Alta Life publica livro que reúne desenhos e
registros feitos por Thomas Geve logo após jovem deixar campos de concentração
nazistas
Contra todas as probabilidades, um garoto de apenas 13 anos
sobreviveu 22 meses em 3 campos de concentração. O Menino que Desenhou Auschwitz não é
apenas mais um relato sobre a Segunda Guerra Mundial, mas sim uma história
real, inspiradora e que reafirma o valor da vida.
Nesta
obra, publicada no Brasil pela Alta
Life, Thomas
Geve relembra a época que entrou pelos portões de Auschwitz-Birkenau,
foi separado de sua mãe e teve de aprender a cuidar de si mesmo. Anos mais
tarde, quando foi libertado de Buchenwald, em 11 de abril de 1945, ele era um
veterano com 15 anos de idade que sobrevivera ao terrível período do Holocausto
e às tensões proporcionadas pelos nazistas.
Livre,
mas fraco demais para sair, o menino sentou-se solitário à mesa do barracão e
começou a desenhar. Com uma pilha de cartões da SS (abreviação de "Esquadrão de Proteção (Schutzstaffel”)
e lápis coloridos, ele criou mais de 80 desenhos, listas, esboços, e retratou
em detalhes comoventes a vida dentro dos campos de concentração. Nos anos
seguintes, Thomas conseguiu colocar também em palavras a história que vivenciou
durante a Segunda Guerra Mundial e juntou com seus desenhos para montar um
testemunho que originou a obra O
Menino que Desenhou Auschwitz.
Thomas
Geve consegue
narrar um mundo repleto de medo, crueldade, perversidade e brutalidade, o qual
os homens eram conduzidos pelo ódio e pela divisão. Ao mesmo tempo, o
sobrevivente mostra a vida daqueles que lutaram bravamente para se manterem
vivos, com esperança e ânimo. De forma tocante, o autor revela que teve
ajuda de algumas pessoas, inspiradas por suas liberdades internas para manter a
humanidade e demonstrar bondade, compaixão, apoio e graça aos outros.
Na
manhã seguinte, acordado pelo soar do alarme às 5h da manhã, descartei todos os
meus distintivos e peguei o bonde para o distante cemitério. Quando trabalhei
no cemitério Weissensee pela primeira vez, havia 400 adolescentes. Agora havia
apenas seis trabalhadores que tinham sido poupados da deportação. Meu dever era
dedicar todas as forças ao trabalho. Posteriormente, alguns meio-judeus' se
juntaram a nós; alguns outros jovens estavam entre eles. Embora de modo algum
eu fosse o menor, ainda era o mais jovem. O trabalho era pesado, mas não
poderíamos deixar os outros na mão com nossa ausência. Cavar as covas de 3m de
profundidade tornara-se nossa rotina diária, normalmente fazendo até 3 por dia.
De vez em quando, os montes íngremes de terra caíam, quase enterrando alguns de
nós vivos. Então tirávamos a vítima, completamente coberta de uma terra escura
e imunda. Era a parte divertida do nosso dia.
(O Menino que Desenhou Auschwitz,
p. 48)
Apesar
dos eventos indescritíveis que Thomas
Geve experimentou, em O
Menino que Desenhou Auschwitz ele traz uma voz poderosa e desenhos que
ilustram as experiências e aprendizados proporcionados pela tragédia. Uma obra
para que futuras gerações se inspirem e não voltem a repetir as atrocidades do
passado.
Ficha
técnica:
Título: O Menino que Desenhou Auschwitz
Autor:
Thomas Geve
Editora:
Alta Life
ISBN:
9786555208863
Páginas: 304
Formato:
23cm x 16 cm
Preço:
R$ 73,90
Link de venda:
Amazon
e E-commerce
da editora
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