Considerada um dos 7 pecados capitais, não se
sabe ao certo quem criou o Dia da Gula, mas o certo é que quase todo mundo já
caiu na tentação de comer ou beber além do necessário. Neste ano, aprenda a
exagerar nas dicas saudáveis e aumentar o consumo de alimentos nutritivos e
saborosos
Diferente do que muitos pensam, o Dia da Gula não foi criado como uma desculpa
para furar a dieta ou comer como se o mundo fosse acabar no dia seguinte. Pelo
contrário, essa data foi criada como uma maneira de conscientizar a população
sobre os perigos que a compulsão alimentar oferece à saúde.
De
acordo com os dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde - OMS, cerca
de 4,7% da população brasileira sofre de algum tipo de transtorno relacionado à
alimentação. Os transtornos alimentares descrevem doenças que são
caracterizadas por hábitos alimentares irregulares e sofrimento grave ou
preocupação com o peso ou a forma do corpo.
A
compulsão alimentar é um desses exemplos. Nela, a questão é o exagero, o
excesso no consumo: a pessoa devora uma quantidade enorme de comida. Alguns
chegam a ingerir de 4 mil a 15 mil calorias em poucos minutos — a média recomendada
para um adulto saudável são 2 mil calorias por dia. Esse transtorno pode estar
aliado à obesidade, uma vez que a parte excedente do alimento consumido será
armazenado na forma de gordura, como também pode estar aliado à bulimia, com
episódios de vômitos forçados, exercícios excessivos, uso frequente de laxantes
ou diuréticos, após o maior consumo calórico.
Todos
os casos ligados aos transtornos alimentares precisam de muita atenção. Há um
grande desbalanceamento do corpo e da mente que precisam de cuidados
simultâneos. Segundo a nutricionista Fernanda Larralde, especializada em
Nutrição Esportiva, Saúde da Mulher e Fitoterapia, formada em Coaching
Nutricional e palestrante, há cuidados que precisam ser tomados com a
ajuda de um profissional. "Um dos cuidados primordiais é a aplicação dos
princípios da Nutrição Comportamental, que está diretamente ligada à parte
emocional do paciente. Quando uma pessoa não se relaciona bem com o alimento,
não percebendo a hora da fome e o momento da saciedade, é extremamente
necessário que essa pessoa seja conduzida a enxergar isso, acolhendo os
sentimentos e não se sentindo culpada." Diz a especialista, ao explicar
que todo esse processo acontece de forma guiada, cuidadosa e amorosa, para que
seja um processo o mais leve possível.
Em
resumo, a Nutrição Comportamental, através de um nutricionista capacitado,
considera as emoções, os hábitos e as condutas de cada paciente para orientá-lo
a adotar mudanças de maneira personalizada e adequar sua rotina alimentar na busca
de uma alimentação saudável, nutritiva e prazerosa, considerando os aspectos
sociais, fisiológicos e emocionais que influenciam o ato de comer.
A
profissional comenta que é mais comum do que se imagina que as pessoas utilizem
a alimentação como forma de compensação para um problema emocional mais
profundo. "Com o diagnóstico obtido por meio da anamnese e recordatório
alimentar, eu, como nutricionista comportamental, percebo a ligação direta com
fatores emocionais associados à ansiedade, traumas e inseguranças, etc. Em
casos que envolvam transtornos, sempre há algum fator emocional que é
compensado na comida”, afirma Fernanda.
Após
aprender a se relacionar emocionalmente com o ato de comer é feita uma
reintrodução alimentar, como se fosse com uma criança pequena. "Primeiro,
partimos pelos alimentos que o paciente gosta mais, que há uma familiaridade,
tendo em vista também a acessibilidade a esses alimentos, sem uma dieta rígida
estabelecida. E tempo a tempo o tratamento vai evoluindo.
Desde
o início do processo com o paciente, indicamos uma dieta rica em proteínas,
fibras, gorduras saudáveis, cereais integrais e outros produtos que colaborem
diretamente com a saciedade e que também auxiliem o organismo a responder de
maneira mais saudável. "Nessa nova realidade, é recomendável que o
paciente busque lojas e locais onde a alimentação saudável esteja estampada nas
prateleiras, corredores e carrinhos. Vale lembrar que o olhar do comedor
compulsivo precisa ser guiado e por isso, em um supermercado cheio de oportunidades
que podem se tornar um problema, será ainda mais difícil manter o
posicionamento. Então, num primeiro momento, é super interessante que esse
paciente compre seus alimentos em locais especializados em comida viva,
saudável e que ofereçam opções de produtos naturais e nutritivas",
aconselha a especialista.
Com
isso, já tem muita gente mordendo a sugestão da nutróloga. Segundo a agência de
pesquisa Euromonitor, o setor cresceu 33% em todo o país entre os anos de 2015
e 2020. Com isso, o Brasil é o 7º no mundo no mercado de alimentos e bebidas
saudáveis, movimentando R$100,2 bilhões, e até 2025, o setor deve crescer mais
27%. Isso inclui produtos sem glúten, vegetariano, vegano e
fitness.
Fernanda
não faz dieta nas sugestões e prossegue com mais uma dica de peso.
"Eu, particularmente, conheço a loja Bio Mundo que atende a mim e meus
pacientes com tudo que precisamos para manter uma alimentação de qualidade, com
diferentes tipos de produtos naturais e saborosos. A loja tem uma infinidade de
alimentos e produtos que ajudam nesse processo, como as oleaginosas, alimentos
proteicos, as farinhas naturais à granel ou embaladas, os chás e petiscos que
auxiliam em receitas fáceis e saborosas, afinal todos esses pacientes
precisarão passar pela fase de readaptação do paladar", finaliza a
nutricionista.
A
Bio Mundo é uma rede de lojas de produtos naturais e nutrição esportiva,
referência em oferecer saúde e bem-estar. Hoje, com um portfólio de altíssima
qualidade, inclui itens à granel, diet, light, integrais, veganos, sem glúten,
sem lactose, funcionais, vegetarianos, que somam em média 1.000 produtos em
prateleira e mais de 200 opções de produtos à granel, além das marcas
próprias.
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