Livro de Alberto Pitta que conta a história dos
blocos Afro e Afoxés pela ótica dos tecidos utilizados para confecção de
fantasias será lançado em São Paulo, no próximo dia 11 de dezembro, na Carmo
Johnson Projects
Lançamento:
Dia 11 de dezembro de 2022, das 15h às 18h
Artista
multimídia, fundador do Cortejo Afro e consagrado pelas estampas que colorem os
blocos-afro de Salvador, Alberto Pitta (Salvador, 1961) está de volta a São
Paulo para o lançamento do livro Histórias
Contadas em Tecidos: O Carnaval Negro Baiano, que acontece no dia
11 de dezembro, às 15h, na Carmo Johnson Projects, no Pacaembu. No mesmo dia,
às 17h, o artista participa de um bate papo sobre a publicação com Renato
Menezes, historiador de arte e curador da exposição eternidade soterrada, que Pitta realizou entre
maio e junho no mesmo espaço.
O
livro debruça-se sobre a rica trajetória de Pitta desenvolvendo trabalhos de
pesquisas e criações artísticas, como um dos pioneiros na criação do que hoje
se conhece por estampas afro baianas, utilizando-se de símbolos, ferramentas,
indumentárias e adereços dos orixás como fonte de inspiração.
A
pesquisa do contexto histórico e cultural do Carnaval Negro Baiano e o trabalho
na produção de estampas realizado pelo artista ao longo dos últimos 40 anos são
perpassados no livro, trazendo histórias de blocos clássicos como Ilê Aiyê,
Apaches do Tororó, Malê Debalê, Muzenza, Os Commanches do Pelô, Olodum,
Araketu, Os Negões, Bloco da Capoeira, Afoxé Filhos do Congo, Afoxé Filhos de
Gandhy, Cortejo Afro, dentre outros, que fizeram e fazem a história e a cultura
negra soteropolitana.
Desde
o surgimento dos primeiros blocos Afro, a exemplo do pioneiro Ilê Aiyê, os
tecidos das fantasias são a base para o desenvolvimento da temática de cada
grupo. Pitta descreve como os panos das mortalhas cumprem a função de
disseminar esses temas. Contos e lendas africanas e afro baianas, histórias de
reinados, tribos e de países africanos como Angola, Benin, Egito, Marrocos,
Senegal, entre muitos outros, são difundidos, transformando os tecidos em
ferramentas de aprendizagem.
Contar
um pouco sobre esse legado e registrar em uma publicação, é algo de fundamental
importância para a história e memória do Carnaval de rua da Bahia, reafirmando
assim, o compromisso estético desses blocos com a ancestralidade, usos e
sentidos de uma herança diaspórica.
Sobre
o artista:
Alberto
Pitta nasceu em 1961, em Salvador, cidade onde vive e trabalha. Foi observando
a atividade de sua mãe, a yalorixá Mãe Santinha de Oyá, que viu despertar seu
interesse pelos panos. Há mais de 30 anos ele se dedica à pesquisa e criação de
estampas, figurinos, adereços e alegorias que caracterizam a visualidade dos
blocos afro do carnaval de Salvador. Suas estampas já coloriram os Filhos de
Gandhy, o Ilê Ayê e o Olodum, em cuja diretoria artística permaneceu por 15
anos. Há 23 anos, Pitta criou o Cortejo Afro, bloco em que introduziu o branco
sobre branco, uma das marcas mais importantes de seu estilo. Destaca-se também
sua atuação junto ao Instituto Oyá, que surgiu do desejo de sua mãe em
contribuir para o desenvolvimento humano, intelectual e artístico de crianças e
jovens do bairro de Pirajá, onde se situa o Ilê Axé Oyá e o seu próprio ateliê.
Em seu currículo consta também participação em diversas exposições em torno do
mundo, em países como Alemanha, Angola, Estados Unidos, França e Inglaterra.
Serviço:
Lançamento
do livro: Histórias
Contadas em Tecidos: O Carnaval Negro Baiano
Autor:
Alberto Pitta
Preço:
R$ 100,00
Data:
Dia 11 de dezembro, das 15h às 18h
Local:
Carmos Jonhson Projects
Rua
Silvio Portugal, 193 – Pacaembu
Telefone
para contato: 11 943718997
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