O
autoconhecimento é uma jornada vital que não apenas enriquece nossa vida
pessoal, mas também molda profundamente nossa trajetória profissional. À medida
que nos aprofundamos em compreender quem somos e como evoluímos ao longo do
tempo, ganhamos uma clareza valiosa sobre nossos objetivos, habilidades e
propósitos. Recentemente, a engenheira química, designer e facilitadora de
processos de desenvolvimento Angela Vega lançou luz sobre essa interseção entre
autoconhecimento e carreira em seu capítulo no livro "Impulsionadores de Carreira",
publicado pela Literare Books
International.
Em
33 anos de carreira empresarial, Angela Vega coordenou e desenvolveu projetos
de gestão da mudança, desenvolvimento de lideranças, organização, ouvidoria e
comunicação não violenta. Criadora do Workshop Carreira e Biografia, inspirado
em uma viagem de navio, com paradas em quatro portos (Ritmos, Crises,
Relacionamentos e Planejamento), atua como aconselhadora biográfica, coach,
consultora e palestrante. Gosta de ler, estudar, viajar e compartilhar
conhecimentos.
A
abordagem de Angela na obra se concentra na biografia humana e nos ciclos de
desenvolvimento como ferramentas poderosas para entender nossa jornada pessoal
e profissional. Inspirada na visão antroposófica, que considera a sabedoria do
ser humano, um dos destaques que ela faz em seu capítulo é o trabalho do médico
e psiquiatra holandês Bernard Lievegoed, que sistematizou as fases da vida em
setênios, ciclos de sete anos que influenciam nosso desenvolvimento.
Segundo
Vega, "o aprofundamento em nossa biografia, considerando os ciclos, ritmos
e curvas de desenvolvimento, permite identificar insights cruciais para o
planejamento de nossa carreira, tanto no presente quanto no futuro."
Ao
longo da vida, encontramos diversas crises que marcam viradas importantes em
nossa jornada. Por exemplo, aos 21 anos, enfrentamos a crise da identidade,
buscando nosso caminho e diferenciação da família. À medida que avançamos,
crises como a dos talentos aos 28 anos e a da autenticidade aos 35 anos nos
desafiam a reavaliar nossas aptidões e valores, ajustando o rumo em direção à
nossa missão pessoal.
Uma
das crises mais conhecidas é a existencial, que ocorre por volta dos 42 anos,
popularmente chamada de "crise dos 40". Nesse momento, confrontamos o
declínio físico e somos confrontados com escolhas cruciais sobre o futuro. Vega
destaca três caminhos possíveis: entregar-se ao decaimento, tentar manter o
ritmo com mudanças superficiais, ou buscar a espiritualidade e transcender
desafios por meio de práticas como mindfulness e meditação.
No
entanto, Vega ressalta que enfrentar essas crises com coragem e autenticidade
fortalece nosso Eu interior, preparando-nos para viver nossa missão individual
e propósito, para contribuir de forma significativa para a humanidade.
Portanto,
ao olharmos para dentro e explorarmos nossa biografia, podemos encontrar não
apenas respostas para nossas perguntas mais profundas, mas também orientação
para uma carreira que seja verdadeiramente satisfatória e significativa. O
autoconhecimento não é apenas um luxo; é uma necessidade essencial para
alcançar nosso potencial máximo, tanto pessoal quanto profissionalmente.
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