Guitarrista tem 26 anos e já foi elogiada pelo
vocalista da banda Extreme, Nuno Bettencourt.
Considerada a estrela maior do rock, a guitarra é o
instrumento mais característico do gênero. Neste 10 de março se comemora o Dia
do/a Guitarrista, instrumentista que pode atuar solo ou tocar com orquestras e
bandas de uma variedade de gêneros e tocar guitarras acústicas, guitarras
eléctricas, guitarras clássicas e baixos. Em nome da guitarrista Bruna Terroni,
homenageamos todos os profissionais pela data.
A
efeméride celebra os artistas que seguram, bem junto ao corpo, um instrumento
que pode ter peso entre 2,7 a 4,5k e passeiam os dedos nas seis cordas em
movimentos e velocidades diversas, variadas e até mágicas nas notas musicais da
mais aguda a mais grave. Dedilham sons, às vezes, inimagináveis, que nenhuma
inteligência artificial (IA) seria capaz. Que podem dar a impressão que a
guitarra “chora” ou explode em risos. Coisa de inteligência humana, ainda bem!
O
símbolo marcante do rock
não escolhe gênero nem sexo para ser tocado. Ele é fluído, como toda arte. Para
homenagear artistas tão especiais em nossas vidas – quem nunca se apaixonou, se
emocionou, “viajou na maionese”, chorou ou se alegrou ao som de uma guitarra?
–, a marca Datalink de cabos de sonorização traz um pouco da história da
mineira que se apaixonou pela guitarra aos 11 anos de idade e, hoje, aos 26
anos, vive da escolha pela música.
Bruna
afirma que se inspirou em várias: “Em primeiro lugar vem a Orianthi. Acompanhei
a carreira dela desde os 11 anos. Sou muito fã da pegada rock-blues dela. Em segundo
lugar, a Jennifer Batten, que, atualmente, tem feito shows com o Lenny Jay, cover
de Michael Jackson. As duas têm carreira solo e já foram guitarristas do cantor
Michael Jackson.” Mas também traz nas preferências de fã nomes como o
guitarrista e vocalista Nuno Bettencourt, da banda Extreme. “Ele tem pegada rock e do funk, e também apresenta
timbres diferentes. Ele está dentro do meu top
3”, diz.
Não
à toa, duas inspirações de Bruna são mulheres, apesar do mercado da música, do rock, principalmente na
guitarra, ser ainda predominantemente masculino. “Você até encontra vocalistas
mulheres, mas instrumentistas mulheres são raras. Melhorou bastante, mas quando
se refere à guitarra os homens são maioria”, constata a guitarrista.
A
história da guitarra no Brasil não é tão antiga, comparando mundialmente, por
isso aqui ainda temos poucos representantes da guitarra, mulheres menos ainda.
Para reunir as mulheres da guitarra, no País, Bruna criou o grupo Women That
Rock que reúne muitas “guitarristas talentosas, minhas amigas”.
O
nome foi inspirado numa das melhores coisas que já aconteceram com Bruna, como
ela mesma gosta de dizer. Ela explica: “Um dia postei um vídeo tocando uma
música do Extreme. Passados alguns meses, no dia das mulheres de 2019, o Nuno
Bettencourt [guitarrista e
vocalista do Extreme] postou cinco vídeos de mulheres tocando no
perfil dele. Ele falou de cada uma, da importância do dia das mulheres e de
cada uma das meninas que estavam no vídeo compartilhado. Eu era uma das cinco
guitarristas. Na legenda, ele publicou: “Uma pequena homenagem para mulheres
que arrasam” e eu me inspirei nisso para criar o meu projeto. Nunca vi nenhum
artista compartilhando e dando essa força para as mulheres e escrevendo,
detalhadamente, elogiando cada uma, demonstrando que conhecia, de fato, o
trabalho dessas guitarristas.”
Bruna
destaca a importância de ter essa representatividade feminina, “porque o
caminho é difícil, uma apoiando a outra ajuda”, afirma. Ela diz que já por
diversas situações constrangedoras por ser mulher no ambiente musical, “como
professores desprezando as minhas referências de guitarristas mulheres como a
Orianthi, na tentativa de rebaixar uma imagem de representatividade feminina.
Existe muito machismo neste meio e uma das melhores coisas que temos que fazer
é seguirmos fazendo nosso trabalho da melhor forma que a gente pode e nos
unindo”.
Ela
participa, também, de um projeto chamado “Jam das Minas” que tem mais de 60
guitarristas brasileiras. “Fazemos vídeos juntas de jam de solos autorais. Esse projeto começou com
a guitarrista e minha amiga Letícia Praxedes. Com o tempo, mantivemos o grupo e
é extremamente importante”, diz Bruna.
Aos
26 anos, e já com dez anos de carreira, Bruna vive da música, “do meu trabalho
como guitarrista”, diz, orgulhosa. Ela ministra curso em escola musical de Belo
Horizonte e também aulas particulares, além de se apresentar em suas bandas
autorais, cover e
como freelancer.
Guitarras
e cabos
Bruna Terroni aconselha para quem quer comprar uma guitarra, pesquisar
bastante, inclusive instrumentos usados, e, o principal, ter o acompanhamento
de um profissional para avaliar o instrumento. “Todas as marcas, das mais
famosas, como a Fender, Gibson e Ibanez, às menos famosinhas, é preciso
entender que todas as marcas têm séries regulares, boas e ótimas”, observa.
A
guitarrista ressalva, contudo, que não adianta conseguir o instrumento certo e
adequado para o seu tipo de som, acertar na escolha da guitarra, e escolher
outros equipamentos de má qualidade. “Por isso sempre indico [os cabos da] Datalink,
porque você sempre vai ter a melhor qualidade para o som do seu instrumento”,
ressalta.
Conselho
para meninas e mulheres
“O primeiro é que, independentemente de críticas e comentários machistas, vale
a pena insistir no caminho se é o que se quer. Nunca desanime. Daí vem a
importância do coletivo, de estarmos juntas e unidas”, diz, de forma incisiva.
“É muito interessante esse movimento que tem surgido de mulheres se unindo em
diversas áreas, mas na música também e entre as guitarristas. No grupo “Jam das
Minas”, a gente sempre desabafa sobre algumas coisas que nos afetam por causa
de comentários degradantes. Elas compartilham e, se for preciso, vamos no perfil
e questionamos”, relata.
Para
conhecer a produção musical e os projetos de Bruna Terroni, siga o seu perfil
no Instagram, @brunaterronigt
e no canal do YouTube, @BrunaTerronigt2.
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