No Mês Internacional da Mulher, a arte se torna um poderoso meio de expressão e reflexão sobre identidade, cultura e transformação
A
NATA Art&Design,
galeria de arte e design contemporâneo, das sócias Ariela Mansur e Natasha
Szaniecki, pontua seis grandes artistas brasileiras atuais em uma curadoria
cuidadosa que evidencia a diversidade e a força da produção feminina.
As
obras assinadas por elas exploram desde a sutileza do papel, passando pela
força da fotografia documental, até a grandeza das instalações artísticas.
Andrea Azzi traduz em suas pinturas e objetos multimídia a
paisagem em constante mutação, enquanto Andrea
Fiamenghi captura, por meio da fotografia, o misticismo e a
energia dos orixás e da cultura baiana. Já Andrea Martin dá vida ao papel com cortes
minuciosos, criando texturas que celebram a geometria e a delicadeza.
Principalmente do feminino.
A
força do fazer manual também está presente no trabalho de Cilene Derdyk, que
transforma fios de alumínio e outros materiais inusitados em tramas que remetem
às cestarias artesanais. Cristhina
Bastos, por sua vez, propõe um olhar crítico sobre as
transformações sociais e urbanas por meio de sua abordagem multidisciplinar. Karina Guindi, inspirada
pela arquitetura, cria composições tridimensionais que convidam o espectador a
descobrir novas perspectivas.
Conheça mais sobre elas:
Andrea Azzi
Iniciou
seu trabalho no final dos anos 80 produzindo pinturas, instalações multimídia e
objetos. Em sua pintura, os campos de cor carregados de contraste e gestual
marcante, passam a assumir um caráter de paisagem, incorporando uma atenção
direcionada ao entorno e à natureza, refletindo as mudanças na vida e no
cenário em sua volta.
Andrea Fiamenghi
Produz
fotografias que trazem à tona experiências repletas de misticismos, revela
corpos vivos que são a garantia do encantado na terra: representação, força e
espetáculo dos orixás africanos, do povo da Bahia, da própria natureza, da vida
humana livre do fracasso do racionalismo, apesar do incontestável e reconhecido
rigor estético das obras. Suas fotografias integram o acervo permanente do
Museu Afro Brasil, em São Paulo.
Andrea Martin
Ela
cria suas obras cortando papel com bisturi para construir texturas orgânicas
que transmitem a sutileza em volumes. Cada papel tem sua própria identidade e
reage de forma diferente à lâmina. Suas obras são uma celebração da geometria e
harmonia das formas. Seus cortes desvendam paisagens íntimas, onde o papel
floresce em texturas orgânicas, evocando a força sutil da natureza e a
delicadeza infinita do feminino.
Cilene Derdyk
As
obras dela apresentam uma grande variedade de materiais e tramas. Entre os
diversos materiais pouco convencionais utilizados pela artista, destaca-se o
uso dos fios de alumínio banhados, tramados e geralmente trabalhados com
elementos naturais, metalizados, resinados etc. Sua produção é 100% artesanal e
nos remete as cestarias, redes, geralmente produzidas por comunidades de
pescadores.
Cristhina Bastos
Formada
pela UFRJ em Pintura e Arquitetura, Cristhina explora a metamorfose das
relações humanas em suas obras multidisciplinares. Com exposições no Brasil e
no exterior, incluindo a Bienal de Moçambique e a JustLX Lisboa, seu trabalho é
a união perfeita de técnicas manuais, vídeo e fotografia performática. Sua arte
reflete a constante evolução do ser humano e do ambiente ao redor.
Recentemente, apresentou novos trabalhos que reafirmam sua visão poética da
transformação.
Utilizando o papel como base de suas obras, as esculturas de parede da artista exploram a interação entre forma, luz e sombra, proporcionando experiências visuais dinâmicas. O movimento do papel e as cores vibrantes fazem de cada ângulo uma nova descoberta, convidando o espectador a enxergar além. Karina transforma o papel em um meio expressivo, onde arquitetura e arte se encontram em perfeita harmonia. Suas criações refletem muito da multiplicidade do olhar feminino, onde cada ângulo revela novas percepções.
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