Para vestibulares como Fuvest e Unicamp, autores como Machado de Assis são cobrados nas provas; veja 7 livros que podem ajudar os vestibulandos
O
período de vestibulares está chegando e os participantes já estão se preparando
para as provas. Este ano, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) acontecerá
nos dias 5 e 12 de novembro de 2023 e um dos conhecimentos mais cobrados pelo
Enem é o de literatura nacional.
Além
disso, os locais de prova estão disponíveis no site oficial do INEP e, no
primeiro domingo, 05/11, serão realizadas as provas de linguagens, códigos e
suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias, além da redação. Já no
dia 12/11, as provas serão de matemática e suas tecnologias e ciências da
natureza e suas tecnologias.
Seja
na prova de linguagens ou até mesmo no momento de embasar o tema da redação,
conhecer os principais movimentos literários do Brasil e do mundo é uma das
principais formas de obter sucesso na prova. Entre 2018 e 2022, Machado de
Assis foi o autor mais mencionado pelo Enem, com, pelo menos, cinco perguntas
sobre suas obras.
Na
lista de leitura de vestibulares como Fuvest, Unesp e Unicamp, autores como
Machado de Assis, Fernando Pessoa e Raul Pompeia serão cobrados nas provas em
2023. Em 2024, por exemplo, A Ilustre Casa de Ramires de Eça de Queirós será
leitura obrigatória da Fuvest.
Para
compor a lista do estudante de obras da literatura em língua portuguesa para
serem estudadas, conheça sete livros que costumam cair nas provas de
vestibulares.
Triste
Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto (1915)
A
obra narra a história de Policarpo Quaresma, um funcionário público apaixonado
pelo Brasil e pelas tradições nacionais. Por meio da trajetória de Policarpo
Quaresma, Lima Barreto faz uma crítica contundente à alienação, à falta de
senso crítico e à dificuldade de adaptação de um indivíduo em um contexto
social. O livro é um dos ícones do movimento pré-modernista, transição de
escolas como realismo e naturalismo para o modernismo.
Quincas
Borba, de Machado de Assis (1891)
Parte
do movimento literário intitulado realismo – que se propõe a analisar as
relações humanas de forma mais real –, o livro conta a história de Rubião, um
professor de matemática que herda toda a fortuna de seu amigo, o excêntrico
filósofo Quincas Borba. Após a morte do amigo, Rubião passa a viver uma
realidade completamente diferente, cercado de luxo, e se torna objeto de
manipulação por parte de seus “amigos”.
O
Cortiço, de Aluísio Azevedo (1890)
Esse
livro é um romance naturalista que conta a história de pessoas que vivem em uma
espécie de habitação coletiva precária e superlotada, localizada no Rio de
Janeiro durante o século XIX. A história se desenrola em torno de João Romão,
um ambicioso comerciante português que, a partir da exploração dos moradores do
cortiço, consegue acumular riqueza. Ao longo da trama, o autor apresenta uma
ampla gama de personagens que habitam o cortiço, representando diferentes
camadas sociais e etnias de forma crua e realista, a qual é uma das principais
características do movimento naturalista.
O
Ateneu, de Raul Pompéia (1888)
Parte
do movimento realista, o livro acompanha a história de Sérgio, um jovem
estudante que é enviado por seus pais para estudar em um prestigioso colégio
interno chamado Ateneu. Por meio de simbolismos, o texto retrata as tensões e
os conflitos existentes na sociedade brasileira do final do século XIX e
apresenta uma análise da alma humana e das relações de poder que marcam o
ambiente escolar. Nessa obra, ainda são apresentadas as ilustrações do próprio
autor para o livro.
Mensagem,
de Fernando Pessoa (1934)
O
livro é uma compilação de poemas que apresentam uma visão épica da história de
Portugal, explorando temas como a identidade nacional, o destino coletivo e o
mito do herói. Por meio da poesia, o livro retrata a trajetória de Portugal
desde os tempos antigos até o presente, explorando a relação entre o passado e
o presente e a busca por um sentido de identidade nacional e o papel de
Portugal no contexto mundial. Nesta obra também são apresentados textos de
autoria do próprio poeta que explicitam o modo de composição, a produção e um
breve relato biográfico.
Iracema,
de José de Alencar (1865)
A
trama se passa durante a colonização do Brasil e retrata os conflitos entre os
colonizadores europeus e as tribos indígenas. Iracema, filha do pajé da tribo
dos tabajaras, é destinada a guardar um segredo, mas seu destino se cruza com o
de Martim, um português, que se perde nas matas e é acolhido pela jovem. Entre
eles, nasce um amor que desafia as barreiras culturais e sociais da época. O
romance é marcado por uma linguagem poética, retratando a exuberância da
natureza brasileira, os costumes indígenas e as paisagens do Ceará.
A
Ilustre Casa de Ramires, de Eça de Queirós (1900)
Por
meio da história de Gonçalo Mendes Ramires, um fidalgo provinciano que vive
numa casa ancestral na região de Trás-os-Montes, em Portugal, a obra apresenta
a complexidade da sociedade portuguesa do final do século XIX, revelando as
fissuras e os desafios enfrentados por uma classe social em declínio.
Gonçalo
é um personagem idealista, fascinado pela história e pelo passado brilhante de
sua família que busca restaurar a glória dos Ramires através da escrita de um
livro sobre a história da casa e de suas memórias. No entanto, a trama se
desenrola em torno dos desafios enfrentados por Gonçalo ao tentar conciliar
suas ambições literárias com a realidade, além de intrigas políticas e
românticas.
Os livros estão disponíveis na Amazon, as principais livrarias do Brasil e no site oficial da Editora Landmark, clicando aqui.
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