“Como
nossa escola pode reduzir o impacto ambiental?”. Foi essa frase escrita em um
mural do Colégio Positivo Internacional, em Curitiba (PR), há três anos, que
fez com que a pequena Helena Giotto, então com 9 anos de idade, pensasse em uma
forma de ajudar o meio ambiente e desse os primeiros passos para que a escola
implantasse a chamada logística reversa, uma solução para o material didático
de seus alunos após o uso.
“Depois
de ler a frase, fiquei pensando no que fazer. Daí, vi que havia uma pilha de
livros didáticos usados, cheios de informações pessoais, já preenchidos, e
imaginei que seria muito legal reciclá-los. Falei para meus pais, e eles me
ajudaram a criar uma apresentação no Powerpoint, para que levasse o projeto até
a escola”, conta Helena, hoje com 12 anos, estudante do 7° ano do Ensino
Fundamental. A exposição foi um sucesso e o Colégio resolveu aprimorar a ideia.
Agora, três anos depois, o projeto, que prevê a reciclagem dos livros didáticos
usados durante o ano letivo, enfim foi concretizado.
“De
fato, era uma demanda ter uma solução para o descarte do material. Desde 2014,
temos adotado condutas para diminuir o impacto das nossas ações no meio
ambiente. Nesse sentido, vemos que a gestão da coleta dos resíduos é
essencial”, ressalta a supervisora de Qualidade e Meio Ambiente do Grupo
Positivo, Andréa Luiza Arantes.
Como
funciona o projeto?
O
Grupo Positivo é responsável pela concepção, produção e impressão de milhares
de livros didáticos por meio da Posigraf, Editora Positivo e Colégio Positivo.
Atualmente, mais de 800 mil alunos de escolas públicas e particulares, do
Brasil e do Japão, utilizam o material didático produzido pela marca. Agora,
com o nascimento do projeto Logística Reversa Positivo, o grupo será
responsável, também, pelo destino final desses livros, fechando com muita
responsabilidade essa cadeia.
O
projeto piloto começou com o Colégio Positivo Júnior, Colégio Positivo – Jardim
Ambiental e Colégio Positivo – Ângelo Sampaio, todos em Curitiba. Os alunos
dessas unidades podem descartar livros, cadernos e outros materiais de papel
usados durante o ano em caixas coletoras específicas para esse fim.
Todo
o material coletado é encaminhado para o processo de reciclagem, virando
matéria-prima que será vendida para a fabricação de outros produtos. A receita
arrecadada com a comercialização será dividida entre os colégios participantes,
conforme a arrecadação de cada um. Os alunos de cada unidade ajudarão a decidir
o que será feito com a verba destinada ao seu colégio. Com o auxílio do Instituto
Positivo, as escolas deverão desenvolver projetos voltados às questões sociais
e ambientais.
Em
2019, o Positivo pretende estender o projeto para todas as unidades. Enquanto a
Helena espera que a ideia sirva de inspiração para outras escolas do país.
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