Por Julio Ernesto, Head de eficiência e gestão
da AGR Consultores, e Marcelo Paciolo, Head de Supply Chain da AGR Consultores
Em
nosso último artigo – “Por que Dark Stores são importantes para distribuição
Logística” – abordamos sobre o conceito e o papel das Dark Stores ao longo de
toda cadeia de distribuição.
No
artigo de hoje, iremos mergulhar nesse tema de maneira prática. Listamos os
principais fatores a serem levados em consideração para uma implantação sem
muitos “soluços”. Confira abaixo os sete fatores que você precisa aprofundar
antes de abrir uma Dark Store:
- O
imóvel: Para qualquer estudo de Dark
Store, esse é um dos primeiros aspectos a ser analisado, e é fundamental
estar em um ponto próximo do seu cliente final para otimizar o tempo de
entrega. Aqui o desafio é equilibrar o custo possivelmente mais elevado
por melhor localização e a redução dos custos com transporte.
- A
Estrutura: Não é demais reforçar o quão
essencial é buscar imóvel com área apropriada para carga e descarga de
veículos e avaliar os possíveis horários de restrição da zona urbana (seja
residencial ou comercial). É comum inobservâncias destes aspectos,
colocando em risco o sucesso do modelo.
- 3.
Modus Operandi: Considerando
que o imóvel e toda sua respectiva parte estrutural já está devidamente
verificada, entramos nos detalhes da operação, bem como, no layout da Dark
Store. Antes de iniciar, uma decisão é necessária: a Dark Store irá operar
no modelo híbrido (aberta ao público e Hub de distribuição) ou apenas como
Hub Logístico? Para a configuração do layout essa decisão é crucial, pois
são modelos de operação completamente diferentes que impactam não apenas
no layout, mas também na expertise (operacional e sistêmica) de
operacionalização da expedição de pedidos pelo canal online e no
atendimento presencial de clientes. Neste fator, definem-se as janelas de
agendamento para recebimento de mercadorias além de um padrão de entrega
que possa otimizar o tempo de descarregamento, a descrição dos processos
críticos e a gestão interna no processamento de pedidos apoiada por
tecnologia específica, que permita o controle da entrada, movimentações
internas e expedição de pedidos.
- Mão
de Obra: No estudo de viabilidade
sugere-se contemplar cenário com mão de obra própria ou terceirizada e
independentemente do caminho a ser adotado, e por ser relativamente um
modelo novo de trabalho, a padronização e o respectivo treinamento da
equipe são essenciais para desenvolvimento e maturidade da operação.
- Mix
de Produtos: O estudo do mix de produtos
aliado a estratégia de replenishment é
fundamental para sobrevivência da Dark Store. Com espaços limitados para
armazenagem é uma obrigação ter um estoque que gire rapidamente e com
baixos índices de ruptura.
- Gerenciador
de Pedidos: Para que a operação entregue a
maior eficiência, é essencial que se tenha um orquestrador de pedidos de
qualidade e devidamente parametrizado. Certamente que um sistema precisa
de toda a inteligência construída e traduzida em parâmetros que conduzirão
às melhores sugestões de rotas, alocação de recursos e serviço de
qualidade.
- Indicadores
para gestão: Apesar de ser um jargão
clássico no mundo corporativo, nunca é demais reforçar que “quem não mede
não gerencia”, e no caso das Dark Stores, não seria diferente. Portanto,
destacamos alguns indicadores essenciais para acompanhamento de
performance das Dark Stores:
- Giro
de estoque
- Produtividade
- Capacidade
de armazenagem
- Custo
- Tempo
médio de atendimento
- KPIs
de gerenciamento de pedidos, como exemplo, OTIF
- Índice
de avarias
Lembre-se:
como em todo e qualquer novo modelo de operação, o ciclo de gestão e melhoria
contínua é essencial, mas o planejamento robusto contribuirá e muito com as
chances de sucesso!
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