Susana Werner, Naiara Azevedo e Ana Hickmann, o sofrimento perante o controle, você pode ser vítima também
Como o
abuso patrimonial pode ser tão ruim ou pior que o abuso físico
Existem diversas dificuldades em
um relacionamento e para muitas pessoas o controle sobre seu parceiro, de
qualquer forma que seja pode deixá-los mais seguros, porém este controle sobre
o outro pode se materializar de várias formas, como pela violência patrimonial
por exemplo, que surge como um abuso sorrateiro, sutilmente anulando a
autonomia da parceira. Comparada às agressões físicas, esta manifestação de
controle econômico e manipulação financeira não deixa cicatrizes visíveis, mas
causa danos igualmente profundos.
Susana Werner recentemente expôs
sua vivência de abuso por parte de seu ex-marido, Julio Cesar, goleiro da
Seleção Brasiliera. Ela revelou ter recebido mesadas e ter seu acesso ao
dinheiro da família controlado durante o casamento. E este não é um caso isolado,
onde a manipulação financeira é uma forma de controle, anulando a independência
e liberdade da parceira. "Este controle dos gastos, a retenção de recursos
ou documentos e a manipulação financeira, quando vinculados ao gênero,
configuram uma forma de violência patrimonial reconhecida pela Justiça como
violência doméstica." Diz a especialista em direito familiar Amanda
Gimenes.
E durante um divórcio, o abuso
patrimonial ganha um potencial ainda maior, podendo minar as economias da
vítima, deixando-a desamparada até uma liminar ser definida e, certamente,
muitas mulheres se sentem impotentes a tomarem a decisão do divórcio, justamente
por essa questão da dependência financeira. Por este motivo uma advogada
especializada em direito de família não apenas oferece orientação legal, mas
também compreende a complexidade dessa forma de abuso, ajudando a coletar
evidências e a reivindicar os direitos da vítima, o que resgata, inclusive, a
sua dignidade como pessoa.
A Lei Maria da Penha, referência
na luta contra a violência doméstica, considera esta forma de abuso como
violência. No entanto, comprovar a posse dos bens após a separação pode ser um
desafio, especialmente para mulheres independentes financeiramente nos ganhos,
mas dependentes totalmente na administração de seus ganhos e que tiveram seus
recursos controlados pelo parceiro.
Desvendar e combater a violência
patrimonial requer uma especialista e a conscientização e apoio à vítima. É
essencial reconhecer que o abuso não é definido apenas pelo ferimento físico,
mas também a limitação de liberdades e direitos. É preciso promover não só a
justiça legal, mas também a justiça social e individual, para construir
relações conjugais baseadas no respeito e na equidade.
Serviço: Amanda
Gimenes Coutinho
Advogada Familiar
41 99829-4222
@adv.amandagimenes
adv.amandagimenes
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