Roni Munk realiza sua primeira exposição no sul do país

Artista visual apresenta "Revérbero", exposição individual inédita, no próximo dia 8, em Joinville (SC)

“Revérbero” é uma exposição inédita do artista visual Roni Munk, que vai preencher com fotoesculturas um dos pavilhões do Instituto Internacional Juarez Machado, em Joinville (SC) – esta é a primeira exposição do artista fora do eixo Rio-SP.  As obras são resultado de um ano e meio de trabalho sob mentoria de Scott McLeay, que também é artista de novas mídias e fotógrafo. Scott, canadense, com trabalhos exibidos em vários países, trabalha com artistas em ascensão, por meio do questionamento de decisões sobre perspectivas e processos conceituais, escolhas estéticas e técnicas.

“Vejo o Roni como um artista visual contemporâneo que trabalha em três dimensões utilizando diversos materiais orgânicos e industriais, fotografia e luz para criar obras que cada vez mais têm uma qualidade de instalação interativa. É difícil categorizar o trabalho do Roni e vejo isso como algo muito bom. Seu trabalho é original e em constante evolução”, diz Scott.

Em “Revérbero” os observadores podem apreciar mais de 25 obras resultantes dessa trajetória, que trazem temas escolhidos por Roni Munk, como dogmas, meio ambiente, racismo estrutural, entre outros. Esses assuntos foram trabalhados com a manipulação de chapas de aço, que tomaram diversas formas, definiram vazios e se apropriam de texturas, com a aplicação das fotos de Roni em fineart. “A fotografia tem essa tônica de registrar um momento. Ao desconstruí-la, as verdades se diluem, o que é importante. Uma das características do contemporâneo é questionar e vivemos numa época em que aflora uma tendência de libertação dos pensamentos, de permitir escolhas, de questionar e pluralizar”, comenta Munk.

 Roni Munk em seu ateliê, no Rio.

Roni inspira-se no neoconcretismo, nas Lygias, em Oiticica e em Ferreira Goullart e na exposição “Photography into Sculpture realizada no Moma em Nova Iorque em 1970; considera o público como participante ativo que precisa ser instigado a ser co-autor ou co-artista. Segundo Scott, “Revérbero” proporciona um universo credível, no qual o visitante é imerso na mente e na alma do artista, deixando marcas indeléveis, a partir de uma cenografia não narrativa coerente, com obras que contam sua história otimizando o desejo de Roni Munk de provocar conversas com o público. Sobretudo, “Revérbero” pretende provocar reflexões para que as pessoas saírem diferentes da exposição, com insights sobre si e reverberar.

 

Serviço:

[artes visuais] Revérbero, de Roni Munk

De 8 de junho a 10 de agosto de 2024

Horário: terça a sábado, das 9h às 18h

Local: Instituto Internacional Juarez Machado - Rua Lages, 994 - América - Joinville – SC

* No vernissage, dia 8, haverá uma performance da artista paulista Nina Lelou, às 15 horas

 

Sobre o artista

Roni Munk é carioca e fotografa desde criança, sob estímulo de sua mãe, Judith Munk (a primeira fotojornalista mulher do Rio de Janeiro) e desde 2016 dedica-se exclusivamente às artes visuais. A fotografia é a sua principal inspiração para se expressar artisticamente. Inicia com imagens bidimensionais e evolui para configuração de fotoesculturas e instalações, propondo uma conexão entre a fotografia, texturas, espectador, o espaço e o tempo. Roni Munk cria, trata, imprime e monta as imagens no seu estúdio, na região serrana do Rio de Janeiro. Nos últimos anos tem aprofundado a sua pesquisa configurando peças tridimensionais e instalações a partir de fotografias.  

Exposições individuais: Cidade das Artes (Rio), Reserva Cultural (Niterói), Galeria 18 (São Paulo). Mostras coletivas: Espaço Judith Munk (Petrópolis), Icon Galeria (Rio), Paraty em Foco (Paraty), Centro de Artes Hélio Oiticica (Rio). Festivais: Festival Fotoempauta, de Tiradentes, Paraty em Foco (Paraty), Clube de Arte Fotográfica de Camaçari e Fotos Pro Rio. Editou 3 livros de artista. Publicou o livro “Do Outro Lado, do Lado de Cá” sobre o racismo estrutural.

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