a literatura
pode servir como refúgio e acolhimento para as crianças. Com essa perspectiva,
em A Menina que Ancestrou,
a autora traz ludicidade ao mesmo tempo em que dialoga sobre as diferentes
tonalidades de pele, a pluralidade cultural e o encontro com as próprias
origens.
A
partir da informação de que existem mais de 100 tons de peles pretas no Brasil,
A Menina que Ancestrou
conta, através de páginas ilustradas pelo artista Ramo, como a pequena Maria
aos poucos conhece mais de si mesma, sobre sua ancestralidade e passa a
compreender a grande variedade de cores que o corpo humano pode ter.
Maria
é filha de Arlindo e Adelina, sua mãe tem a pele branca e os cabelos loiros e
seu pai tem a pele e os cabelos pretos. Os fios dos cabelos de Adelina são
compridos e lisos,
os de Arlindo são lisos e
curtos.
Maria tem cor bege e cabelos
cacheados na cor preta. No verão ela fica bege escuro e no inverno fica bege
claro.
As pessoas dizem que ela é parda,
mas quando dizem e do jeito que dizem, a deixam triste, então ela prefere dizer
que tem cor de caramelo. Ah! E seus olhos são castanhos escuros.
(A Menina que
Ancestrou, p. 4)
Dos
tons mais claros até os mais escuros, sejam eles acinzentados, amarelados,
avermelhados ou azulados, todos estão dentro do espectro da pele preta. Para
tratar sobre esse assunto com o público infantil, Aline Reflegria
adicionou ao vocabulário o termo “ancestrou” e definiu que o verbo serve para
indicar a ação de alguém em entender, valorizar e quebrar padrões ruins
conhecendo a própria ancestralidade.
Com
a comovente história de Maria, A
Menina que Ancestrou consegue acolher muitas crianças e até
mesmo adultos que passam por dificuldade para definir e expressar qual é o tom da
sua pele.
Ficha
técnica
Título: A Menina que Ancestrou
Autor: Aline
Reflegria
Ilustrador:
Ramo
ISBN/ASIN:
9786554080262
Páginas: 16
Preço:
R$ 24,90 (ebook) e R$ 34,90 (livro físico)
Onde comprar:
E-book Amazon
/ (livro físico) WhatsApp 11973501558
Sobre
a autora: Aline
Reflegria é o pseudônimo de Aline Ariane Aparecida Rossi. Casada e mãe de dois
filhos, nasceu em 1987, em São Bernardo do Campo, São Paulo. Atualmente é
professora de educação infantil, ludopedagoga e pós-graduada em Educação
Ambiental.
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