Aumenta o número de brasileiros no exterior, elevando a demanda por documentos que garantam uma situação regularizada. Plataformas tornam o processo mais ágil e menos desgastante
O
número de brasileiros residindo no exterior cresceu 36% nos últimos dez anos,
de acordo com os mais recentes dados do Ministério das Relações Exteriores.
São, assim, mais de 4,2 milhões de pessoas vivendo fora do Brasil. Não à toa
indicadores apontam para um aumento na busca pela obtenção de cidadania
estrangeira. Um processo que é por natureza burocrático e exige planejamento,
mas que encontra um grande aliado nas soluções em
tecnologia da informação (TI).
Uma
das fontes mais procuradas por quem está atrás da dupla cidadania é o Arquivo
Público do Estado de São Paulo. Afinal, a instituição guarda os registros de
imigrantes que desembarcaram no Porto de Santos. Pelo terminal portuário
santista, chegaram a maioria dos europeus e asiáticos que se estabeleceram no
Brasil a partir do século XIX.
Mas,
além dos documentos que comprovam a imigração dos ancestrais, a pessoa que
pleiteia cidadania estrangeira também deve providenciar outros documentos,
registrados a partir da permanência desses ancestrais em terra brasileira. Isso
sem falar nos documentos do próprio requerente da cidadania externa. Nesse
momento a disponibilidade de plataformas digitais que auxiliam
na obtenção e envio de documentos é decisiva para tornar o processo mais
ágil, menos oneroso e, principalmente, menos desgastante.
"O
processo de pedido de cidadania é burocrático. Cada país vai pedir documentos e
tem trâmites diferentes. Então, antes de tudo, a pessoa precisa verificar o que
é exigido no país em que pretende obter cidadania. Mas alguns documentos são
comuns a todos, como certidões de nascimento, de casamento e de óbito. E é
nessa fase que entramos com a tecnologia", assinala o gerente de produto e
inovação da Central das Certidões, William Brepohl.
A Central
das Certidões é um serviço digital da Leme Inteligência Forense, empresa
com sede no Paraná, que disponibiliza certidões registradas em
mais de 12 mil cartórios do país. De acordo com levantamento do Colégio
Notarial do Brasil, os cartórios brasileiros emitiram em 2021 em torno de 693
mil certidões para quem busca conseguir a dupla cidadania, mais do que o
dobro das 299,5 mil de 2020.
Embora
não seja possível aferir quantas de fato foram emitidas com o propósito da
obtenção de dupla cidadania, o dado dá indícios de que se trata de movimento
neste sentido. "Certidões de inteiro teor ou com apostilamento de
Haia são tipos de documentos necessários para pleitear cidadania. E, em
momentos de crise econômica, de situação complicada no país, há maior procura por
estudar ou trabalhar fora, e assim obter a dupla cidadania", observa o
gestor.
Pela
plataforma da Central das Certidões, o documento solicitado é
providenciado e enviado ao cliente. Todos os trâmites são on-line. Ou seja, não
é preciso se deslocar a outra cidade, ou até outro estado, para retirar a
papelada. "É possível solicitar a emissão do documento
brasileiro e receber em qualquer lugar do país, ou mesmo fora",
reforça Brepohl.
O
serviço pode ser feito pela pessoa que deseja obter a cidadania estrangeira ou
mesmo por terceiros que a parte interessada tenha contratado. "Como é um
processo burocrático, é comum se contratar alguém especializado para fazê-lo.
Então, é importante orientar esse terceiro sobre a existência do serviço, para
que não precise providenciar um despachante, para ir de cartório em
cartório", recomenda o gerente de produto e
inovação da Central das Certidões.
Outra
vantagem é a transparência nos valores cobrados. Do início até o final do
processo, o cliente é informado dos custos e taxas necessários. "Diminui o
risco de surpresa com gastos extras", sublinha o gerente.
Passos
Dicas
do gerente de produto e inovação da Central das
Certidões sobre como proceder para tirar a cidadania
estrangeira:
1.Planejar. Não é um processo rápido – a
obtenção da dupla cidadania pode levar até dois anos. Então, é preciso prever
esse tempo e estabelecer passos e cronogramas para evitar retrabalhos e
desperdícios.
2. Informar-se. Verificar com as fontes oficiais sobre os
documentos exigidos pelo país do qual a pessoa pretende se tornar cidadã. As
regras variam de local para local.
3. Elaborar árvore genealógica. Além de identificar com precisão
a ancestralidade, o mapeamento facilita o processo de busca por documentos.
4. Avaliar e decidir se vai conduzir os trâmites por conta
própria ou contratar alguém.
5. Iniciar o processo. Nessa etapa, plataformas como as da Central das
Certidões são recursos para aliviar a burocracia e agilizar o
andamento da emissão de documentos.
OUTRAS
INFORMAÇÕES
Sobre a
plataforma da Central das Certidões:
https://centraldascertidoes.
Comentários
Postar um comentário