Baseado em fatos reais, "Ângela Angelina
Angélica" conta a história da imigração italiana no Brasil de 1870 a
1955
O segundo romance escrito pelo professor e ex-vereador de
Curitiba Jorge Luiz Bernardi, vice-reitor do Centro Universitário Internacional
– Uninter, o livro “Ângela Angelina Angélica” está concorrendo ao prêmio de
Romance do Ano na Língua Portuguesa da Amazon Prime. Baseado em fatos reais e
históricos, a obra conta a saga da imigração italiana no Brasil, que mudou a
geografia do país. “Na primeira onda migratória, de 1875 a 1900, um milhão de
italianos chegaram ao Brasil, incluindo a minha avó, dona Ângela Angelina
Angélica, que não cheguei a conhecer pessoalmente, mas que é a base da história
da nossa família em solo brasileiro”, conta o autor. Hoje, calcula-se que já
são 32 milhões de brasileiros com sangue italiano correndo nas veias.
Ao relatar a história dos italianos no Brasil, Bernardi
passeia pelos principais fatos históricos do país, como a Guerra do Contestado,
Coluna Prestes, Revolução Gaúcha de 1923, Revolução de 30 e Gripe Espanhola,
entre outros. “Em todos esses episódios, a participação dos migrantes e
descendentes italianos foi importante”, destaca.
Para escrever o romance, Bernardi realizou nove meses de
pesquisa em livros, dissertações e teses de
mestrado e doutorado. Escolheu sua bisavó como
personagem principal da história por sua força e persistência. Ângela ficou
viúva três vezes, a primeira delas aos 31 anos de idade, com dez filhos para
criar. Ao longo da vida, ela vai mudando de
nome e passa a ser chamada também de Angelina e Angélica durante seus 80 anos
de vida. Depois da primeira viuvez, Ângela casa-se novamente com um imigrante
também viúvo, com nove filhos, e com ele tem o 11º primeiro filho.
De uma família de carbonários, Ângela também se
torna uma carbonária. Ela e seus companheiros se envolvem em lutas contra a
República Velha, que vigorava no Rio Grande do Sul e em todo o Brasil. Na Serra
Gaúcha, após conhecer um monge, torna-se benzedeira e curandeira e passa a
atender a vizinhança com ervas medicinais. Aprende com um anarquista italiano a
arte de descobrir poços, por meio da radiestesia. Com o povo cigano, ela passa
a abrir o baralho para obter respostas sobre situações e acontecimentos futuros.
Ao longo dos anos, passou a ser muito procurada pelos moradores das colônias
para tratar males do corpo e da alma.
Experimenta a viuvez pela segunda vez, consequência de uma
briga de família. Perde um filho na Guerra do Contestado e um neto na Segunda
Guerra Mundial. Seus filhos e enteados participam de revoluções ao lado das
forças progressistas, mantendo a tradição carbonária da família. Casa-se, no
início da velhice e, anos depois, fica viúva pela terceira vez. No final da
vida, Ângela se torna uma referência, não apenas para seus filhos, mas para
toda a comunidade em que vive pelo amor que dedica aos seus semelhantes e pela
prática da arte de curar.
Classificado com cinco estrelas pela Amazon Primer, “Ângela
Angelina Angélica” tem 425 páginas. O romance está disponível somente no meio
digital e pode ser lido gratuitamente pelos assinantes da Amazon Primer ou
baixados pelo valor de R$ 9,89 no link https://a.co/d/ed5lN6Q.
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