Abertura:
09 de agosto, às 19h30
Visitação: 10 agosto a 20 novembro 2022
A
mostra ressalta a perseverança do artista no tema – cidade São Paulo –, ao
longo de décadas, e como explorou a infinita capacidade de transformação e
nuance da gravura, suporte que adotou como linguagem
A
exposição Evandro Carlos
Jardim: Neblina está organizada em torno de um conjunto chamado Tamanduateí Contraluz, que
reúne 50 obras impressas desde 1980 até hoje. Segundo os curadores Paulo Miyada
e Diego Mauro, do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake,
todas essas imagens foram construídas a partir de uma só matriz de cobre, sobre
a qual o artista uma vez desenhou o Palácio das Indústrias e o pilar de
sustentação de um viaduto, tal como vistos desde as margens do Rio Tamanduateí,
em São Paulo. “A partir desse traçado primeiro, Jardim operou a gravura como
uma espécie de avesso da arqueologia, como uma prática de escavação que, ao
invés de revelar um fato do passado, produz infinitos novos traçados”, comenta
a dupla de curadores.
Nesta
série evidenciam-se duas persistências notáveis na obra de Jardim: a gravura e
a representação da cidade de São Paulo. O título da exposição “Neblina” destaca
as inscrições realizadas por Jardim em alguns de seus trabalhos, especialmente
a “neblina”, condição atmosférica dessa cidade que Jardim tem acompanhado
detidamente ao longo de quatro décadas, por meio de sua produção. “Há essa
característica a mais para a imaginação e a memória: se relacionar com essa São
Paulo da gravura e, ao mesmo tempo, rememorar um pouco de uma cidade que já foi
mais povoada pela neblina e se tornou conhecida pela garoa”, comentam os
curadores.
A
obra de Jardim subverte o princípio serial de uma técnica de reprodução ao
aprofundar-se nas possibilidades criativas dos processos de gravação, impressão
e transformação da imagem. O compromisso do artista com a gravura já se estende
por mais de seis décadas de produção - e por sua incansável dedicação ao
ensino, que o levou a atuar como professor na Escola Belas Artes, na FAAP e na
ECA-USP.
“Assim
como para Jardim não existem duas imagens iguais ou equivalentes – e por isso o
artista se permite voltar uma e outra vez ao mesmo ponto de partida, à mesma
cena, aos mesmos elementos, sutilmente recombinados – também a condensação
parcial da umidade do ar tornou-se mais rara ao longo dessas quatro décadas, a
ponto de a neblina e a garoa pertencerem cada vez mais ao âmbito da imaginação.
Imaginação essa que Jardim também convoca, fazendo nossa mente povoar a
multiplicidade de seus trabalhos”, completam Miyada e Mauro.
Evandro
Carlos Jardim: Neblina
é também uma oportunidade para o público aprofundar o olhar sobre a gravura, em
um exercício que poderá se desdobrar no contato com a mostra O Rinoceronte: 5 Séculos de Gravuras do
Museu Albertina que será inaugurada em setembro próximo, no
Instituto Tomie Ohtake.
Evandro
Carlos Jardim: Neblina
Abertura:
09 de agosto, às 19h30
Visitação
10 a 20 de novembro de 2022
Parceria
Institucional: Galeria Leme
De
terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca
Instituto
Tomie Ohtake
Av.
Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés 88) - Pinheiros SP
Metrô
mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela
Fone: 11
2245 1900
Comentários
Postar um comentário