Especialista explica
os motivos desse fenômeno e revela tendências de mercado para o futuro
Um
estudo da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM) e outro da
Ebit/Nielsen concluiu que lojas físicas com presença on-line vendem mais que lojas
presentes somente na web. A pesquisa revela que marcas do varejo tradicional
como Casas Bahia e Walmart representam 51% das vendas on-line em relação as
marcas restritas ao serviço de e-commerce, como Netshoes e Submarino.
Para
a professora Alessandra de Paula, coordenadora do curso de Gestão do
E-Commerce e Sistemas Logísticos do Centro Universitário Internacional Uninter,
isso demonstra que as lojas físicas são estratégias complementares às vendas
on-line e não canais concorrentes. “Podemos perceber que a loja física, que
também está presente na web, acaba trazendo uma melhor experiência para o
cliente por meio da operação omnichannel [integração entre as lojas físicas,
virtuais e compradores], permitindo que se compre on-line e retire na loja ou experimente
na loja e compre on-line, facilitando também o processo de troca”.
Segundo
a especialista, em geral as marcas tradicionais são consolidadas no mercado,
com grande força no varejo (muito mais do que as marcas exclusivamente
digitais) e normalmente são marketplaces, ou seja, uma só loja virtual com
várias empresas — o que aumenta a quantidade de produtos à venda. No entanto,
ela explica que o e-commerce é uma ótima alternativa, principalmente para quem
está começando um negócio próprio, pois “exige menor investimento que a loja
física, rompe as barreiras geográficas, permitindo vendas para outras cidades e
até países, e potencializa os resultados da empresa. Além disso, permite que o
negócio fique aberto 24 horas por dia durante os 7 dias da semana”.
Alessandra
acredita que essa integração entre canais físicos e virtuais será cada vez mais
frequente, assim como o uso cada vez maior de tecnologias de atendimento
automatizado, como os bots e chatbots [ programas de computador que simulam
interação humana com usuários da internet]. “Fora isso, acredito que teremos a
eliminação ou redução de intermediários (atacadistas, CDs etc.), uso de
inteligência artificial, evolução nas formas de entrega e utilização de “pontos
de retirada” de mercadoria — mudanças que diminuem o preço do frete e
tornam a compra do produto mais acessível para o consumidor e menos complicada
para as empresas.
Outra novidade que deve mudar a forma de comprar on-line deve
ser o uso das realidades virtual e aumentada. Assim, o cliente poderá usar o
seu celular para testar como uma cor de tinta ficaria na parede de sua sala ou
então conferir como um móvel ficaria em determinado espaço de sua casa”,
explica a professora.
Comentários
Postar um comentário