Agenda Cultural: "9º Festival da Diversidade Cultural de Itanhaém": teatro, música, dança, artesanato e palestras
Tradicional Festival da cidade conta com atrações ligadas à cultura, educação, direitos humanos e cidadania
Entre
os dias 25 e 26 de junho, das 14h às 22h, a Praça Narciso de Andrade, Conhecida
como Centro Histórico de Itanhaém será, pela primeira vez, palco do “Festival da Diversidade Cultural de
Itanhaém”, que chega à 9ª edição com uma programação gratuita e
repleta de atrações ligadas ao teatro, música, dança, artesanato, direitos
humanos e palestras. Ao longo de dois dias, qualquer interessado terá a
oportunidade de vivenciar experiências culturais e de entretenimento. O
Festival é uma realização da produtora Santuarium
Cultural, que por meio do PROAC, da Secretaria de Economia Criativa
do Estado de São Paulo, e com apoio da Prefeitura Municipal de Itanhaém,
pretende trazer ao público uma mostra da pluralidade cultural e artística
internacional, brasileira e regional.
A
programação focada na cultura, educação, direitos humanos e cidadania, contação
de história, capoeira, danças típicas e étnicas, música tradicional e
folclórica, a inclusão sob vários aspectos, performances teatrais, performances
artísticas LGBTQI+, apresentações de cultura afro-brasileiras e matrizes
africanas e ações culturais.
O
evento é uma oportunidade para que artistas locais e de outras regiões possam
levar aos moradores do litoral de São Paulo mais lazer e cultura, tendo a
diversidade de ideias e culturais como base: “Quando
utilizamos o termo diversidade é muito importante termos claro que estamos nos
referindo ao ser humano em suas diversas possibilidades de existência, ou seja,
etnia, gênero, raça, nacionalidade, religião, regionalidade e faixas etárias. É
exatamente neste sentido que o festival se empenha em prestar o serviço não
apenas no fortalecimento da identidade de cada um dos segmentos abordados, mas
também na integração entre eles e, desta integração, um exemplo real de
convivência harmônica dentro de um conceito de cultura de paz. Segundo Gilberto
Freyre, o brasileiro típico tem um pé na senzala, ou na taba, pois somos quase
todos mestiços. A arte e a cultura são meios para se quebrar dogmas,
preconceitos e barreiras; resgatar a cidadania cultural e valorizar a
diversidade, inclusive como forma de sobrevivência”, explica Luciana Dara,
idealizadora e coordenadora do evento desde sua 1ª edição.
Entre
as atividades, haverá a contação de histórias, com a atriz Kelly Franco, que trará
de forma lúdica histórias do nosso folclore, itãs do candomblé e lendas
misteriosas, de forma que mesmo as crianças aprendam se divertindo. Ela estará
acompanhada da mãe, a humorista Gell
Correia, famosa das pegadinhas do SBT que estará animando a
festa também.
O
Grupo Afoxé Laroye Brasil trará os toques e cantos do Afoxé da Bahia.
A
consciência negra e os aspectos da diversidade cultural serão abordados nas
palestras de Júlio Tumbi Are, respeitado especialista em relações
étnico-raciais, multiculturalismo, antropologia, direito, ciências sociais e
pedagogia.
A
indígena Tamikuã Pataxó,
de Alagoas, fará atividade de ensino da pintura indígena. Esses povos carregam
no rosto a identidade. A pintura tem tanto sentido para os indígenas, que
expressa o que o indivíduo representa no grupo e até o estado civil. A mistura
mais comum que define os traços é feita de urucum e jenipapo.
Ainda
entre indígenas, membros das tribos Mborai
Mirim e Rio
Branco, de Itanhaém, trarão o belíssimo coral guarani com
cânticos sagrados, além do artesanato e o convite aos que queiram conhecer as
tribos e participar de vivências culturais que costumam promover.
Estará
representando o Xamanismo Andino Amazônico, Inti Wahua, da Nação KetchuaInti Wahua
(Filho do Sol). Nascido em Cochabamba na Bolívia e atualmente residente de São
Paulo, trará música, artesanato e experiências. Atua por todo o Brasil
divulgando o Xamanismo e a cultura Andina. Lino Hauman - De Cuzco, Peru, fará show
musical com zampoñas, também conhecidas como as flautas Andinas.
Na
vertente LGBTQIA+ haverá quatro performances Drag Queen, como por exemplo, a de
Zazá Up,
do coletivo Mascárate de Embu Guaçu, que esteve em Itanhaém na 8ª edição do
evento. Pouco antes, Sonia
Aliha fará apresentação burlesca: “Sou considerada uma
dançarina Drag Queen feminina, por fazer transformações em mim e nos figurinos,
e criar minhas próprias maquiagens artísticas. A Dança pra mim, é mais do que
perfeição de movimentos. é Alma, liberdade de expressão, e principalmente
respeito pelo o que um Artista mostra com seu corpo.”
Um
momento de fé e cultura. De origem portuguesa, O Reisado de Itanhaém já
acontece há cerca de três séculos, desde o início da Vila Nossa Senhora da
Conceição de Itanhaém. O grupo fará os cantos dos versos de entrada, pedidos,
agradecimentos e despedidas do Reisado, além de cantos de Itanhaém.
"Até
a década de 60, o grupo era formado somente por homens e com músicos que
tocavam instrumentos de sopro. A partir de 1970, jovens, crianças e mulheres
começaram a participar. As músicas são acompanhadas por instrumentos de corda,
percussão e de sopro, com laços do "vira lusitano". O violão, o
cavaco, a timba e o pandeiro são os instrumentos mais presentes",
esclarece Ernesto Bechelli,
um dos coordenadores do grupo.
Entre
as apresentações musicais estão confirmados os grupos Forró Caiçara, Toque de Sedução (samba
e pagonejo) e o cantor Franco
Rossignolli, com repertório de músicas latinas e italianas.
Franco ou “El Floritto”, como gosta de ser chamado, foi uma das revelações da
Virada Inclusiva 2019, no Parque da Água Branca em São Paulo.
A
animação continuará com Bendito
Carimbó, do Belém do Pará, e Cecília Mani, dançarina que se apresenta
Brasil afora levando a beleza e alegria carimbó em vários eventos e
festividades.
A
arte da consciência das ruas, Hip-Hop, Trap, Funk raiz terá voz por Grimas100g, Frank Apache e Muny Hare, que além de
terem importante atuação junto às comunidades de Embu-Guaçu, cantam letras
inspiradoras e positivas tão importante aos jovens.
O
evento conta com diversas vertentes de danças, como o Tribal da Ohana Danças, danças
ciganas e Brasileiras de Cia
Aysla Martins, cuja professora também é coreógrafa da Escola de
Samba Gaviões da Fiel, a dança gaúcha de Constância
Reis, além de Desireé
Paiva, Hadassa
Amirah, Flores
do Carimbó, Guerreira
de Oya, Silmara
Almeida, e Betty
Rian, nascida em 1932 e professora de dança no Conviver
Itanhaém, incentivo e exemplo de amor à dança à todos da cidade.
Mais
informações nas redes sociais da Santuarium Cultural -
@santuariumcultural
Serviço:
“9º
Festival da Diversidade Cultural de Itanhaém”
Centro
Histórico de Itanhaém
25/06
e 26/06, 14h às 22h, grátis.
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