A data foi criada para celebrar as conquistas
femininas em todos os âmbitos, além de buscar conscientizar a todos na luta por
equidade e respeito
O
Dia Internacional da Mulher é uma data de extrema importância no calendário
internacional, oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década
de 1970 para celebrar a luta feminina histórica em busca de direitos
igualitários. A ocasião representa a força e a coragem das mulheres em
enfrentar o machismo arraigado na sociedade e lutar por sua liberdade,
independência e autonomia. A princípio, essa data marcou a reivindicação por
igualdade salarial, mas ao longo dos anos, o empenho das mulheres tem se
ampliado para além disso, abraçando muitas batalhas, como por exemplo o combate
à violência e a violação de direitos básicos.
Mas
para além da luta, a data é também uma oportunidade para celebrarmos os avanços
femininos na sociedade, na política, na economia e no mundo literário. Pensando
nisso, a BibliON, biblioteca digital gratuita de São Paulo, selecionou algumas
autoras para prestigiarmos neste 8 de março.
Então,
que tal ler livros com histórias contadas pela ótica feminina? Os aprendizados
podem ser levados para o resto da vida. Confira os livros para leitura gratuita
na BibliON:
Mulheres
extraordinárias -Karla Maria
Escrito
com apuração jornalística e sensibilidade feminina, este livro é o encontro de
perfis, reportagens e histórias de mulheres marcadas por dramas sociais,
raciais e morais. Mulheres que confiaram à jornalista lágrimas e sorrisos,
tombos e superações, denúncias de maus-tratos, preconceito e desespero.
Desabafos de fé, de luta e conquista. Nestas páginas estão mulheres
extraordinárias que marcaram os 15 anos de carreira profissional desta
jornalista, que elegeu as "periferias existenciais" como sua grande
redação. Conta também bastidores de algumas reportagens, aventuras pelos
rincões do país, os dilemas e o medo que às vezes visita o fazer jornalismo.
Eis uma boa leitura para aqueles que apreciam boas histórias e o bom e humano
jornalismo.
Extraordinárias
Mulheres que revolucionaram o Brasil - Aryane Cararo
Elas
mudaram (e estão mudando) a nossa história. Mas você conhece a história delas?
Dandara foi uma guerreira fundamental para o Quilombo dos Palmares. Niède
Guidon descobriu os registros rupestres mais importantes do nosso território.
Indianara Siqueira é uma das lideranças mais atuantes da comunidade trans.
Essas e muitas outras brasileiras impactaram a nossa história e, indiretamente,
a nossa vida, mas raramente aparecem nos livros. Este volume, resultado de uma
extensa pesquisa, chega para trazer o reconhecimento que elas merecem. Aqui,
você vai encontrar perfis de revolucionárias de etnias e regiões variadas, que
viveram desde o século XVI até a atualidade, e conhecer os retratos de cada uma
delas, feitos por artistas brasileiras. O que todas essas mulheres têm em
comum? A força extraordinária para lutar por seus ideais e transformar o
Brasil.
Mulheres
e poder Um manifesto -Mary Beard
Uma
aula sobre empoderamento feminino Uma das mais respeitadas e conhecidas
historiadoras contemporâneas, Mary Beard escreve um verdadeiro manifesto
feminista. Baseado em duas palestras proferidas por ela nos últimos anos, O
poder das mulheres traça as origens da misoginia desde os tempos antigos e
mostra que esse ódio continua tendo voz. A autora apresenta inúmeros exemplos
de como as mulheres sempre foram proibidas de terem um papel de liderança na
vida civil. De Medusa a Filomena (que teve a língua cortada) passando por
Hillary Clinton, Angela Merkel e Dilma Rousseff, Mary Beard faz reflexões
inclusive sobre a sua própria trajetória para discutir como o papel feminino
precisa ser redefinido na estrutura de poder da sociedade atual. Mais um
best-seller da autora de SPQR.
O
mito da beleza Como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres -
Naomi Wolf
Em O
mito da beleza, a jornalista Naomi Wolf afirma que o culto à beleza e à
juventude da mulher é estimulado pelo patriarcado e atua como mecanismo de
controle social para evitar que sejam cumpridos os ideais feministas de
emancipação intelectual, sexual e econômica conquistados a partir dos anos
1970. As leitoras e os leitores encontrarão exposta a tirania do mito da beleza
ao longo dos tempos, sua função opressora e as manifestações atuais no lar e no
trabalho, na literatura e na mídia, nas relações entre homens e mulheres e
entre mulheres e mulheres. Nomi Wolf confronta a indústria da beleza, tocando
em assuntos difíceis, como distúrbios alimentares e mentais, desenvolvimento da
indústria da cirurgia plástica e da pornografia. Esta edição, revista e
ampliada, pela primeira vez publicada pelo selo Rosa dos Tempos, traz uma
apresentação da autora contextualizando o livro para os leitores de hoje, já
que esteve mais de duas décadas longe das livrarias brasileiras.
Carolinas
a nova geração de escritoras negras brasileiras -Adriana Ortega
A
obra e a vida de Carolina Maria de Jesus (1914-1977) foram o ponto de partida
do processo de formação pela Flup – Festa Literária das Periferias – das 180
mulheres que escrevem neste livro. Inspiradas na autora de Quarto de despejo, a
primeira mulher negra brasileira a fazer sucesso internacional no meio
literário, trilharam os caminhos do conto, da crônica, do diário e do relato
autobiográfico em busca de suas próprias vozes como escritoras. O resultado é
um conjunto de textos que surpreende pela diversidade e riqueza de temas,
vocabulários, estilos e, sobretudo, pela força da escrita dessas mulheres –
catadoras, professoras, estudantes, advogadas, produtoras, mães e, agora
também, escritoras negras de uma nova geração que deixará a sua marca na
literatura brasileira. Orientadoras e orientadores da formação: Ana Paula
Lisboa, Cristiane Costa, Eduardo Coelho, Alexandre Faria, Eliana Alves Cruz,
Fred Coelho, Itamar Vieira Junior e Milena Britto.
Leia
MULHERES Contos -Várias autoras
Que
tal ler mais mulheres? A provocação da escritora inglesa Joanna Walsh inspirou
Juliana Gomes a criar, com as amigas Juliana Leuenroth e Michelle Henriques, o
"Leia Mulheres" em São Paulo. Muitas mediadoras que assumiram para si
a missão de promover clubes em suas cidades também escrevem – e são a maioria
das autoras dos 23 contos deste volume, além de autoras convidadas. Outros seis
são resultado de concursos promovidos pelo Sweek, plataforma de
compartilhamento de conteúdo literário e parceira neste volume. Os textos
passam pelo humor, pela tragédia, pela melancolia, pelo afrofuturismo, pelo
suspense, pelo terror. As vozes das mulheres são múltiplas, com diversidade de
origens e temas. E vêm com a potência de quem tem muito a dizer.
A mulher
vai ao cinema -Inês Assunção de Castro Teixeira
Os
filmes selecionados neste livro procuram representar uma cinematografia de
qualidade – destacada daquela que tem fins exclusivamente comerciais –,
tratando de temáticas relevantes referentes às mulheres. Entre os filmes, estão
clássicos como Hannah e suas irmãs, de Woody Allen; Eternamente Pagu, de Norma
Bengell; A excêntrica família de Antonia, de Marleen Gorris, entre tantos
outros que marcaram a história do cinema nas últimas décadas. Todos os autores
e autoras de "A mulher vai ao cinema" são pesquisadores(as) que têm
em comum o desejo de refletir a partir do cinema e sobre o cinema.
Para
utilizar o serviço gratuito, basta que os interessados acessem www.biblion.org.br ou baixem o aplicativo
BibliON, disponível no Google
Play e na Apple
Store e realizem um breve cadastro. O usuário pode fazer
empréstimos de até duas obras simultâneas, por 15 dias. A BibliON permite,
ainda, ações como organizar listas, adicionar favoritos, compartilhar um livro
como dica de leitura nas redes sociais, fazer reservas, ver histórico e sugerir
novas aquisições. Por meio de princípios de gamificação, os associados
conseguem acompanhar as estatísticas do tempo dedicado à leitura e participar
de desafios.
O
sistema de busca permite a utilização de diversos filtros, como tema,
autor, categoria ou título. É possível ler em dispositivos móveis, sem a
necessidade de usar dados do celular, por meio do download prévio do título ou,
ainda, ajustar o tamanho da letra e o contraste da tela; escolher diferentes
modos de leitura para dia ou para noite e acionar a leitura em voz sintetizada,
para saída em áudio do texto.
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