Considerada uma das vozes mais promissoras do Brasil, Bruna Moraes lança disco com músicas autorais e sucessos de Djavan e Renato Russo
Com direção artística de Zeca Baleiro, "Alto Mar" vai destinar 90% das receitas do streaming aos fãs.
“Intensa, passional, delicadamente
áspera, mas sempre íntegra e inteira, emocionada e emocionante. Seu imenso
talento merece multidões. É comovente acompanhar a evolução de suas entonações,
como uma contorcionista parindo inéditos movimentos melódicos, uma porta-bandeira
orgulhosa em ostentar o pavilhão de sua canção-nação. Bruna é uma jovem cantora
da estirpe das baitas, das gênias, das Ellas e Elises, das Janes e Maysas. Seu
repertório é pleno de sutilezas bem tramadas. Mas, no fim das contas, nem
importa muito o que ela cante, pois sua voz sempre estará acima de tudo, uma
oitava além das palavras, notas, pausas e pontuação, num planeta distante, uma
dimensão adiante da rotação natural da canção. Bruna Moraes canta demais!”.
Esse texto de Arnaldo Afonso, poeta e músico que mantém um blog chamado 'Sarau,
Luau e o Escambau' no portal do jornal 'O Estado de S. Paulo' reflete o canto
denso, maduro e envolvente de Bruna Moraes, cantora e compositora apaixonada
por poesia brasileira, que acumulou vasto repertório poético na adolescência
lendo Ferreira Gullar, Mário Quintana, Manoel de Barros, Drummond e Vinícius,
mesma época em que começou a compor as suas primeiras músicas, inspirada nas
canções de João Bosco e Guinga e nas letras de Aldir Blanc, claras influências
no início da carreira autoral.
O
repertório de “Alto Mar”
conta com oito músicas, sendo quatro de autoria de Bruna Moraes: “Flor de Laranjeira”, “Nunca Fora a Despedida”,
"Valsa de Areia",
em parceria com Zeca Baleiro, e “Pra
Andar Na Minha Boca”, essa em parceria com Túlio Borges. “Nave” é uma canção
presenteada pelos parceiros Paulo Monarco e Bruno Kohl e “Quatro da Manhã” tem Zeca
Baleiro nos violões. Fecham o disco duas releituras: “Esquinas”, de Djavan, e “Tempo Perdido”, de Renato
Russo. O músico convidado Federico Puppi toca cellos em “Nunca Fora Despedida” e “Esquinas”. Com produção de
Bianca Godói e John Nhoque, jovens produtores paulistas, e direção artística de
Zeca Baleiro, o disco foi gravado durante a pandemia com um petit comité de
cinco pessoas (Bruna, os produtores, o violonista Demetrius Lulo e o engenheiro
de gravação e músico Felipe Câmara).
“Depois que escolhi o repertório, percebi
que quase todas as canções falavam de mar. Gravando as músicas, vi que falavam
muito de solidão, da sensação de estar à deriva, num disco que foi ganhando um
certo ambiente musical marítimo. Esse disco é uma grande viagem para mim, uma
viagem transformadora, como se eu fosse ao alto mar de fato, encontrasse algumas
ilhas e voltasse renovada”, revela Bruna Moraes.
O
título do disco, “Alto Mar”, foi extraído do nome de batismo da artista: Bruna
Altomar de Moraes. Faz também uma referência poética ao fato de ela estar se
lançando no mar alto da música brasileira, com apenas 25 anos, mas com uma
bagagem de quase veterana.
Fã
declarado de Bruna, Zeca Baleiro revela a satisfação ao dirigir a obra e
reforça o talento da jovem artista. “Foi
um grande prazer fazer a direção artística do novo álbum de Bruna Moraes. Além
disso, há duas canções minhas no repertório, ‘Quatro da Manhã’ e ‘Valsa de
Areia’, esta em parceria com a Bruna, que é, na minha opinião, uma das mais
talentosas cantoras/compositoras de sua geração”, destaca o cantor
vencedor do Grammy Latino 2021 de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira
(MPB).
- “Alto
Mar” vai destinar 90% das receitas do streaming aos fãs
Os
investimentos em fundos musicais têm apresentado novas possibilidades de
receita para cantores e compositores brasileiros. Nesse modelo, os artistas
cedem parte dos recebíveis de royalties de uma obra para que token holders
ganhem sempre que a música for executada em streamings ou em apresentações
públicas. Ao negociar, o artista recebe uma quantia pela cessão.
Nesse
cenário, fãs de Bruna Moraes e demais interessados terão a oportunidade de
comprar, a partir do dia 30
de junho, um ou mais dos 400 tokens, no valor de R$ 50,00 cada, do álbum
“Alto Mar”. A partir das vendas dessas cotas – disponíveis na plataforma da TuneTraders, primeira empresa do mundo a
lastrear os royalties aos tokens - inclusive NFTs -, os compradores vão receber
um número de royalty para cada token adquirido e, durante os próximos três anos, ganharão 90% das receitas de
streamings de todas as canções do álbum. Depois do lançamento do álbum, o
coprodutor divide os royalties junto com a artista a cada ‘play’. Quanto mais
as faixas forem executadas nas plataformas digitais de música, mais o artista —
e o fã coprodutor — aumentam suas receitas, de acordo com a quantidade de cotas
adquiridas.
Sobre
a importância da parceria com a TuneTraders, Bruna Moraes salienta que o
projeto tem tudo a ver com o artista se conectando com o seu púbico de uma
forma baseada na confiança. “Sinto
que é um projeto que conecta o artista ao seu público e às pessoas que
realmente apostam e acreditam no nosso trabalho. Tem tudo a ver com o artista
se conectando com o seu púbico de uma forma baseada na confiança e no desejo de
quem ouve o nosso som possa alcançar lugares inimagináveis. A partir do momento
em que seu público é tão dono da sua arte quanto você, e quando tem alguém que
ama o seu trabalho, que confia e aposta junto com você, isso se potencializa
infinitamente”, diz.
Zeca
Baleiro, que tokenizou sua música "O Tempo Não Espera", em agosto de
2021, reforça o cenário positivo para a indústria musical. “Utilizei esse recurso no ano passado e
ele tem se mostrado um caminho muito interessante e eficaz para divulgação e
comercialização de música nos nossos dias”, completa.
Com
a novidade, Bruna Moraes deseja que os horizontes de sua carreira se ampliem
cada vez mais e que seu som possa chegar a milhares de quilómetros. “Pretenso seguir com essa parceria para
os próximos trabalhos porque é uma forma maravilhosa de o público experienciar
uma sensação e emoção diferente de estar conectado com quem fez aquela canção,
de adquirir uma porcentagem do que ela representa. É uma ideia genial,
inovadora e acho que todo mundo sai ganhando no final”, diz.
A
TuneTraders, que possibilita o financiamento de obras musicais através da venda
das participações nos projetos cadastrados em sua plataforma, por meio de um
modelo inovador e único de validação e distribuição de direitos, e empodera os
artistas ao conectá-los ao capital de fãs, usando uma plataforma de
crowdinvesting baseada em tecnologia blockchain, será a responsável pela
distribuição das músicas do novo álbum de Bruna Moraes nas plataformas digitais
e por disponibilizar os relatórios com os royalties coletados e divididos para
cada fã, de acordo com a cota adquirida.
Sobre
Bruna Moraes
A
cantora e compositora Bruna Moraes nasceu em São Paulo, no bairro da Moóca.
Tendo crescido em um ambiente familiar musical (seu pai tocava contrabaixo em
bandas de baile), aos 10 anos já estava estudando violão e, pouco tempo depois,
canto. Apaixonada por poesia brasileira, acumulou vasto repertório poético na
adolescência, lendo mestres como Ferreira Gullar, Mário Quintana, Manoel de
Barros, Drummond e Vinícius, mesma época em que começou a compor as suas
primeiras músicas, inspirada nas canções de João Bosco e Guinga e nas letras de
Aldir Blanc, claras influências no início da carreira autoral. Suas
interpretações intensas nas aulas de canto logo começaram a chamar a atenção
dos professores e do cantor Zé Luiz Mazziotti, seu primeiro padrinho musical.
Partiu de Mazziotti o convite para Bruna subir ao palco do Memorial da América
Latina para cantar “Chega de Saudade”, com a Orquestra Jovem Tom Jobim. Ela
tinha 14 anos na ocasião. Essa apresentação foi um acontecimento muito
importante na carreira da artista, espécie de marco zero, onde ela decidiu-se
pela carreira musical de fato. Aos 17 anos, Bruna ganhou um presente da
gravadora Kuarup: o seu primeiro disco autoral, “Olho de Dentro”, com
composições como “Zóio de Foia” e “Iansã”. O lançamento do álbum só ocorreu um
ano depois, para que fosse possível, com a maioridade, que Bruna assumisse e
assinasse todos os contratos e compromissos. Em 2015, ela foi desclassificada do
programa “The Voice Brasil”, mas saiu vitoriosa de diversos festivais de música
nos anos seguintes, o que colaborou para moldar sua maturidade artística. Bruna
cursou um semestre da Faculdade de Letras da FMU, em 2018. Mas, em decorrência
de sua participação no musical “Gonzaguinha – O Eterno Aprendiz”, que foi
realizado no Rio de Janeiro, decidiu trancar sua matrícula. No mesmo ano, ela
gravou “Nua”, seu segundo disco autoral, com a participação dos violonistas
Romero Lubambo e André Fernandes.Pisciana nascida no dia 14 de março, Dia
Internacional da Poesia, Bruna acredita no poder de transformação que há no
amor e na música, e quer deixar sua marca em composições líricas e densas -
território em que avança cada vez mais -, e interpretações apaixonadas.
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