Mercado para músicos volta a crescer com retomada dos eventos e a busca por cursos especializados

Especialista explica que a atuação desses profissionais depende mais do que somente talento, com sólida preparação e domínios técnicos

Todo mundo já idealizou um sonho acompanhado de uma boa canção. Por trás dessas obras primas há profissionais dedicados que estudam e trabalham por horas para levar ao público diversão, emoção, reflexão e muita qualidade. A pandemia da Covid-19 modificou e muito o trabalho dos músicos que dependem de apresentações ao vivo como shows, teatros, festas, entre outros. Sergio Molina, compositor, doutor em música e coordenador da graduação musical da Faculdade Santa Marcelina, destaca as oportunidades de trabalho para esses artistas e como o aperfeiçoamento pode contribuir ainda mais para a evolução desses profissionais. 

Graças a adesão da população pela vacinação contra o coronavírus, a retomada dos eventos e apresentações culturais voltaram a aquecer o setor, que ficou parado por quase dois anos, e em 2022 terá uma grande demanda, em partes reprimida pela pandemia. De acordo com o IBGE, em 2018, o Brasil empregou mais de 5 milhões de pessoas do setor.  

O campo de atuação é bastante amplo, os músicos podem participar de ensaios, gravações, eventos de divulgação em TV, canais da internet, streaming e shows, mas para isso precisam ter uma boa formação: “Mais do que um talento inicial, o que se exige é uma sólida preparação musical, domínio técnico, versatilidade nos gêneros e estilos, conhecimento da tecnologia envolvida, desenvoltura e presença cênica”, destaca o professor. 

Sergio explica que os valores pagos aos músicos por suas obras variam de acordo com o projeto envolvido, o âmbito de trabalho do artista principal (ou orquestra) e, evidentemente, a própria experiência do músico contratado alinhada à sua formação, com destaque para cursos de graduação e pós-graduação, entre eles, bacharelado em música e pós-graduação. Vale destacar que de acordo com o “Atlas Econômico da Cultura Brasileira”, de 2017, o setor cultural representou 2,8% do PIB nacional. 

“Como em outras áreas, iniciando pouco a pouco, mostrando seriedade, competência em todos os pequenos trabalhos que realiza e mantendo-se sempre atualizado e em constante formação e especialização. O próprio destaque do músico é seu principal cartão de visita para receber novas propostas. Além disso, existe sempre a possibilidade de o músico produzir o seu próprio produto musical, com as facilidades que a tecnologia hoje disponibiliza", afirma o compositor.  

A busca por cursos de pós-graduação disparou, como mostra levantamento da Faculdade Santa Marcelina, que oferece oito cursos de pós-graduação, atualmente com 225 alunos matriculados nas modalidades presencial e semi-presencial. A Faculdade conta com professores renomados que atuam tanto na pesquisa acadêmica quanto na produção de grandes espetáculos, e conhecem bem o cotidiano do setor e os desafios impostos pela pandemia. Por isso, mais do que ingressar ou retornar ao setor, é preciso investir na formação.  

Pós-graduação em música Santa Marcelina: 

Faculdade Santa Marcelina conta com Pós-Graduação em Canção Popular; Criação Pedagogia e Performance; Pós-Graduação em Musicoterapia Aplicada: do Desenvolvimento ao Envelhecimento; Pós-Graduação em Violão: Pedagogia e Performance; Pós-Graduação em Rock: Teoria, História e Prática; Pós-Graduação em Percussão Brasileira: Tradição e Invenção; Pós-Graduação em Pedagogia Vocal: Expressão e Técnica; Pós-Graduação Educação Musical Hoje: para Crianças, Jovens e Adultos e Pós-Graduação em Música e Imagem. 

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