Já viu algum personagem de filme ou série realizando um teste genético e quer saber como eles funcionam na vida real? Vem com a gente que vamos te explicar.
Se
você assistiu ao filme documentário Pai Nosso? ou ao mais recente de Pedro
Almodóvar, Madres Paralelas, você com certeza viu as personagens realizando um
teste de DNA em casa com uma amostra de saliva coletada por um swab. Os filmes
ainda promovem reflexões sobre identidade, paternidade e relações
familiares.
Mas,
muito além de identificar a maternidade e a paternidade, já é possível realizar
um teste similar para identificar a predisposição a doenças e a ancestralidade
genéticas.
Em
Pai Nosso?, Jacoba descobre uma série de meio-irmãos, a partir de um teste
genético, fácil de adquirir pela Internet. Já no filme francês “DNA” da
diretora Maïwenn, é possível assistir a busca pelas origens da personagem
principal, que recorre a um teste genético de ancestralidade, depois da morte
do avô que provocou uma profunda crise de identidade nela. Com o resultado do
teste, a personagem Neige decide tirar sua cidadania argelina, como forma de
fortalecer a ligação com seu avô, e também decide conhecer mais sobre as demais
nacionalidades que aparecem em seu DNA.
A
genética já é tema recorrente em diversas produções cinematográficas e à medida
que os avanços tecnológicos e genéticos chegam à população, eles também começam
a ser abordados nos filmes de diversos países, como os testes genéticos de
ancestralidade. Assim como no filme DNA, já é possível descobrir as
porcentagens de nacionalidades presentes em seu DNA aqui no Brasil com o teste
meuDNA Origens, que é o teste de ancestralidade com o maior número de populações,
em que são consideradas 88 povos ao redor do mundo. O teste oferece a
possibilidade de conhecer a história do seu DNA até oito gerações anteriores, o
equivalente aos bisavós dos tataravós.
Indo
um pouco mais além, a ficção científica GATTACA - A Experiência Genética de
1997, Andrew Niccol, mostra uma sociedade futurista distópica em que as pessoas
são discriminadas por seu material genético. Todas as decisões naquela
sociedade passavam por análises de DNA para identificar os bons genomas. Algumas
discussões éticas continuam atuais, já que o filme aborda a possibilidade de
modificar geneticamente os seres humanos.
Algumas
questões de filmes sobre genética ainda estão um pouco distantes de nossa
realidade, enquanto isso as descobertas que já temos podem ser usadas para nos
beneficiar. Dois documentários comprovam isso.
O
primeiro é “Unidas pela Vida (Decoding Annie Parker)” de Steven Bernstein. No
filme, a personagem Annie Parker é diagnosticada com câncer de mama, mesma
doença que provocou a morte de sua mãe e sua irmã. Ela se une a uma
pesquisadora que está tentando provar uma ligação entre o câncer e a genética.
Com isso, elas descobrem o gene BRCA1.
Essa é considerada uma das descobertas científicas mais importantes do século
XX.
Hoje
já sabemos que mutações no gene BRCA1
aumentam o risco do desenvolvimento de câncer de mama. Para descobrir o risco
de mutação já é possível realizar testes genéticos de saúde, como o meuDNA
Saúde e agir preventivamente antes mesmo de a doença se desenvolver, o que
garante tratamentos mais efetivos. Além do câncer de mama, o teste também
identifica a predisposição genética a outros tipos de cânceres e doenças como
triglicerídeos altos, colesterol alto, doença de Wilson, diabetes monogênica, deficiência
de alfa-1-antitripsina e hemocromatose.
O
segundo documentário é o brasileiro “Uma Gota de Esperança” de Emerson Penha,
que conta a história da jornalista Larissa Carvalho e de seu filho, Théo,
portador de uma doença rara e progressiva que não tem cura, chamada Acidúria
Glutárica tipo I (AG1). A doença conta com tratamento disponível, e quanto mais
cedo for diagnosticada e tratada, melhor é o prognóstico e a qualidade de vida
da criança. No documentário, vemos Larissa frustrada ao saber que a doença
poderia ter sido diagnosticada nos primeiros dias de vida do Théo, por meio do
Teste do Pezinho Expandido disponível na rede privada. A doença também poderia
ser detectada em testes de triagem neonatal que analisam predisposição
genética, como o meuDNA Bochechinha, que é um teste de mapeamento genético
capaz de identificar a predisposição genética de bebês a mais de 340 doenças
raras, graves, silenciosas e tratáveis, desenvolvidas na primeira infância.
Hoje,
qualquer pessoa pode ter acesso a testes de mapeamento genético, sem a
necessidade de um pedido médico. Eles se tornaram mais precisos com os avanços
científicos e tecnológicos em genômica, e agora mais baratos e com venda direta
ao consumidor. Os testes são responsáveis por aproximar as pessoas de seus
dados genéticos, que podem ser utilizados como forma de se conhecer melhor,
planejar o futuro e decidir como levar uma vida mais longa e saudável.
Aliás,
recentemente, cientistas internacionais compartilharam que, pela primeira vez,
foi realizada a sequência completa de um genoma humano. Com tantos avanços
genéticos e tecnológicos acontecendo na vida real, as ficções científicas, não
serão apenas ficções e farão cada vez mais parte do nosso dia a dia.
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