A cidade histórica de Tiradentes recebe o
festival entre os dias 16 e 26 de novembro com programação gratuita ou a preços
populares
Reconhecido
como um dos mais importantes festivais de artes integradas do país, o Festival Artes Vertentes chega
à sua 12ª edição
transformando a cidade de Tiradentes em um pólo de apresentação e discussão das
mais variadas manifestações artísticas, com atrações de diferentes partes do país e do exterior.
A programação é gratuita
ou tem preços populares (R$40 inteira - R$20 meia), ocupando
diferentes espaços da cidade mineira.
As
Artes Cênicas têm lugar especial na programação, que aposta em espetáculos inéditos no Estado ou que
têm sua estreia nacional dentro da programação do Festival
Artes Vertentes.
Logo
no dia de abertura do Festival, 16
de novembro, “Vós
que pulsais”, espetáculo que faz a integração entre teatro,
música e dança, terá sua estreia no Largo
de Santana, às 19h, com entrada gratuita. “Vós que pulsais” é resultado de um
processo de criação fomentado pelo Festival Artes Vertentes e
realizado em Tiradentes entre 2022 e 2023 com a participação dos artistas: Morena Nascimento, Sofia Leandro e Bruno
Santos. Livremente inspirado nos signos e elementos presentes
no conto O lobisomem de
Minas, do escritor suíço Blaise Cendrars, e com música de Leonardo Martinelli, a
apresentação acompanha um estrangeiro que deambula pelas ruas de Tiradentes,
seguindo o rastro sonoro de um agrupamento musical. O que seria aquela música:
uma banda, uma orquestra, um canto? O trote dos cavalos mistura-se aos sons,
enquanto o repicar dos sinos anuncia a missa. Através das janelas da cadeia, um
vulto faz sinal para que o estrangeiro se aproxime e escute a sua história de
vida. O espetáculo conta
com a participação dos alunos do Ateliê de Dança da Ação Cultural Artes
Vertentes.
Já
no dia 24 de novembro,
sexta-feira, o Festival recebe a “Trilogia Terrestre”, no Palco Canudos, no Museu Casa Padre
Toledo, às 19h, com entrada gratuita. A conferência performance
criada por Frédérique Ait-Touati em colaboração com Bruno Latour descreve uma
ordem social e cósmica é descrita como “caminhando para um colapso político e
ecológico sem paralelo”, por via da crise climática.
Numa
curadoria atenta ao tempo presente, no dia
25, sábado, o espetáculo “Jerusalém
de nós” discute questões urgentes da atualidade. A apresentação
será às 20h, no Centro Cultural Yves Alves. Os
ingressos custam R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada). Tendo
como pano de fundo o conflito de lados opostos no Estado de Israel, “Jerusalém de nós” é
protagonizado pelas atrizes Victória
Camargo e Elis Braz, conta a história de Nurit, uma professora
universitária israelense, de cinquenta e poucos anos, que invade uma repartição
pública a procura de sua filha desaparecida, logo após um atentado no qual uma
bomba explodiu. Assim ela imagina. Mas tudo leva a crer que ela está confusa
quanto a veracidade dos fatos. Desesperada, segurando um revólver, a mãe judia
parece estar procurando sua identidade, em um cenário de conflitos raciais,
políticos e religiosos. Com texto e direção de Leo Lama, a peça é uma metáfora sobre a
condição de vida de um refugiado, revelando uma jornada em busca do lugar de
escuta e do reconhecimento. A assistência de direção é de Amanda Mantovani.
No
dia 26, domingo, às 11h, A ópera de câmara Canções do Mendigo será apresentada no
Chafariz de São José. Baseado no romance "O mendigo que sabia de cor
os adágios de Erasmo de Rotterdam", as "Canções do mendigo"
(2014) é uma ópera de câmara em apenas um ato, e tem música de Leonardo Martinelli e
libreto de João Luiz
Sampaio. A partir de uma mistura de teatro de prosa e teatro
lírico, o público é convidado a mergulhar na conturbada mente desse personagem
ácido e visceral, conhecendo sua visão de mundo, das pessoas e de seu amor
perdido pela misteriosa N. Em cena estão: Michel de Souza (Mendigo), Iberê Carvalho (viola), Luca Raele (clarineta) e
Gustavo Carvalho (piano).
Sobre
o Festival Artes Vertentes
Criado
em 2012 por Luiz Gustavo Carvalho e Maria Vragova, o Festival Artes Vertentes é
um projeto realizado pela Ars et Vita e pela Associação dos Amigos do Festival
Artes Vertentes. O evento vem apresentando, ininterruptamente, uma programação
artística que estimula diálogos entre as mais diversas linguagens artísticas e
propõe, por meio da arte, reflexões sobre temas de relevância para a sociedade
contemporânea. Vencedor do prêmio CONCERTO 2021 e nomeado para o prêmio
internacional Classic: NEXT Innovation Award 2022, durante as últimas edições,
o Festival Artes Vertentes já recebeu mais de 420 artistas, originários de 40
países.
O
12º Festival Artes Vertentes é realizado com o patrocínio da Cemig, Itaú,
Copasa e Minasmáquinas.
Mais informações no site www.artesvertentes.com.
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