Campanha lançada na Inglaterra, no início do COP26, alerta sobre as necessidades de cuidar do clima e do planeta, e foi lançada no Brasil no último domingo (14) pela RPMM Global, em parceria com a Rede de Sementes do Cerrado
Nos
últimos anos, a influência humana acelerou a mudança climática e os resultados
são cada vez mais preocupantes, principalmente com o avanço do desmatamento e o
aumento do aquecimento global. Como forma de alertar sobre estes problemas e
destacar a importância da preservação do Cerrado, a RPMM Global em parceria com
a Rede Sementes do Cerrado (RSC), lançou no Brasil neste domingo, dia 14 de
novembro, a campanha “No Vaccine For Climate Change”, que traduzido para o
português significa “não há vacina para a mudança do clima”.
A
ação de lançamento aconteceu nas principais praias na cidade do Rio de Janeiro,
por ser um local de grande visibilidade nacional, e foi realizada através de
uma faixa escrita com a #novaccineforclimatechange em um avião, que sobrevoou
as praias do Leme, Copacabana, Leblon, Barra da Tijuca e Ipanema. O objetivo
foi chamar a atenção e gerar engajamento das pessoas para a causa, marcando e
compartilhando a # nas redes sociais.
“Quando
pequeno lembro de escrever num cartaz a seguinte frase: preserve a natureza e salvará nossas
riquezas. Hoje sonho um dia poder viver de forma totalmente
sustentável e estou trabalhando nesse sentido. Entendo que a sustentabilidade
vai além do meio ambiente, isto é, deve valorizar também aspectos sociais e
econômicos do meio rural e urbano em que vivemos. Acredito que devemos garantir
a vida às gerações futuras, logo temos que ter a consciência de que o nosso
consumo e nossas atitudes diárias poderão mudar bastante o destino do Planeta
Terra. Esta campanha em particular se faz muito importante, pois além de unir
pessoas do bem, objetiva realizar um projeto musical em detrimento de uma
causa de preservação ambiental. O bioma Cerrado é considerado a caixa
d'água do Brasil e a RSC demonstra ser uma organização capaz de contribuir muito
com a recuperação de áreas degradadas”, explica Raphael Collares, diretor de
operações no Brasil da RPMM Global.
O
ano de 2020 foi marcado pela pandemia de COVID-19, que forçou a humanidade a
mudar os seus hábitos para lutar contra o Coronavírus. Mas o ano também foi
considerado decisivo para enfrentar a emergência climática global, já que a
janela de oportunidade para manter o aumento da temperatura global abaixo de
1,5° C está se esgotando.
O
Brasil foi um dos países mais cobrados na Conferência das Nações Unidas Sobre
as Mudanças Climáticas de 2021, a COP26, realizada na cidade de Glasgow, na
Escócia. A conferência destacou que é urgente as ações de preservação de
biodiversidade, principalmente do Cerrado brasileiro, segundo maior bioma do
Brasil e da América do Sul.
Segundo
dados da NASA, se os níveis de desmatamento continuarem, o resto do mundo como
conhecemos irá desaparecer em cerca de 100 anos. O Cerrado é de extrema
importância para ajudar a regular o clima, pois absorve grandes quantidades de
dióxido de carbono, tornando-se chave na preservação para reduzir as emissões
de gases do efeito estufa e o aquecimento global.
“O
Cerrado está acabando, mais de 50% já foi desmatado devido ao avanço da
fronteira agrícola. A RSC se coloca como uma das soluções neste grande problema
através da promoção da restauração ecológica associada às comunidades locais e
tradicionais do bioma. Com isso, a gente consegue ter ganhos na área ambiental
e também na questão social e econômica para os povos”, complementa Camila
Motta, bióloga e presidente da RSC, uma organização sem fins lucrativos que
trabalha com comunidades tradicionais do Cerrado, coletam sementes para plantar
árvores, arbustos e capins para restaurar áreas degradadas. Cerrado é o segundo
maior bioma do Brasil.
Conhecido
como “o berço das águas”, o Cerrado abriga oito das doze bacia hidrográficas
brasileiras e é uma das regiões com maior biodiversidade do planeta, abrigando
5% de todas as espécies, incluindo mais de 1.600 tipos de mamíferos, pássaros e
répteis, e mais de 12 mil espécies de plantas. Nos últimos anos, esta região
vem sendo devastada por incêndios criminosos e avanço da fronteira
agropecuária, especialmente para produção de commodities. Com mais de 2 milhões
de quilômetros quadrados, o Cerrado localiza-se na parte mais central do
Brasil,incluindo os estados de Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal.
Evento
internacional arrecada fundos para o Cerrado, a savana brasileira
Para
2022, a RPMM Global está planejando apresentar o “RPMM Live: uma experiência
musical em Festival – uma consciência do tamanho de um planeta”, um evento
anual de música e entretenimento ao vivo para aumentar a conscientização sobre
as mudanças climáticas. “Nosso objetivo é chamar a atenção para este problema
global e seus impactos negativos no ecossistema do nosso planeta, destacando a
importância do Cerrado e de outros ecossistemas para o mundo”, completa
Collares, da RPMM Global.
O
evento vai acontecer em Greenwich, em Londres, na Inglaterra, no Old Royal
Naval College e o tema central será a preservação do bioma do Cerrado e as
consequências das mudanças climáticas que vem afetando o nosso Planeta,
destacando a parceria com a RSC. Quem participar poderá conferir os shows, como
também usufruir de um workshop sobre o trabalho da RSC, o que trará um impacto
positivo na experiência de todos os participantes, pois esta ação demonstrará a
técnica e os pontos positivos dos trabalhos realizados por esta organização no
Brasil.
“No
Brasil a ideia é, em um segundo momento, realizar o evento em Alto Paraíso de
Goiás, na Chapada dos Veadeiros/GO, com artistas nacionais e internacionais
para arrecadar mais fundos para a nossa causa”, complementa Motta, da RSC.
Imagine-se participando de palestras, workshops, mesas e rodas de conversas
organizadas por palestrantes de universidades, representantes ambientais do
governo e parceiros.
Campanha
arrecada fundos para manter projetos socioambientais
Com
o objetivo de continuar este projeto de restauração inclusiva no Cerrado, a
RPMM e a RSC lançaram uma campanha para captar recursos, a "No Vaccine
For Climate Change". O objetivo é arrecadar 100 mil libras, que serão
utilizados para ajudar a RSC a continuar apoiando atividades de restauração
ecológica Inclusiva, disseminação de conhecimento e geração de renda para as
comunidades tradicionais do Cerrado. Quem tiver interesse em ajudar, pode
realizar uma doação pela página do Just Giving, no link
https://www.justgiving.com/crowdfunding/rpmm-global?utm_term=9AKaMWQkP.
Sobre
a RPMM Global
Fundada
em 2016, por Mario Matos, a RPMM Global hospedou eventos em Portugal, Reino
Unido e Alemanha. Por muito tempo foi possível proporcionar aos clientes uma
experiência musical diferenciada, com muita dança e criatividade. Acontece que
durante o ápice do processo pandêmico mundial, a produtora decidiu dar início a
criação de eventos com causas globais, com a finalidade de aumentar a
conscientização e gerar fundos necessários para projetos ambientais em todo o
mundo. Mario e seus parceiros Jonny Stopford e Raphael Collares estão
empenhados em usar a plataforma RPMM para aumentar a conscientização positiva
sobre as questões climáticas, incluindo a restauração do Cerrado. www.rpm.global.
Sobre
a Rede de Sementes do Cerrado (RSC)
A
Rede de Sementes do
Cerrado (RSC)
surgiu em 2001 com o propósito de fomentar a cadeia de produção de sementes no
bioma Cerrado. Hoje é uma referência na área promovendo ativamente a semeadura
direta como solução econômica e tecnicamente viável para a restauração
ecológica do bioma e com isso contribuindo para discussões de políticas
públicas na área. Atua de forma efetiva em toda a cadeia de produção de
sementes, desde a capacitação de coletores até a comercialização.
Em
20 anos de experiência, a RSC
realizou 13 projetos com objetivo de restauração e conservação do Cerrado,
publicou mais de 10 livros sobre as espécies do Cerrado e técnicas relacionadas
com a restauração de ecossistemas e diversos livretos e cartilhas e capacitou
mais de 1.500 pessoas para atividades no setor de produção de sementes nativas
e restauração ecológica do bioma Cerrado. Esta experiência e toda a rede de
parceiros que vão desde a academia, sociedade e governo, foi estabelecida
durante anos e proporciona oportunidades de melhoria de vida aos povos do
Cerrado e benefícios sociais, ambientais e econômicos para a sociedade em
geral. https://www.rsc.org.br/
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