A cidade de Tiradentes/MG recebe entre os dias
16 e 26 de novembro, a 12ª edição do Festival Artes Vertentes. Considerado um
dos eventos mais importantes do país na promoção das artes de forma integradas,
a programação reúne uma série de atrações, reunindo nomes nacionais e
internacionais.
Reconhecido
como um dos mais importantes festivais de artes integradas do país, o Festival
Artes Vertentes – Festival Internacional de Artes de Tiradentes anuncia a
temática escolhida para a décima segunda edição, que será realizada entre os
dias 16 e 26 de novembro na cidade histórica. A programação reúne concertos,
exposições, exibições, espetáculos, bate-papos, residências artísticas,
oficinas, além de uma série de atividades voltadas para a promoção das artes e
do conhecimento.
O
tema escolhido para nortear as escolhas e as narrativas artísticas desta edição
é “Paisagens Imaginárias”. Com esta temática, a curadoria pretende ampliar a
reflexão sobre modelos reais de integração e diálogo das mais variadas
vertentes artísticas, destacando ao longo da programação, manifestações como a
música, a literatura, o teatro, a dança, o cinema e as artes visuais e a
oralidade, reunindo representantes do Brasil e também do exterior. De acordo
com o curador e diretor artístico do festival, Luiz Gustavo Carvalho, Minas
Gerais é um estado que possui uma relação direta com as paisagens reais e
imaginárias uma vez que esta foi uma das regiões mais devastadas ao longo da
história pela exploração de suas riquezas reais e imateriais. No pensamento dos
homens que “desbravavam” a terra, o território era percebido como uma espécie
de lugar paradisíaco, criando uma espécie de paisagem imaginária capaz de
reunir o real, o inventado, o extinto e o projetado.
Na
literatura de Guimarães Rosa, encontramos diversas referências às paisagens e
personagens mineiros. Enquanto isso, nas obras de Shakespeare, Mia Couto,
Andrei Platônov e outros autores, é possível observar como as paisagens se
movimentam, fundindo-se aos personagens. O tema também explora as paisagens
imaginárias introduzidas pelos movimentos messiânicos que ocorreram em diversas
partes do Brasil e do mundo, que foram fundamentais para exaltar a relação
entre terra e paisagem. O mote curatorial incita a uma discussão sobre a
relação entre as paisagens imaginárias versus a invisibilização de paisagens,
sobretudo as humanas.
Nesse sentido, a programação do Festival Artes Vertentes busca elucidar e
oxigenar conceitos, além de promover uma série de experiências imersivas
envolvendo as mais diversas manifestações artísticas, incluindo análises de
temas relevantes da nossa história. Enquanto isso, celebra a criação e as
possibilidades de conexão entre os meios, potencializando o fazer e a fruição
artística.
Programação
A
abertura oficial do 12º Festival Artes Vertentes será realizada no dia 16 de
novembro, às 17h, no Centro Cultural Yves Alves, e contará com a apresentação
dos grupos musicais da Ação Cultural Artes Vertentes: Musicalização Artes Vertentes,
Pequenos Grandes
Violinistas e Coro
VivAvoz. Na sequência, às 18h, também no Centro Cultural Yves
Alves, haverá a abertura da exposição Anjos
caídos,
reunindo obras da premiada fotógrafa, jornalista e escritora francesa Emilienne Malfatto. A
mostra reúne imagens e conteúdos que lançam um olhar poético, denunciativo e
delicado para situações que envolvem a perda, o luto, o trauma, a ausência, com
foco na memória dos Yazidis, minoria religiosa curda, estabelecida numa região
localizada na fronteira entre o Iraque e a Síria. Praticando um dos monoteísmos
mais antigos do mundo, os Yazidis têm sido alvo de inúmeros genocídios ao longo
da história. Através da superposição de fotografias e retratos antigos,
acompanhados dos relatos das pessoas que regressaram ao território, Emilienne
Malfatto retrata uma terra de fantasmas, onde as pessoas (sobre)vivem
assombradas pelos ausentes. O Sobrado Quatro Cantos, inaugura, também às 18h, a
exposição Da casa à
paisagem, uma parceria com o Campus Cultural UFMG Tiradentes. A
mostra reúne trabalhos assinados por Andrea
Lanna, Daisy Turrer, Elisa Campos, Fernanda Goulart, Liliza Mendes, Roberto
Bethônico e
Rodrigo Borges. Às 19h, o Largo de Sant’Anna, recebe a
apresentação do espetáculo de dança e música Vós que pulsais, livremente inspirado nos
signos e elementos presentes no conto O
lobisomem de Minas, do escritor suíço Blaise Cendrars. A
montagem é resultado de um processo de criação fomentado pelo Festival Artes
Vertentes e realizado em Tiradentes ao longo dos anos de 2022 e 2023 por Morena Nascimento, Sofia Leandro e Bruno Santos. A música,
composta por Leonardo
Martinelli, remete-nos aos encontros reais ou imaginários que
acontecem dentro e fora da narrativa de Cendrars. Encerrando o primeiro dia de
programação, às 20h30, será a vez do concerto Você se lembra da noite?, inédito em Minas
Gerais, reunindo a reverenciada soprano Eliane Coelho e o pianista Gustavo
Carvalho, numa homenagem a Serguei Rachmaninov.
No
dia 17 de novembro, sexta-feira, a programação será iniciada com duas exibições
do filme Kirikou e a
feiticeira, do francês Michel
Ocelot. Ele poderá ser conferido às 09h e também às 14h, no
auditório do Centro Cultural Yves Alves. O longa de animação narra uma saga que
se passa num vilarejo da África. O minúsculo Kirikou nasce num povoado sob o
qual uma feiticeira, Karaba, lançou um terrível feitiço capaz de fazer a fonte
de água secar enquanto homens são sequestrados e vão desaparecendo
misteriosamente. Kirikou, logo que sai da barriga da mãe, quer libertar o
vilarejo do seu domínio maléfico e descobrir qual o segredo da sua maldade. Às
16h30, as escritoras Ana
Martins Marques e Aline
Motta, promovem o lançamento dos respectivos livros De uma a outra ilha (Círculo de Poemas,
2023) e A água é uma
máquina do tempo (Círculo de Poemas, 2022), durante um
café literário nos jardins do espaço Marcas Mineiras. O Museu Padre Toledo
recebe, às 18h30, o programa
Visões do
ontem, memórias do amanhã, que mistura música, literatura e
cinema. Durante a apresentação, o duo Sofia Leandro & Bruno Santos irá
interpretar obras de dois compositores contemporâneos(Vinícius Baldaia e Thiago
Vila), em diálogo com o curta-metragem A
plataforma((La jetée), de Chris Marker e com a poesia de Felipe Franco Munhoz. No
mesmo dia, às 20h,
no Museu Casa Padre Toledo, Aline
Motta realizará uma leitura
performática com projeção em vídeo baseada no seu primeiro
livro, lançado em 2022, A
água é uma máquina do tempo. Às 21h, no Palco Canudos, que será
montado no Jardim Interno do Museu Padre Toledo, o Festival recebe o show solo
de Kiko Dinucci,
em formato voz e violão. No repertório, canções de seu álbum mais recente, Rastilho, além de outras
músicas que integram seus outros discos e projetos anteriores, como Metá Metá e
Passo Torto.
A
programação do dia 18 de novembro terá início às 11h com leitura e encontro com
a escritora e cineasta Rita
Carelli, autora de Menina
mandioca, um livro infantil que é resultado da vivência da
autora em terras indígenas durante a sua infância. A publicação nasceu do
desejo de Rita de ver crianças e adultos sonhando ser plantas, pedras ou rios.
O mito indígena de origem do alimento essencial para a sobrevivência dos povos
originários é o responsável por trazer uma série reflexões importantes sobre o
respeito ao meio-ambiente. Desta forma, o livro contribui para apresentar às
crianças informações e conceitos sobre outras formas existências, refletindo
sobre a nossa ancestralidade e nossa responsabilidade com o meio-ambiente. Logo
mais, às 11h, o Ciclo de Ideias, O
Jardim das Hespérides: Minas e as visões do mundo natural no séc. XVIII,
conduzido pela historiadora Laura
de Mello e Souza, o público terá a oportunidade de analisar
parte da história do estado de Minas Gerais a partir de quatro perspectivas:
mítica, trágica, prática e afetiva - que se misturam ao longo do curso
histórico e concorrem para demonstrar como a relação com o mundo natural teve
um papel fundamental para a formação sociocultural mineira. A atividade será
realizada no Solar Quatro Cantos e a entrada é franca. Às 15h30, o Centro
Cultural Yves Alves recebe uma sessão dupla de cinema, com a exibição dos
curtas Yaõkwa, imagem e
memória, de Rita
e Vicent Carelli
e A Era de Lareokotô,
de Rita Carelli.
Ao longo dos dois filmes, a cineasta retrata alguns aspectos da cosmovisão do
povo indígena Enawenê Nawê. O projeto Vídeo nas Aldeias, fundado por Vicent
Carelli, realizou com os indígenas Enawenê Nawê, durante quinze anos, extensos
registros do Yaõkwa, seu mais longo ritual, em que os mestres de cerimônia
puxam, durante sete meses, uma miríade de cantos a fim de manter o equilíbrio
do mundo terreno com o mundo espiritual. No curta-metragem Yaõkwa, imagem e memória,
realizado quinze anos mais tarde depois do início do projeto, os Enawenê Nawê
reencontram essas imagens e, com elas, parentes falecidos, costumes que caíram
em desuso e preciosos cantos rituais. Já o filme A Era da Lareokotô
observa um dia intenso – e comum – na aldeia do povo indígena Enawenê-Nawê
(MT). Kularenê, nos conta como, ao saírem de dentro da mesma pedra, índios e
brancos tomaram rumos distintos. Logo depois, às 16h30, a Marcas Mineiras
recebe um Café Literário, com Emilienne
Malfatto e Rita
Carelli para o lançamento dos livros Que por você se lamente o Tigre (Editora
Nós, 2023), vencedor do Prêmio Goncourt 2021 na categoria Primeiro Romance,
e Terrapreta (Editora
34), vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura na categoria Melhor Romance de
Estreia. Às 18h, o concerto Esperar
apenas a primavera para florir promete emocionar o público com
um repertório que inclui peças de John Cage, Sofia Gubaidulina, Leonardo
Martinelli e Claude Debussy, interpretadas pela mineira Cássia Lima (flauta), o
canadense Peter Pas
(viola) e argentina Soledad
Yaya (harpa), tecendo um diálogo com a poesia de Ana Martins Marques. Às
19h30, no Centro Cultural Yves Alves, começa a sessão do filme Aguirre, a ira de Deus,
de Werner Herzog.
Baseado em fatos históricos, o longa narra uma expedição espanhola do século
XVI pela selva amazônica em busca da mítica cidade de El Dorado, local onde
diziam ser reduto de muito ouro. A viagem acaba em motim e tragédia, tendo como
personagem central a insana figura do conquistador Don Lope de Aguirre.
Encerrando a programação do primeiro sábado de atividades, às 21h, no Palco Canudos,
o público poderá conferir a apresentação do músico Roger Deff, um dos
expoentes do Hip Hop mineiro. Suas canções e atuação exploram as relações entre
a periferia e o centro, a diáspora negra e a conexão movimento Hip Hop com os
dilemas contemporâneos. O trabalho do artista estabelece diálogos com
toda uma gama de estéticas sonoras de matriz africana e traz reflexões sobre
lutas, anseios e esperanças coletivas.
No dia 19, a programação está prevista para começar ao meio-dia, na Igreja São João Evangelista, com o concerto Postais de parte alguma, inteiramente dedicado à canções escritas por dois compositores contemporâneos: Leonardo Martinelli e Luciano Berio. A apresentação contará com leituras de Ana Martins Marques, e envolverá ainda a participação dos músicos: Manuela Freua(voz), Cássia Lima( flauta), Luca Raele(clarineta), Soledad Yaya(harpa), Peter Pas(viola), Elise Pittenger(cello), Bruno Santos(percussão) e Fernando Rocha(percussão). Logo depois, às 18h, a Igreja Nossa Senhora das Mercês recebe o concerto Canções de amor, canções sem palavras, com repertório dedicado aos compositores Robert Schumann, Felix Mendelssohn Bartholdy e Viktor Ullmann. A execução musical ficará por conta de um time de peso, formado pela soprano Eliane Coelho, o violinista russo Stepan Yakovitch, o violista romeno Razvan Popovici, além dos pianistas Cristian Budu e Gustavo Carvalho. A apresentação contará com leituras do poeta e ficcionista Ismar Tirelli Neto. Na sequência, às 20h30, uma jam session especial reunirá músicos participantes do Festival Artes Vertentes, em caráter informal, no Espaço Marcas Mineiras. Intitulada “Sunday Night Fever”, a apresentação é aberta ao público.
No
dia 20, o concerto Lenda,
reunirá os musicistas Thorsten
Johann(clarineta), Stepan
Yakovitch(violino), Uiler
Moreira(violino), Razvan
Popovici(viola), Elise
Pittenger(cello), Cristian
Budu(piano) e Gustavo
Carvalho(piano) para um repertório dedicado à obras de
Robert Schumann, Antonin Dvorak e Ernst von Dohnányi. A apresentação está
marcada para às 19h, na Igreja Nossa Senhora das Mercês.
O
concerto Paisagens
derradeiras é a atração musical do dia 21. Com repertório que
inclui composições de Paul Hindemith, Richard Strauss e Johannes Brahms, a
apresentação poderá ser conferida às 19h na Igreja do Rosário, incluindo a
participação dos musicistas, Thorsten
Johanns(clarineta), Stepan
Yakovitch(violino), Uiler
Moreira(violino), Razvan
Popovici(viola), Iberê
Carvalho(viola), Justus
Grimm(cello), Elise
Pittenger(cello) e Augusto
Andrade(contrabaixo).
No
dia 22, às 17h, o Chafariz de São José recebe o concerto Cantos de Caronte, destacando
a criação do compositor, professor, crítico e jornalista musical, Leonardo Martinelli,
considerado um dos maiores nomes em atividade no país na área de composição. A
apresentação contará com leituras do escritor Felipe Franco Munhoz, além da participação
dos músicos: Michel de
Souza(barítono), Luca
Raele(clarineta), Iberê
Carvalho(viola), Augusto
Andrade(contrabaixo) e Bruno
Santos(percussão). Às 18h, no Centro Cultural Yves Alves,
haverá a exibição do filme A
estrangeira, dirigido por Feo Aladag. O longa alemão narra a história
de Umay, uma jovem de descendência turca que sai de Istambul em busca de uma
vida independente na Alemanha. Sua luta contra a resistência de sua família
cria uma situação que chega a colocar vidas sob ameaça, retratando os conflitos
reais entre tradições e valores culturais. Às 20h, a Igreja Nossa Senhora das
Mercês receberá o concerto Amores
transfigurados, com repertório de Marcos Filho, Maurice Ravel,
Edmund Campion e Arnold Schönberg, interpretado por Michel de Souza(barítono),
Sofia Leandro(violino),
Elise Pittenger(cello),
Bruno Santos(marimba)
e Gustavo Carvalho(piano).
A
programação do dia 23 terá início com o concerto Flores somos nós, somente flores..., que
poderá ser conferido ao meio-dia, na Igreja São João Evangelista. A surpresa
fica por conta do repertório que inclui peças de Johannes Brahms, György Kurtág
e Béla Bartók. A execução ficará por conta do quinteto formado por Thorsten Johanns(clarineta),
Stepan Yakovitch(violino),
Justus Grimm(cello),
Cristian Budu(piano)
e Gustavo Carvalho(piano).
A apresentação será acompanhada de leituras da escritora Maria Valéria Rezende.
Às 16h30, o espaço Marcas Mineiras, recebe um Café Literário, com Felipe Franco Munhoz, que
é escritor residente do Festival Artes Vertentes. Ele baterá um papo com o
jornalista Irineu Franco
Perpétuo, especializado na cobertura da música erudita. Às 19h,
será a vez do público conferir uma performance que reúne música e audiovisual,
apresentada pelo tradicional duo experimental mineiro O Grivo ao lado da
artista plástica mineira Niura
Bellavinha e do músico paulista Francisco César. A performance Esse Isso Aqui consiste
em uma série de improvisações que ocorrem na intersecção da música experimental
e contemporânea, o free-jazz e as pinturas expandidas realizadas ao vivo e será
realizada no Museu Casa Padre Toledo, com entrada gratuita. Fechando o dia, o
músico paulista Fábio
Zanon, um dos artistas brasileiros de maior prestígio
internacional da atualidade, realizará um recital de violão, na Igreja São João
Evangelista, às 20h30, com repertório que inclui peças de compositores
espanhóis e brasileiros, como Vicente Arregui, Federico Moreno Torroba, Joaquin
Turina, Heitor Villa-Lobos e Francisco Mignone.
No
dia 24, a programação será iniciada no Centro Cultural Yves Alves com o
encontro O Caçador e o
Curupira e outras histórias do povo indígena Macuxi, com a
escritora Trudruá Dorrico.
Voltado para públicos de todas as idades, ela irá compartilhar contos do
povo indígena Macuxi, que possuem uma vasta história de luta por direitos e
pela terra. São povos habitantes em áreas da Venezuela, Guiana e
Brasil(Roraima), onde estabeleceram a maior parte de suas comunidades. O
encontro com a escritora contará com duas sessões, uma às 9h e outra às 15h,
ambas gratuitas. Ampliando a atuação do festival, neste dia, às 17h, o concerto
Artes Vertentes visita o
Bichinho leva para a bucólica comunidade, vizinha de
Tiradentes, uma apresentação gratuita na Igreja Nossa Senhora da Penha,
reunindo os musicistas Stepan
Yakovitch(violino), Iberê
Carvalho(viola), Justus
Grimm(cello) e Fabio
Zanon(violão). No repertório, peças de Johann Sebastian Bach,
Niccolò Paganini e Sergio Assad. Na sequência, às 19h, no Espaço Marcas
Mineiras é a vez do concerto As
canções de Felipe Franco Munhoz, interpretadas pelo próprio
autor, em uma performance com guitarra e ukulele. Encerrando a programação, às
20h30, haverá a exibição do filme O
velho e o novo, drama russo dirigido por Serguei Eisenstein e Grigori Aleksandrov, no
Museu Casa Padre Toledo. O destaque da exibição ficará por conta da trilha
sonora, que será executada ao vivo pelo O
Grivo em colaboração com Francisco
César.
No
dia 25, a primeira atração do dia é o Café Literário, às 10h30, no Espaço
Marcas Mineiras, com a escritora Maria
Valéria Rezende. O encontro também marca o lançamento do livro Toda palavra dá samba. Às 12h, o concerto De
povos e terras distantes, na igreja São João Evangelista, celebra peças de
Antonin Dvorak, Robert Schumann e João Guilherme Ripper, reunindo os
musicistas, Alexandre
Barros(oboé), Stepan
Yakovitch(violino), Justus
Grimm(cello), Gustavo
Carvalho(piano) e Cristian
Budu(piano). A apresentação contará com leituras da escritora Maria Valéria Rezende. Às
18h, na Igreja São João Evangelista, outro concerto, intitulado A tarde de um fauno em paisagens do sul, que celebra o legado
de compositores, como Benjamin Britten, Claude Debussy, Alberto Ginastera,
Astor Piazzolla e Radamés Gnatalli. Para esta missão, foram escalados: Alexandre Barros(oboé), Stepan Yakovitch(violino),
Iberê Carvalho(viola), Justus Grimm(cello), Fabio Zanon(violão), Gustavo Carvalho(piano)
e Cristian Budu(piano).
Para encerrar a programação do 12º Festival Artes Vertentes em grande estilo, a curadoria escalou uma atração que irá surpreender o público. A ópera de câmara Canções do Mendigo será apresentada no dia 26 de novembro, às 11h, no Chafariz de São José. Baseado no romance "O mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Rotterdam", as "Canções do mendigo" (2014) é uma ópera de câmara em apenas um ato, e tem música de Leonardo Martinelli e libreto de João Luiz Sampaio. A partir de uma mistura de teatro de prosa e teatro lírico, o público é convidado a mergulhar na conturbada mente desse personagem ácido e visceral, conhecendo sua visão de mundo, das pessoas e de seu amor perdido pela misteriosa N. Em cena estão: Michel de Souza(Mendigo), Iberê Carvalho(viola), Luca Raele(clarineta) e Gustavo Carvalho(piano). Às 17h, no Centro Cultural Yves Alves, haverá exibição do filme “Para casa”, do diretor ucraniano Nariman Aliev. Tendo perdido o filho mais velho na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, Moustafa decide levar o corpo dele de volta à terra natal: a Crimeia. Para isso, ele pega a estrada com seu filho mais novo. Uma viagem que vai mudar a relação deles para sempre. O concerto Antes das doze badaladas, às 20h, na Igreja São João Evangelista, encerra oficialmente a programação desta 12ª edição do Festival Artes Vertentes. Reunindo peças de compositores como Serguei Rachmaninov, Benjamin Britten, Robert Keeley e Serguei Prokofiev, a apresentação reunirá Alexandre Barros(oboé), Justus Grimm(cello), Fabio Zanon(violão), Cristian Budu(piano), Gustavo Carvalho(piano), além de leituras conduzidas pelos escritores Maria Valéria Rezende e Felipe Franco Munhoz.
Mais informações no site www.artesvertentes.com.
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