Segunda canção do álbum de estreia da cantora e compositora paulistana chega às plataformas de streaming no dia 04 de outubro
Pregar
a esperança e a confiança de que dias melhores estão por vir é o enredo que
embala "o trajeto é a
minha obra", segundo single do álbum de estreia da cantora
e compositora paulistana Lotzse.
A canção chega às plataformas de streaming
no dia 4 de
outubro (acesse aqui), pelo
selo Aurita Records, apresentando a pluralidade sonora presente no disco, que
será lançado em novembro.
Com produção assinada por Fabio Pinczowski (produtor do álbum Beleza São Coisas Acesas Por Dentro
(2023), de Filipe Catto) e direção artística de César Lacerda (cujas canções já
foram gravadas por Gal Gosta e Maria Bethânia), a faixa é um manifesto otimista
sobre o futuro, acreditando que a vida é o que fazemos dela. O arranjo de
metais bem-humorado e cativante, escrito por Alberto Continentino, faz
referência a obras de Lincoln Olivetti e Marcos Valle, contribuindo com a
narrativa proposta.
Lotzse trabalhou por alguns anos em galerias de arte contemporânea, sem
imaginar a possibilidade de intersecção desses dois universos e o quanto essas
conexões poderiam expandir sua visão de mundo. Com o tempo, ao ser apresentada
a outras mídias e fontes de inspiração, a cantora e compositora percebeu o
quanto essa trajetória foi essencial para a construção de seu próprio universo
artístico. "Inicialmente, eu via esse trabalho apenas como uma forma de
viabilizar o sonho de gravar meu primeiro álbum. Mas ao entrar em contato
profundo com as obras de tantos artistas, percebi como esses meus dois
universos, no final das contas, eram um só. E, para minha surpresa, encontrei
nessa trajetória fontes de inspiração que não imaginava antes" , afirma
Lotzse.
O título “o trajeto é a minha obra” foi retirado de uma arte postal do artista
plástico multimídia e poeta brasileiro Paulo Bruscky, publicada em 1978, no
período da ditadura. Bruscky defende a proposta de considerar o próprio postal
como objeto de arte e enviá-lo a outro país. Guiada por esse ato de
resistência, Lotzse escreve que as tentativas de impedir alguém de construir
seu próprio futuro serão sempre em vão.
A capa do single foi inspirada no filme “Sonhos”, do cineasta japonês Akira
Kurosawa. Este longa-metragem detalha oito sonhos que Kurosawa teve e que são,
aparentemente, distintos. Mas é possível identificar uma linha do tempo com
situações que representam a infância, a adolescência, a vida adulta e a
velhice. Assim como o personagem que evolui ao longo de cada história, sendo
transformado por cada decisão, Lotzse revela em sua música a necessidade de se
reapresentar a cada novo entendimento sobre a vida.
Para a artista, o fio condutor entre estes contos e a sua própria trajetória é
a percepção de que a espiritualidade e a determinação vêm de dentro e, como
esse processo é vivo e contínuo, não há ponto de chegada. O que importa mesmo é
o caminho percorrido.
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