Especial "A Pérola Negra do Samba" estreia na telinha da TV Brasil com clássicos do gênero

 

Atração musical apresentada pelo canal público exalta Jovelina Pérola Negra, ícone da cultura popular

Destaque da programação de filmes, entrevistas e produções temáticas da Semana da Consciência Negra preparada pela a TV Brasil, o especial "A Pérola Negra do Samba" é atração exclusiva da emissora pública neste sábado (22), às 23h.

O espetáculo inédito combina musical e dramaturgia para homenagear a diva Jovelina Pérola Negra (1944-1998), uma das vozes mais importantes da história do gênero. A peça valoriza a força, a poesia e o balanço da trajetória da cantora e compositora carioca.

Com texto de Leonardo Bruno e direção geral de Luiz Antonio Pilar, o conteúdo em cartaz no canal recria momentos marcantes da carreira e da vida pessoal da artista que se consagrou como uma das grandes damas do samba. A TV Brasil gravou o show no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro, em outubro.

Em cena, para resgatar as memórias da estrela, a atriz, cantora e compositora Afro Flor encarna Jovelina. Ela divide o palco com Thalita Floriano, Fernanda Sabot e Thiago Thomé, que interpretam pessoas do convívio dela como familiares e personalidades do porte de Clementina de Jesus, grande inspiração da artista.

O quarteto entoa repertório de sucessos eternizados no cancioneiro nacional como as canções "Bagaço da Laranja", "Sorriso Aberto" e "Luz do Repente". Ao todo, a montagem reúne mais de 20 músicas para costurar a dramaturgia da produção.

O clássico "Feirinha da Pavuna" abre o espetáculo e inspira o cenário e o figurino, que remetem ao colorido universo das feiras livres do subúrbio carioca, com seus caixotes e placas com letras em filete.

Além dos quatro atores-cantores, estão no palco os músicos Matheus Camará (violão) e Rodrigo Pirikito (cavaco), dupla que assina a direção musical de "A Pérola Negra do Samba", Daniel Esperança (teclado), Wesley Lucas (bateria), Pedro Ivo (percussão) e Thainara Castro (percussão).

Trajetória da sambista

Com sua voz grave e inigualável, Jovelina Pérola Negra se tornou um ícone do samba de partido-alto e do pagode carioca. A trajetória inspiradora da artista abriu caminho para outras vozes femininas no gênero.

A obra da célebre sambista valorizou as raízes do samba, representando a força do subúrbio e da mulher negra na música brasileira. Jovelina Pérola Negra se diferencia dos demais nomes femininos desse universo por cantar partido alto com improviso e malandragem, características normalmente associadas ao masculino.

Mesmo com a imensidão de sua voz, o sucesso chegou tardiamente, aos 41 anos de idade. Foi apenas em 1985 que a artista estreou com a participação no disco "Raça Brasileira", clássico disco que revelou Zeca Pagodinho há exatos 40 anos.

Jovelina Pérola Negra teve uma carreira curta, mas intensa, repleta de sucessos, marcados por sua figura emblemática. Em 1998, aos 54 anos, ela morreu de infarto, mas permaneceu lembrada pelos fãs do gênero nas rodas de samba.

O espetáculo traça um panorama da carreira para preservar a memória da diva. Jovelina enfrentou o racismo, o machismo e diversas adversidades em sua trajetória. O show reconhece os desafios do povo preto e periférico do país em busca de uma sociedade mais justa.

A adaptação para telinha do musical "A Pérola Negra do Samba" exibido pela TV Brasil teve direção de Waldecir de Oliveira que conduz a versão televisiva com sensibilidade e respeito à história de Jovelina Pérola Negra.

Serviço
Especial "A Pérola Negra do Samba" – sábado, dia 22/11, às 23h, na TV Brasil

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