Apresentações ocorrem até dia 20 de dezembro no
Guairão
Quem
passou em frente ao Teatro Guaíra na quinta-feira (14) já entrou em uma
grande festa ao ar livre. Personagens em pernas de pau e a banda animada da Cia
dos Palhaços recepcionavam o público e os bailarinos trajados para a noite da
narrativa que logo continuaria lá dentro, no palco. Era a estreia de “O
Quebra-Nozes”, espetáculo que até o dia 20 de dezembro, já está com os ingressos
esgotados.
O
público total esperado ultrapassa 15 mil pessoas ansiosas para ver o que mais
de 200 profissionais, entre os artistas e a equipe técnica, prepararam. A noite
de estreia fez sentir a emoção do encontro inédito entre os quatro corpos
artísticos do Centro Cultural Teatro Guaíra. Mas a “mágica acontece quando o
quinto corpo artístico entra em cena”: o público.
A
definição é do bailarino Rene Sato, o Quebra-Nozes. “A gente não sabe explicar.
Acontece, você vê nos olhos, nos poros de cada artista, em cada nota, em cada
passo. A plateia vibrando com um único propósito de celebrar é muito potente. É
uma honra participar desse momento”, define.
Os
corpos
A
estreia coroa o trabalho de um ano todo. Para o diretor musical e regente
titular da Orquestra Sinfônica do Paraná, Roberto Tibiriçá, foi um encontro
extremamente emocionante. “A preparação de todo esse trabalho de equipe é
exaustiva. É muito bonito quando abre a cortina e você ouve aquele ‘óooh’ do
público”, compartilha.
Bailarina
que cresceu no Teatro Guaíra, Deborah Chibiaque faz Clara, a menina-moça que
não sai de cena. Hoje no Balé Teatro Guaíra, ela iniciou na Escola de Dança
Teatro Guaíra. “Encontrei aqueles olhinhos cheios de novidade diante do
primeiro espetáculo grandioso, me lembrei de admirar muitos artistas que
estavam há mais tempo na companhia e hoje estou ao lado do G2. Eu acho que foi
neste momento que me dei conta do tanto de gente especial envolvida e da
sensação de crescer dentro desta casa onde me sinto muito honrada e muito
feliz”.
Atuante
nas três versões de O Quebra-Nozes já feitas pela casa, Ricardo Garanhani
integra hoje a G2 Cia. de Dança Teatro Guaíra, destaca a interação das
gerações. “Poder estar em cena junto com esses jovens artistas e futuros
profissionais é muito legal. É uma emoção completamente diferente, porque
envolve toda a família Teatro Guaíra. Mais uma vez fizemos um super espetáculo
e estou ansioso para continuar”, conta o bailarino.
A
primeira versão foi nos anos 80, com a coreografia de Carlos Trincheiras, e a
segunda nos anos 2000, sob a direção de Carla Reinecke.
O
público
“Quase
que eu chorei no final”, revela Ana Laura, de 9 anos, ao lado da mãe Tatiane
Cristina Bassan. “É muito lindo, o melhor espetáculo que eu já fui na minha
vida”, define entusiasmada.
Para
a noite de estreia, foram convidadas diversas instituições sociais. Dentre
elas, o Lar de Idosos Recanto do Tarumã, Associação Cristã Semeador, famílias
atendidas pelo Instituto Berbigier, que atende pessoas com doenças raras, ONG
Futebol de Rua e Associação Irmão Sol e Irmã Lua.
Letícia
Fanini, mãe de Lorenzo, atendido pelo Instituto Berbigier, relatou que foi
bailarina na infância e que vivenciar esse momento com seu filho foi algo
memorável. "Eu estudei Belas Artes, então, esse movimento cultural sempre
esteve presente na minha família. Ter ido com o Lorenzo na estreia e poder
acompanhar os olhinhos fixos no corpo de baile, mesmo com a deficiência
auditiva, curtindo cada nota da Orquestra Sinfônica foi algo memorável",
relatou.
Com
o filho também atendido pelo Instituto Berbigier, Luciane Passos foi assistir o
espetáculo e se emocionou. "Realmente foi uma apresentação primorosa da
Orquestra, como de todo corpo de baile. Na entrada tivemos a oportunidade de
tirar fotos com os personagens, foi uma apresentação emocionante", conta.
A
jornalista Helena Carnieri foi surpreendida pela nova versão do clássico.
"Maravilhosa, com muitas cores e cenários diferentes para cada cena. A
música já é fantástica, mas com a Orquestra tocando, melhor ainda",
concluiu.
PROMOÇÃO
– Essa temporada é
realizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura, tendo como instituição
beneficiada o Hospital Pequeno Príncipe, o patrocínio da Sanepar, Kuhn, MA
Máquinas, All4Labels, Electra Energy, Arotubi e ALT, e realização da Associação
Brasileira de Apoiadores Beneméritos do Teatro Guaíra, PalcoParaná, Centro
Cultural Teatro Guaíra, Secretaria de Estado da Cultura, Governo do Estado do
Paraná e Ministério da Cultura.
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