"Não são poucos os atributos de uma pessoa como a Edna. É determinada, séria e competente. Tem uma cabeça voltada para as soluções e profundamente focada no cliente. Mas, se eu tivesse de definir sua índole numa única palavra, eu diria que ela é uma humanista." | Luiza Helena Trajano
A
caminhada inspiradora, da infância pobre à criação e ao desenvolvimento do
Consórcio Magalu, é a base da biografia de Edna Maria Honorato,
diretora-executiva da empresa há duas décadas. Durante a jornada, ela soube
amplificar o maior ativo que possui: lidar com gente; na prática, sabe ouvir as
pessoas, compreendê-las, identificar os potenciais e fragilidades, e lapidá-las
como seres humanos e profissionais. Lançada pela Primavera Editorial, a obra Simples Assim – A história da CEO que
veio da roça traz uma trajetória dura e espiritualmente
elevada; narrado pela autora e protagonista, o livro ganha potência com os
comentários e as memórias de coadjuvantes da vida rica em altos e baixos de uma
executiva brasileira, que soube mudar magistralmente o rumo e a qualidade não
apenas da própria existência como a de tantas outras pessoas que a cercaram.
Com depoimento a José Ruy Gandra, o livro integra a curadoria Great Place to
Work@.
O
livro traz lições preciosas de superação, de liderança e de vida. Da roça
mineira para o cargo mais alto do Consórcio Luiza – do grupo Magalu, uma das
organizações que mais cresce no país –, Edna Maria Honorato conta a sua
trajetória, de maneira simples e delicada, sem separar a vida pessoal e
profissional. Visionária, reconhece que separar a vida em caixinhas é uma
fantasia. “Eu não preciso ter um coração para o trabalho, outro para chegar em
casa, um terceiro para me relacionar com os amigos e um quarto para ir a um
jantar”, afirma. Autêntica, desempenha papéis diferentes com uma única essência
que se faz presente em cada linha do livro.
Segundo
Ruy Shiozawa, CEO do Great Place to Work Brasil e que assina o prefácio da
obra, a narrativa é construída de forma linear, com capítulos entrecortados por
depoimentos de muitas pessoas que fazem parte da vida dela. “Gostar de gente
não é apenas um clichê da gestão de pessoas; é a premissa para se conectar
genuinamente com os próprios times. Quando você gosta de gente, tem interesse
pela parte toda – não apenas pela função –; e consegue, a partir dessa visão,
extrair o melhor potencial de cada um, aumentar o engajamento e,
consequentemente, promover um ambiente de trabalho confiável e acolhedor. Esse
sempre foi o diferencial da gestão de Edna”, afirma Shiozawa, acrescentando que,
com essa percepção muito próxima das pessoas que estão na ponta do negócio, ela
consegue enxergar as melhores competências, os principais gaps e estimular a
criatividade no ambiente. “Em outras palavras, ela sabe mover com maestria as
peças a favor do negócio, permitindo que todos se sintam confortáveis nas
melhores posições”, finaliza.
TRECHOS
DA OBRA |
Página
21
“[...]
Apesar da família humilde, tive uma infância feliz, rodeada de irmãos, primos e
vizinhos. Com tanta criança, sempre havia uma briga ou outra, e o nosso castigo
era apanhar abraçados, para aprender a não brigar mais. Eram os valores que
meus pais podiam nos transmitir, que estavam ao alcance deles. Nossa casa não
tinha banheiro. Tomávamos banho de bacia. Só tivemos chuveiro quando nos
mudamos para a casa do meu avô, em 1973. Foi quando meu pai comprou uma
serpentina, a qual passava por dentro do fogão a lenha, para aquecer a água de
um chuveiro. A luz vinha de lamparinas a querosene espalhadas pela casa modesta
de quatro quartos, sala, cozinha e o “salão” (um espaço entre a cozinha e
sala). Depois meu pai comprou lampiões de gás, que eram muito pouco usados,
pois o gás já era caro naquele tempo.”
Página
27
“[...]
Assim segui até o quarto ano primário, quando, com 10 para 11 anos, mudei-me
para a casa de uma senhora que costurava para fora. Era a dona Georgeta, casada
com o senhor Antonio Notti. À noite, ele gostava de jogar truco com os amigos,
e eu tinha de ficar ao lado deles, na mesa da jogatina, para servir água e
café. No dia seguinte, precisava acordar bem cedo para regar um quintal enorme
– algo como uns 12 por 50 metros, com jardim e horta – antes de ir para a
aula às 7h. Essa senhora foi muito exigente comigo. Eu tinha que ajudá-la a
arrematar todas as suas costuras e, praticamente todos os dias, me dava de
almoço apenas arroz, feijão e molho de batatinha-inglesa.”
Páginas
86 e 87
“[...]
Dali em diante eu fiquei muito amiga do Marcos. Estávamos sempre juntos, pois
ele era uma pessoa culta, alguém com quem eu podia conversar e aprender. Como
ele era espírita, acabou me levando a algumas reuniões na Casa do Caminho e no
Lar de Crianças Allan Kardec. Eu comecei a me interessar, a participar de
evangelizações, a ler mais sobre o espiritismo. Comecei a estudar as obras de
Kardec, Chico Xavier, Divaldo Franco, Zibia Gasparetto e outros. Foi então que
comecei a encontrar respostas para as minhas angústias e os meus
questionamentos. Entendi que o espiritismo não era apenas uma religião, mas sim
um vasto território de estudos de natureza moral e ética. A partir daí, me
firmei na doutrina espírita. Depois, ainda estudei o hinduísmo e o budismo. Uma
certeza foi se desenhando na minha cabeça. Independentemente de questões como
o amor incondicional e a vida eterna, a única pessoa responsável pelos meus
atos sou eu. Eu tenho o livre-arbítrio para fazer as minhas escolhas, mas
também sou a responsável pelos resultados. Eram as lições de meu pai se
confirmando na prática. Para mim, isso foi um marco.”
Páginas
123 e 124
“[...]
Em São Sebastião do Paraíso, o nosso escritório funcionava em um sobrado, em
cima da loja do Magazine Luiza na cidade. Os dois imóveis pertenciam ao senhor
Gerson. Um dia, ele disse para o meu sócio que o Magazine Luiza queria
implantar um consórcio e estava procurando uma administradora. Meu sócio foi
com ele a Franca conversar com a Luiza Helena. Participavam da concorrência o
Consórcio Regional, de Ribeirão Preto, o Garavelo, de Lins, ambos muito
grandes, e nós, um consórcio pequenino, praticamente familiar.
A
Luiza Helena, muito esperta, disse ao Oswaldo que queria conhecer a sócia dele.
Ele me levou ao encontro seguinte, em que ela nos disse que já estava com o
pedido de autorização para a implantação do consórcio no Banco Central. Ela
queria fazer a parceria com uma empresa, mas que ficasse claro que, brevemente,
ela teria o seu próprio consórcio. Naquela época, a inflação era altíssima e o
crédito era bem escasso. Era bem difícil vender produtos de forma parcelada,
pois os juros estavam nas alturas. Nós duas conversamos, o nosso santo bateu e,
por incrível que pareça, ela fechou a parceria com a gente, do pequeno
Consórcio Alvorada. Imagine só a alegria.”
Página
301
“[...]
Na simplicidade de minha infância na roça mineira, eu achava que, para ir ao
Japão, era necessário cavar um buraco no chão, fundo o bastante para que
chegássemos ao outro lado do mundo. Décadas mais tarde, quando viajei pela
primeira vez a Tóquio para uma premiação, descobri não só como o mundo é mesmo
grande, mas também o quanto ele é repleto de oportunidades.”
FICHA
TÉCNICA |
Título: Simples Assim – A história da CEO que
veio da roça
ISBN:
978-65-86119-70-1
Autora:
Edna Maria
Honorato
Categoria: Não ficção
Páginas:
304
Preço
sugerido: R$ 49,90
Todo
o recurso da venda será destinado para organizações sociais. Venda diretamente
na Associação Mão Amiga Recanto Janaína (Amarja) pelo WhatsApp (16) 99999-4943,
no site da Primavera ou no site do Magazine Luiza.
EDNA
MARIA HONORATO |
De infância humilde, criada na roça mineira, Edna Honorato se tornou, ainda
jovem, uma grande conhecedora e apaixonada pelos consórcios. Após ter
trabalhado
em uma administradora, montado a sua própria e ter contribuído decisivamente
para a implantação da modalidade no Magalu, Edna assumiu a direção executiva do
Consórcio Luiza em 2001. Responsável pela implantação da cultura do Magalu na
empresa, Edna tornou o Consórcio Luiza uma referência em cultura e ambiente
organizacional e no desenvolvimento pessoal de lideranças e liderados. Há onze
anos consecutivos o Consórcio Luiza figura entre as cinco Melhores Empresas
para Trabalhar no Brasil, pesquisa conduzida pelo Great Place to Work@ e obteve
o 1° lugar no Prêmio Época Reclame Aqui por 4 vezes. Atual presidente do
Conselho Nacional da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios
(ABAC). Edna também integra o Comitê Vozes, do grupo Mulheres do Brasil, e é
fundadora e mentora espiritual da ONG Amarja, entidade dedicada ao tratamento e
à recuperação de dependentes químicos, e que receberá, por doação, todos os
direitos autorais dessa obra.
SOBRE
JOSÉ RUY GANDRA |
Historiador e jornalista, com passagens pelas principais redações e
organizações de mídia do Brasil – Exame, Veja, Globo e Folha de S. Paulo –,
José Ruy Gandra hoje dirige a Gandra
Livros sob Medida, especializada na criação e no desenvolvimento de
livros para pessoas e empresas. É autor dos livros Coração de Pai e A História da Propaganda Criativa no Brasil.
SOBRE
A EDITORA | A
Primavera Editorial é uma editora que procura apresentar obras inteligentes,
instigantes e acalentadoras para a mulher que busca emancipação social e poder
sobre suas escolhas. www.primaveraeditorial.com
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