A
logística é responsável pelas atividades de transporte, movimentação,
armazenamento, produção e distribuição de produtos, tendo como principal
objetivo facilitar o fluxo de materiais na cadeia produtiva, unindo produtos e
serviços aos consumidores finais.
A
partir da década de 1990, com o advento da internet e a consolidação da
globalização, a logística vem passando por grandes transformações e novos
termos e metodologias vão sendo incorporados a esta área. Um deles é a
logística urbana, também conhecida pelas terminologias city logistics
(logística da cidade) e last mile (última milha), a qual
trata do processo de otimização das atividades logísticas e de transportes em
áreas urbanas.
Tal
conceito vem ganhando força nos últimos anos em consequência das evoluções
tecnológicas e informacionais e do aumento da demanda de consumo, associado ao
sistema de produção puxada e à necessidade de redução de estoques por parte das
organizações e da explosão do e-commerce. Fatores estes que alteram a dinâmica
de distribuição de cargas nos centros urbanos, onde as entregas passam a ser de
volumes cada vez menores, com maior frequência e forma pulverizada.
De
acordo com a E-bit, uma empresa Nielsen, os principais produtos comprados no
e-commerce brasileiro são artigos de moda e acessórios, com ticket médio de R$
169,00; juntamente com o setor de perfumaria, cosméticos e saúde, com ticket
médio de R$ 197,00 — o que torna as entregas mais fracionadas com volumes de
menor porte.
No
entanto, neste cenário de pandemia enfrentado atualmente, em que muitas pessoas
passaram a realizar isolamento social e teletrabalho (home office) a fim de
evitar aglomerações, a logística urbana se tornou ainda mais evidente. E
enquanto presenciamos a redução de veículos e pessoas circulando pelas ruas,
vemos o expressivo aumento do uso de aplicativos de delivery de refeições,
alimentos e produtos em geral, como forma de evitar idas aos supermercados,
restaurantes, farmácias e serviços em geral.
E
assim, vemos um novo cenário, pós-pandemia, sendo desenhado também na
logística, onde serão necessários cada vez mais profissionais capazes de
trabalhar com softwares de roteirização e otimização de
entregas/veículo, priorizando entregas por motos, bicicletas e até mesmo a
pé. Pensando neste cenário do “novo normal”, ideias de formas
alternativas de entregas que, até então, soavam como futurísticas, começam a
ganhar força, como é o caso dos drones e veículos autônomos.
Autoria: Rafaela Aparecida de
Almeida é professora da Escola de Gestão, Comunicação e Negócios do Centro
Universitário Internacional Uninter
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