Com homenagem a Milton Nascimento, grupo internacional de dança Parsons Dance chega a Curitiba nesta terça-feira (20)
Companhia,
do celebrado coreógrafo David Parsons, se apresenta no Teatro Guaíra; ingressos
à venda pelo Disk Ingressos
Foto: Divulgação
Gênio
das artes coreográficas e apaixonado pela dança e pelo Brasil, David Parsons está de volta ao país
após um hiato de 16 anos. Para marcar seu retorno aos palcos brasileiros, ele
apresentará um espetáculo que reúne seis diferentes peças – desde dois de seus
maiores clássicos até três
coreografias inéditas no Brasil. O público também poderá
conferir 'Nascimento',
peça criada por Parsons
para celebrar o Brasil e a arte do gênio Milton
Nascimento. Em Curitiba,
a companhia se apresenta no dia 20
de agosto, no Teatro
Guaíra, às 21h. Os ingressos estão à venda, pelo Disk Ingressos, a partir
de R$ 100.
Apresentada
pelo Ministério da Cultura
e pelo Bradesco Seguros,
com o apoio da Lei
Federal de Incentivo à
Cultura, a turnê da Parsons
Dance é uma realização da DELLARTE, em parceria com o Ministério da Cultura e
o Governo Federal - União
e Reconstrução.
Nos
últimos 39 anos, o coreógrafo David Parsons tem feito seu público rir e chorar
com sua companhia de dança. A principal razão pela qual a Parsons Dance,
sediada em Nova York, tem conseguido fazer isso é o amor do coreógrafo pela
vida. “Sou um coreógrafo que gosta de se conectar com as pessoas”, diz Parsons,
ex-membro da mundialmente renomada Paul Taylor Dance Company. “Uma das coisas
que aprendi com Paul Taylor é que a humanidade é imensa. Há muito a fazer, e
gosto de olhar para a dança de diferentes maneiras.”
A
Parsons Dance
é conhecida por sua incrível fisicalidade e virtuosidade. “Gosto de levar o
público por uma experiência emocional e criar impressões que ninguém jamais
esquece", completa o coreógrafo.
A
genialidade e a visão única de Parsons, saudado pelo New York Times como “um dos grandes impulsionadores da dança
moderna”, e o trabalho enérgico e atlético desenvolvido em mais de
75 obras que fazem parte de seu repertório, garantiram à companhia um lugar de
destaque no panorama da dança mundial. A Parsons Dance já se apresentou nos
cinco continentes e em 445 cidades de 30 países.
Em
um espetáculo que mistura o clássico e o moderno, flertando com o pop, o
público irá assistir a duas obras marcantes de seu repertório: “Wolfgang”,
coreografada por Parsons para a Sinfonia nº 25 em sol menor de Mozart, mas com
uma energia emocionante e moderna, e “Caught”, considerada uma das mais
emblemáticas peças da companhia.
Além
dessas, três coreografias serão apresentadas pela primeira vez no Brasil:
“Balance of Power”, uma dança eminentemente percussiva, de 2020, já considerada
um dos solos mais icônicos da Parsons Dance; “The Shape of Us”, um número com
passos desafiadores onde Parsons explora a conexão com a música da banda
experimental Son Lux; e “JUKE”, uma peça vibrante do coreógrafo Jamar Roberts,
um veterano do Alvin Ailey American Dance Theater, criada com a música de Miles
Davis.
A
turnê brasileira também inclui “Nascimento”, a maior do espetáculo e a mais
emblemática para o público brasileiro, por ser uma homenagem ao país, criada
sobre uma música de nosso Milton Nascimento. Quando criou a coreografia, que já
foi apresentada em todo o mundo, Parsons explicou que ela refletia as sensações
de um norte-americano sobre o que viu no Brasil: “um pouco dos ritmos e cores
da música e do povo brasileiro”, definiu ele.
AS COREOGRAFIAS
WOLFGANG
(18
min)
Coreografada
em 2005, a peça de abertura, “Wolfgang”, sempre surpreende os fãs de longa data
da companhia, com a música clássica e movimentos de balé tradicional para o
elenco de seis dançarinos. A coreografia de David Parsons para a Sinfonia nº 25
em sol menor de Wolfgang Amadeus Mozart foi inicialmente criada no Aspen Santa
Fe Ballet.
A
fraseologia e o estilo de “Wolfgang” são bem adequados para uma companhia de
balé, mas os dançarinos de Parsons executam os passos com vigor, determinação e
intensidade, dando à peça uma energia emocionante e moderna. Os grandes
levantamentos e a parceria inspirada em pas de deux ficam mais selvagens à
medida que “Wolfgang” avança. Em uma seção, os três pares dividem o palco, com
a iluminação intensa separando-o em terços, cada duo em sua própria coluna de
luz.
Durante
um crescendo, as mulheres voam do espaço iluminado para a escuridão e os braços
de seus parceiros. Parsons e o designer de iluminação e cofundador da
companhia, Howell Binkley, trabalham tão precisamente juntos que cada mulher é
capturada no ar por um segundo antes de ser rapidamente retirada da vista,
enquanto o homem que a sustenta permanece invisível para a plateia.
Em
uma seção, os três pares dividem o palco, com a iluminação intensa dividindo o
palco em terços, cada duo em sua própria coluna de luz. “Wolfgang” é uma
colagem coreográfica típica com música selecionada de um único compositor, mas
está em um nível coreográfico mais alto do que amálgamas semelhantes, dando
ênfase a uma luz contemporânea para as composições atemporais de Mozart.
BALANCE OF POWER
Premiere
no Brasil (5 min)
“Balance
of Power”, coreografada por Parsons em 2020, já é um dos solos mais
emblemáticos da Parsons Dance. É uma dança percussiva – não apenas na música
criada, mas na execução do bailarino, que permanece dentro de um ponto circular
no centro do palco, movendo incessantemente seu corpo ou partes individuais
dele. Parece que tudo é um impulso, um estalo ou uma pose, mas não é o caso.
Entre os pontos de exclamação percussivos e físicos, há um conjunto variado de
movimentos que conecta tudo; uma melodia musculosa. É uma pequena peça que
exige uma exibição soberba do bailarino.
O
solista inicia a peça com uma parada de mão, que mantém por um bom tempo antes
de se abaixar com o máximo controle. “Equilíbrio” é certamente a chave nesta
obra, através da força e controle do dançarino, coordenando seus movimentos com
cada batida do tambor.
A
sensação é que o dançarino instiga a música, ou a música instiga o dançarino?
Certamente a peça deixa essa questão para o público refletir à medida que a
obra progride.
Musicalmente,
é uma oportunidade rara para um músico – neste caso, Giancarlo de Trizio –
estar no estúdio durante todo o tempo de desenvolvimento criativo e
coreográfico, tornando “Balance of Power” uma obra ainda mais intrigante ao
testemunhar o “equilíbrio de poder” entre músico, dançarino e coreógrafo.
THE SHAPE OF US
Premiere
no Brasil (18 min)
Em
“The Shape of Us", David Parsons explora uma jornada que vai da alienação
à conexão com a música da banda experimental Son Lux. No início, os dançarinos
cruzam o palco de propósito, caminhando com passos firmes; eles existem em
bolhas, perdidos em seus próprios mundos. Seus movimentos aumentam até que dois
dançarinos, com um pouco de drama, deslizam até parar no centro do palco.
À
medida que exploram um ao outro, suas resistências começam a esvair-se, e seu
crescente vínculo leva os outros a seguir o exemplo, enquanto se tocam com
admiração e ternura — abraçando a beleza um do outro e seus laços comunitários.
A
peça de Parsons é uma das mais bem-sucedidas estreias dos últimos anos, tanto
coreograficamente quanto em sua execução. Os dançarinos demonstram estar
completamente à vontade na coreografia, que, após todos esses anos, ainda é uma
homenagem ao seu ex- mentor Paul Taylor, mas com um polimento e um estilo mais
moderno.
Os
artistas dominam passos desafiadores com facilidade, incluindo combinações que
certamente seriam obstáculos para muitos dançarinos experientes. Segundo o New
York Times, “É impressionante. O melhor de tudo é que, apesar de seu foco
frontal, há um sentido de comunidade através da proximidade.”
JUKE
Premiere
no Brasil (18 min)
“JUKE”
é uma peça vibrante do coreógrafo Jamar Roberts, juntamente com danças de David
Parsons e Penny Saunders. A combinação de Roberts com o jazz é um território da
dança já conhecido e explorado. Roberts, um veterano do Alvin Ailey American
Dance Theater, criou algumas de suas obras mais concisas e apaixonadas ao som
do jazz, com movimentos voluptuosos, sejam eles afiados ou delicados, que fluem
em ondas de notas musicais.
Nesta
mais recente obra inspirada no jazz, Roberts faz os corpos dos dançarinos se
dobrarem e ziguezaguearem com uma rapidez tremulante, enquanto exploram o
significado de JUKE, ou “fingir um movimento” como nos esportes. Um por um,
eles se esquivam, deslizam e superam a música “Spanish Key” do revolucionário
álbum de Miles Davis de 1970, Bitches Brew, com suas influências de rock e
funk. Os dançarinos, torcendo e girando — às vezes ágeis como pugilistas —
preenchem o palco como pinceladas, algumas arrebatadoras e outras incisivas.
O
som pulsante se mescla de maneira surpreendente com os gestos vibrantes de
Roberts: cotovelos se projetam, quadris giram, os braços incendeiam o ar como
fósforos. Os figurinos, de Christine Darch, homenageiam a época do lançamento
do álbum de Davis: os dançarinos vestem calças e tops adornados com franjas, em
roxos e vermelhos brilhantes que se destacam na iluminação sombria de
Christopher Chambers.
CAUGHT
(6
min)
Em
“Caught”, o uso de luzes estroboscópicas dá a impressão de que um dançarino
solo está voando pelo ar. Criada inicialmente por Parsons em 1982, a peça não
perdeu nada de sua engenhosidade ou brilhantismo ao longo do tempo, continuando
a impressionar plateias ao redor do mundo.
A
coreografia captura simplesmente um dançarino solitário isolado dentro de
cúpulas sequenciais de luz. O conceito de mover-se de uma fonte de luz
aparentemente de forma invisível para outra é ampliado ao fazê-lo mover-se de
uma fonte de luz estroboscópica para outra, capturado no meio do movimento ou
aparentemente se teletransportando magicamente de um momento iluminado para o
próximo.
Ao
coreografar “Caught”, Parsons inventou uma nova maneira de um dançarino voar
usando um dispositivo remoto e luzes estroboscópicas. O solista começa de forma
meditativa em um círculo de luz, crescendo para uma sequência explosiva de 100
saltos em um palco escuro, onde é aparentemente capturado no ar. Com música de
Robert Fripp, os saltos e aterrissagens incríveis e as representações
audaciosas de caminhar sobre a água e o ar são absolutamente fascinantes por
sua fisicalidade insondável.
NASCIMENTO
(19
min)
“Nascimento”
é uma peça muito fluida e divertida, com sabor brasileiro, criada sobre a
música composta por Milton Nascimento — um presente dele para a Parsons Dance —
e uma celebração dos ritmos e cores da música e do povo brasileiro, segundo o
coreógrafo.
Aplaudida
mundialmente, a obra começa em um palco vazio com um fundo de cortina laranja,
onde dois dançarinos iniciam um tête-à-tête, uma parceria sensual, acompanhados
por vocais e acordes de guitarra vibrantes como fundo musical. Outros
dançarinos se juntam, preenchendo o espaço, enquanto executam uma coreografia
repleta de piruetas.
Formando
diversas parcerias e círculos, trocando entre casais ou formando trios, eles
vestem roupas em várias cores pastéis, contrastando com a mudança de cores da
cortina. A peça é uma celebração do amor, uma reunião alegre de pessoas
celebrando a vida, a proximidade e o compartilhar novamente.
Os
ritmos da composição de Milton Nascimento evocam drinks com guarda-chuvinhas e
praias de areia. O elenco impecavelmente limpo de oito pessoas, com silhuetas
dos anos 1950, salta alegremente, com os braços flexionados em um motivo de
celebração. Em um momento de clímax, como uma equipe de líderes de torcida, o
grupo lança uma dançarina incrivelmente alta no ar.
O vocabulário coreográfico de Parsons encanta em “Nascimento”, com a verticalidade e a força definindo seu estilo, onde a gravidade é uma preocupação particular. Ao contrário do balé, que desafia a gravidade com saltos elevados e explosivos, Parsons aqui explora o inevitável. Os saltos são cortados e avançam em vez de atingir o ápice, enquanto as aterragens são quase invisíveis e impulsionam a próxima façanha
SERVIÇO – PARSONS DANCE em Curitiba
Data: 20 de agosto de 2024 (terça-feira)
Local: Teatro Guaíra (Rua Conselheiro Laurindo
175 - Centro)
Horário: abertura da casa às 20h e show às 21h
Ingressos: os ingressos variam de R$ 100,00 a R$ 200,00,
de acordo com o setor e modalidade escolhidos
Vendas: Disk Ingressos (diskingressos.com.br)
Pontos de Vendas:
Shopping Mueller: de segunda a sexta, das 10h às 22h, aos
sábados, das 10h às 22h, e aos domingos, das 14h às 20h
Teatro Positivo: de segunda a sexta, das 11h às 15h e
das 16h10 às 20h. Sábado das 17h às 21h. Domingo somente em dias de espetáculos
Teatro Fernanda Montenegro: de segunda a sexta,
das 10h às 14h e das 15h10 às 18h. Sábado das 12h às 16h e das 17h10 às 20h
Call-center:
(41)
3315-0808 - de segunda a sexta, das 9h às 22h, e aos domingos, das 9h às 18h
Classificação: 10 anos
Realização: DELLARTE
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