Montagem terá apresentações em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte
Uma
das mais emblemáticas obras de Ariano Suassuna ganha as cores da Orquestra Ouro
Preto. “Auto da Compadecida, a Ópera” é mais um passo decisivo da formação
mineira que sempre prima pela excelência e versatilidade na proposição de novos
repertórios. A história de Chicó e João Grilo recebe uma versão sem precedentes
e reúne em palco uma verdadeira constelação para apresentar “uma ópera buffa brasileira em dois
atos”. A música é original e traz a assinatura de Tim Rescala. O
compositor assina o libreto junto com o maestro Rodrigo Toffolo, regente
titular da Orquestra e responsável pela concepção e direção musical do
espetáculo.
A
estreia acontece em São Paulo, nos dias 5 e 6 de novembro. Em seguida, a
montagem desembarca no Rio de Janeiro, com apresentações nos dias 29 e 30 do
mesmo mês. Por fim chega a Belo Horizonte em dezembro, nos dias 9 e 10.
Essa
é a terceira incursão da Orquestra no universo operístico e pode ser
considerada um marco na maturidade da formação mineira que agora, com 22 anos
de trajetória, propõe um projeto ainda mais ousado rumo a uma linguagem
brasileira e popular.
“A
ópera é uma arte máxima em que música, teatro, figurino, cenário e iluminação
se encontram. Era um sonho antigo da orquestra começar a realizar produções de
óperas. Já fizemos duas, ambas em português, ‘O Basculho de Chaminé’ e ‘O
Grande Governador da Ilha dos Lagartos’, projetos pioneiros que nos deram
sustentação para caminhar para um desafio ainda mais inovador, mais audacioso e
de grande fôlego”, avalia Toffolo.
“Quando
se pensa na ópera brasileira, em libretos, em histórias, ‘O Auto da
Compadecida’ tem um gosto todo especial, não só pela escrita de Suassuna, não
só pelo sucesso que a peça e o filme fizeram com o público brasileiro, mas
pelos ingredientes que essa obra prima da literatura brasileira inspira para
uma grande ópera. Estamos felizes por tentar algo novo, com DNA brasileiro. São
quase dois anos de pré-projeto para trazer uma proposta para a linguagem da
música de concerto”, completa o maestro.
O
diálogo direto com o público, um dos pilares da produção da Orquestra, está
garantido nessa ópera buffa
que traz a comédia como elemento principal de sua linguagem. Para cumprir essa
missão, formou-se um grande elenco em cena e nos bastidores da montagem. A
direção de cena é assinada por Chico Pelúcio. No palco, grandes nomes do canto
lírico brasileiro – Fernando Portari, Marília Vargas, Marcelo Coutinho, Carla
Rizzi, Jabez Lima e Rafael Siano, além de um trio de atores escolhidos para dar
voz e corpo ao clássico da literatura brasileira – Glicério do Rosário, Claudio
Dias e Maurício Tizumba.
Para
abrilhantar ainda mais a produção, trazendo para o palco as raízes da obra de
Ariano, o espetáculo conta com figurinos desenhados por Manuel Dantas Suassuna,
artista plástico de renome e filho do escritor. Essa parceria traz ainda um
maior enraizamento à montagem, agregando o olhar e a criação de quem nasceu,
viveu, conhece e reconhece este universo como poucos.
Em
sua terceira parceria com a Orquestra Ouro Preto, Tim Rescala, que assina a música
original, ressalta dois desafios: o primeiro seria se manter fiel ao eixo
principal da obra, seu esqueleto, sua estrutura básica, sem corrompê-la. O
segundo seria, ao mesmo tempo, gerar algo novo. Para ele “a melhor forma de se
reverenciar um clássico não é sendo conservador, mas sim sendo livre,
transformando aquilo que foi criado em uma outra coisa. Por isso que a
gente chama a montagem de ópera buffa
brasileira: ela procura ser popular, ter contato direto com a plateia, mas
criando algo diferente. A gente espera ter encontrado esse novo formato”,
adianta o compositor.
O
Maestro Rodrigo Toffolo ressalta o caráter universal da música composta para a
ópera e a maneira singular que Tim tem de agregar sua assinatura a essa
parceria. “O Tim tem uma escola, tem uma maneira de compor e de pensar música
de cena muito diferenciada no Brasil. Um dos maiores nomes da composição
nacional, a experiência teatral e de televisão que ele tem, fazem dele a pessoa
ideal não só para compor essa música original, mas para trabalhar com o que a
Orquestra anseia em cena. Foi um trabalho incrível do Tim, uma música
belíssima. E tenho certeza de que o público vai ficar feliz com o resultado e
muitos vão dizer aquela frase que tanto nos traz alegria de ouvir: ‘só a
Orquestra Ouro Preto para fazer isso’”.
SERVIÇO
Orquestra
Ouro Preto: “Auto da Compadecida, a Ópera”
São
Paulo
Data: 5 e 6 de novembro de 2022
Horário: sábado às 21h e domingo às19h
Local: Teatro Alfa(R. Bento Branco de Andrade
Filho, 722 - Santo Amaro, São Paulo)
Ingressos: No Sympla e bilheteria do teatro.
Rio
de Janeiro
Data:
29 e 30 de
novembro de 2022
Horário:
21 horas
Local: Cidade das Artes Bibi Ferreira(Av. das
Américas, 5300 - Barra da Tijuca)
Ingressos: No Sympla e bilheteria do teatro.
Belo
Horizonte
Data:
9 e 10 de dezembro
de 2022
Horário: 21 horas
Local: Palácio das Artes(Avenida Afonso Pena,
1537 -Centro)
Ingressos: No Eventim e bilheteria do teatro.
Informações: www.orquestraouropreto.com.br
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