O impacto do Metaverso no mundo do trabalho e
na área de Aprendizagem Corporativa
Desde
que o Facebook anunciou o investimento estrondoso nesta tecnologia, o que
ocasionou a mudança do nome da empresa para META, o Metaverso se tornou “o
grande hype do
momento”, as pessoas passaram a se interessar pelo assunto e a se questionar:
“O que é?”, “Como funciona?”
Depois
da leitura de alguns artigos e entendimento mínimo do que se tratava, vieram
outras inquietações:
- Como essa tecnologia irá impactar o mundo do trabalho?
- Como revolucionará a área de treinamento e
desenvolvimento?
- Quais são as empresas que já estão liderando projetos
de aprendizagem com foco nesta tecnologia?
Mas,
antes de tentar responder estas perguntas e compartilhar as pesquisas e insights, vamos entender
melhor o que tudo isso representa?
O que é esse tal de Metaverso?
“Metaverso”
é uma junção do
prefixo “meta” (que significa além) e “verso” (universo). O
termo é normalmente usado para descrever uma espécie de mundo alternativo
digital.
Um
mundo onde os usuários poderão criar seus próprios avatares, que serão suas
representações nesse ambiente digital e, por meio deles, poderão aprender,
comprar, trabalhar, socializar e se conectar com colegas de trabalho, amigos e
familiares. Ou seja, essa tecnologia replica o que fazemos no mundo real, só
que de forma 100% digital.
Sue
Young, diretora de produtos do Facebook, fala que “ao invés de apenas olhar
para a tela dos dispositivos, você estará nela”.
E qual o impacto do Metaverso para o mundo do Trabalho?
Faço
um convite para você usar a sua imaginação. Feche os olhos e visualize-se
usando um óculos de realidade virtual. Com seu próprio avatar, você começa a
interagir com todo o ambiente corporativo da sua empresa: anda pelo corredores,
cruza com os colegas quando vai tomar água, tirar dúvidas e trocar ideias nos
corredores, pausa para um cafezinho ou conversa com outros colegas no almoço,
tudo isso de forma virtual. Ou imagine outro cenário: você está na sua casa,
usando seu óculos de realidade virtual e participando de feiras, eventos ou
entrevistas de emprego dentro do Metaverso, onde praticamente todo o processo
seletivo acaba acontecendo via realidade aumentada.
A
Samsung e a Hyundai são bons exemplos de companhias que mesmo antes do
lançamento do Facebook e todo o buzz
do assunto, já se valiam da estratégia de adotar realidade aumentada nos
processos de recrutamento e seleção de novos profissionais.
E aí, qual o seu sentimento?
Você
pode estar sentindo um certo fascínio, curiosidade e vontade de vivenciar tudo
isso logo, ou quem sabe sentindo algum tipo de insegurança sobre o futuro do
seu trabalho e da sua profissão. Todos esses sentimentos e outros são
completamente normais e esperados, pois o Metaverso propõe mudanças
significativas e pode representar ameaças às nossas necessidades básicas como
segurança, estabilidade e pertencimento.
Por
outro lado, os especialistas comentam que essa tecnologia visa recriar o
ambiente presencial no digital e proporcionar uma experiência de maior
proximidade relacional, na qual o trabalho virtual será menos solitário e com
relacionamentos mais espontâneos e naturais.
Como o Metaverso irá impactar a aprendizagem corporativa?
Durante
a pandemia vimos muitas empresas criarem seus estúdios para gravação de
minivídeos, lives
e afins. Atualmente, já temos algumas empresas criando espaços de aprendizagem
imersivos, nos quais os participantes e instrutores interagem uns com os outros
com os seus avatares, navegando em simuladores de desempenho hiper-realistas
por meio de headsets
de realidade virtual, telefones, iPads e PCs com RV (realidade virtual), onde
eles aprendem uns com os outros em simulações práticas.
As
farmacêuticas Pfizer, Novartis e Bristol Myers Squibb são algumas das empresas
que estão usando essa tecnologia para praticar habilidades essenciais, voltadas
a salvar vidas em laboratórios de realidade virtual seguros.
Além
disso, os profissionais da área comercial terão a possibilidade de percorrer o
universo digital e aprender sobre seus produtos, fazer simulações de controle
de objeção, interagir com os clientes, treinar abordagens, compartilhar os
benefícios dos produtos, apresentar soluções e recursos adicionais sem custos
de deslocamento e de forma realista.
O
uso crescente destas tecnologias vai exigir muita adaptação e resiliência dos
profissionais e das empresas, além de demandar uma série de novos
conhecimentos, habilidades, condutas e dinâmicas sociais nos próximos anos. E
nós profissionais de T&D temos de estar na vanguarda desta nova maneira de
aprender, trabalhar e interagir. A Cult já publicou as novas profissões
que já estão surgindo e irão ganhar espaço com o Metaverso. https://cult.honeypot.io/reads/10-metaverse-jobs-that-will-exist-by-2030/
10 empregos que existirão até 2030 no Metaverso
- Cientista de pesquisa do Metaverso
- Estrategista de Metaverso
- Desenvolvedor de ecossistemas
- Gerente de segurança do Metaverso
- Construtor de hardware do Metaverso
- Storyteller
do Metaverso
- Construtor de mundos
- Especialista em bloqueio de anúncios
O
Facebook Brasil anunciou seis vagas para trabalhar com Metaverso, ou seja, essa
profissão já é uma realidade.
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