GESTÃO DE TALENTOS/LIVRO|Como estimular equipes a resolver problemas com agilidade e criatividade diante da dificuldade em se obter dados confiáveis?
Para construir um mundo sustentável em uma era de profunda interdependência econômica e ambiental, cada pessoa, cada país e cada organização são desafiados a olhar para trás e para frente ao mesmo tempo. Olhando para trás, o desafio é descobrir novas maneiras de acabar com os traumas e erros cometidos em um mundo capitalista, desigual e preconceituoso. Para a frente, os seres humanos têm a capacidade de realizar os sonhos antigos de civilidade, curiosidade e cuidado enquanto abordamos as questões urgentes que nos cercam. Luis Lobão e Rodrigo Peter Schilling, autores de Agile Strategy Management - Uma nova estratégia empresarial
Esta obra pode gerar incômodo e ansiedade. Com esse alerta, o livro Agile Strategy Management - Uma nova
estratégia empresarial, de Luis Lobão e Rodrigo Peter
Schilling, faz um convite aos gestores, desafiando-os à reinvenção. Ao longo
dos capítulos, os autores detalham conceitos e ferramentas essenciais a uma
gestão interessada na construção de novos modelos estratégicos: mais ágeis,
adaptativos e colaborativos. Na visão deles, a obra é para todos aqueles que
querem ajudar a própria organização, a comunidade e a sociedade a prosperar em
um mundo de mudanças; àqueles que desejam construir um maior progresso sobre as
questões importantes, fortalecer a prática de liderança e ajudar a coletividade
a potencializar a capacidade de mudança. Progresso significativo está no centro
das aspirações deste conteúdo que está sendo lançado pela Primavera Editorial.
Na
análise de Lobão e Schilling, os tempos que vivemos são extraordinários. “As
novas tecnologias e a pandemia aceleraram as mudanças e trouxeram a premente
percepção de que todo ser profissional deve encontrar melhores maneiras de
competir e colaborar. Para construir um mundo sustentável em uma era de
profunda interdependência econômica e ambiental, cada pessoa, cada país e cada
organização são desafiados a olhar para trás e para frente ao mesmo tempo.
Olhando para trás, o desafio é descobrir novas maneiras de acabar com os
traumas e erros cometidos em um mundo capitalista, desigual e preconceituoso.
Para a frente, os seres humanos têm a capacidade de realizar os sonhos antigos
de civilidade, curiosidade e cuidado enquanto abordamos as questões urgentes
que nos cercam”, afirmam.
As
perguntas incômodas
Como
estimular equipes a resolverem problemas com agilidade e criatividade em um
contexto no qual é difícil obter dados confiáveis e as circunstâncias mudam
rapidamente? Como criar condições de sobrevivência para os negócios? Como
engajar os stakeholders
em meio à pressão e com recursos escassos? Como fortalecer a capacidade de
lidar com o imponderável? A partir dessas e de outras perguntas incômodas – e,
ao mesmo tempo, assertivas e pragmáticas –, os autores desenvolvem respostas
baseadas na prática. “Inovar é uma tarefa árdua, que prospera na diversidade e
no conflito. É preciso honestidade para identificar e mitigar riscos e coragem
para aceitar os inevitáveis passos em falso e as mudanças de rota que ocorrem
ao longo do percurso”, define Schilling.
No
livro, o leitor encontrará informações para organizar uma estrutura de
planejamento e implementação de uma estratégia ágil o suficiente para se
adaptar a um ambiente dinâmico e focado. “Ao aceitar a definição de agilidade
como a capacidade de responder e se adaptar de forma rápida, vemos que, em uma
organização, ela pode ser avaliada com três critérios: velocidade de resposta,
crescimento e resultados, ou seja, a faculdade de responder às mudanças dentro
e fora da empresa. A perspectiva é torná-la uma meta prática e entender onde
estão as alavancas para gerenciá-la”, detalha Lobão.
“Não
gostamos do termo ágil, mas é um princípio prático e central para a Era Digital
por pregar o desenvolvimento de uma capacidade de responder rapidamente, algo
que é fundamental para empresas que operam em mercados cada vez mais dinâmicos
e incertos. Aliás, propor agilidade tem sido a resposta comum e óbvia da
maioria dos especialistas para um mundo em transformação. Entretanto, quando
nos deparamos com mudanças rápidas e com inovações disruptivas, concluímos que
a adaptabilidade – que pouco é citada nas recomendações – é um fator-chave”,
detalham Lobão e Schilling.
APRESENTAÇÃO
DO LIVRO PELOS AUTORES
Os
autores desenvolveram um framework
para implantação de um modelo de planejamento estratégico ágil e
adaptativo, o Agile Strategy
Management (ASM), composto de dois grandes eixos: Agile Strategy (AS) – Adaptabilidade – e
Agile Management (AM) – Agilidade –, bem como por quatro fases (Visualização,
Design, Implantação e Governança) e, por fim, doze entregáveis, apresentados
com um portfólio de outras ferramentas e outros artefatos que trarão uma gestão
estratégica ágil e adaptativa ao seu negócio.
“A
primeira parte do livro tem como objetivo contextualizar o que vamos apresentar
e discutir ao longo das próximas páginas. As empresas não podem mais contar com
os tradicionais exercícios de previsão para detectar e capitalizar ameaças e
oportunidades emergentes. Precisamos de um novo modelo de formulação
estratégica para um mundo dinâmico. Para se manterem competitivas, as
organizações necessitam oferecer respostas rápidas para grandes desafios
sociais e tecnológicos, de concorrência, de regulamentações, do mercado de
trabalho e de muitas outras áreas. No entanto, a possibilidade de tais mudanças
acontecerem cria profunda incerteza, e isso dificulta na identificação dos
caminhos mais rentáveis a seguir. Embora seja impossível as organizações
estarem totalmente preparadas para um choque, as mais resilientes aprendem a
esperar o inesperado, a se recuperar depressa quando isso ocorre e a aproveitar
as oportunidades imprevistas que surgem.
Na
segunda parte, vamos apresentar alguns dos principais conceitos que embasam as
práticas deste novo modelo de gestão estratégica. O design organizacional deve
fomentar o fluxo de informação entre os pontos de coleta e os locais em que
ela é relevante – garantindo, por exemplo, que processos visíveis e sistemas de
incentivos encorajem a colaboração e a interação.
E
quando o futuro é particularmente difícil de prever, os líderes têm de instilar
insights, criar
uma série de cenários e depois desenvolver, testar e “retestar” hipóteses;
organizar respostas para tais ameaças ou oportunidades, o que talvez envolva
realocar recursos, renovar processos, preencher gaps de capacidade e alinhar a estrutura e a
governança da empresa. Ainda assim, se pensarmos apenas no design
organizacional, ficaremos míopes a ponto de limitar nossas ações estratégicas,
então, nós entendemos que a captação de valor por meio de uma revisão do modelo
de negócio da sua organização também seja necessária, reestruturando, assim,
as relações no ecossistema em que ela está inserida. Por fim, se pensarmos
apenas na organização como uma forma de gerar experiências de uso e de
consumo, podemos acabar nos esquecendo da peça-chave desta transformação
estratégica, que são as pessoas, mais precisamente os líderes. Estes precisam
construir estruturas e processos flexíveis que permitam que a empresa inove e
abrace mudanças. Um aspecto-chave da organização é preencher os gaps de capacidade que
surgem quando a organização entra num novo mercado ou renova seu modelo de
negócio.
Na
terceira parte, demonstramos a forma de utilizar esses conceitos por meio de
uma agenda (framework)
e de ferramentas. Para ajudar nesses esforços, desenvolvemos uma abordagem que
vai além dos tradicionais exercícios de previsão e análise de riscos. Ela é
composta de quatro conjuntos de atividades: primeiramente, desenvolver
processos para o sensing ativo
(detecção ativa) de novos insights
(internos ou externos) que podem afetar o negócio, a fim de
identificar ameaças ou oportunidades o mais cedo possível. Nossa proposta de
uma nova metodologia de estratégia sumariza desses conceitos e apresenta um
caminho para o leitor revisitar os processos, as estruturas organizacionais e
os modelos de negócio com o objetivo de se posicionar efetivamente em um
contexto cada vez mais competitivo. Ainda assim, vale salientar que a maior
captura de valor está pautada na capacidade de o líder ter clareza, junto ao
corpo estratégico e operacional da organização, quanto às prioridades
estratégicas, orquestrando os ativos tangíveis e intangíveis da empresa – como
capital, parcerias e propriedade intelectual – e, assim, propondo um ciclo de
melhoria contínua estratégica.
A crise da Covid-19, no início de 2020, veio como uma bomba
e mudou o mundo para sempre. Ela também fez as empresas perceberem que a
transformação digital é para todos e acelerou o processo de digitalização das
organizações. Quem ainda não estava sensibilizado com o assunto, certamente o
colocou como prioridade máxima na agenda a partir de então. Todas as fichas
caíram de uma vez só! E não apenas pelo fato de se ter boa parte da equipe
trabalhando de forma remota, mas, principalmente, pela necessidade de estar
presente no mundo digital fazendo negócios, enquanto o mundo real está vazio e
parado. Neste novo desafio, qual modelo de gestão estratégica é necessário para
criar e garantir o fluxo de informações, o trabalho colaborativo e autônomo e
que gere valor para a empresa e para o cliente?
Não
queremos ser dramáticos, mas, hoje em dia, as organizações têm duas opções:
adaptar-se ou morrer. Algumas empresas que outrora lideraram o mercado morreram
diante de nossos olhos; outras estão tendo dificuldade de se adaptar e,
provavelmente, vão sucumbir. Enquanto isso, as técnicas que elas aplicaram
durante décadas estão ficando para trás. Empresas que mantiveram gerações de
colaboradores seguindo uma política de não demissão agora se veem despejando
dezenas de milhares de pessoas de uma só vez. É lastimável, mas tudo isso faz
parte do processo de adaptação. Vale esclarecer: essas mudanças provocam um
ambiente de trabalho menos cordial, gentil e previsível. Como já vimos, se você
é um gestor em um ambiente como esse, precisa desenvolver uma maior tolerância
ao caos. Não estamos aqui sugerindo que você se resigne e aceite a desordem de
braços cruzados. Pelo contrário, você deve fazer o possível para levar a ordem
ao seu ambiente.
Neste
mundo em ebulição, as organizações precisam ser muito ágeis, tanto no
aspecto de serem rápidas no alinhamento e na adaptação às mudanças quanto no
de serem muito colaborativas na cocriação e no compartilhamento das decisões
estratégicas. Antes, as mudanças — dentro e fora das empresas — eram mais
lentas. E as organizações, mais hierárquicas. Este livro vai ajudá-lo a
enxergar as oportunidades suscitadas pelos pontos de inflexão estratégica e,
mais do que isso, vai auxiliar você, sua equipe e organização a tirar proveito
delas. Agora, as mudanças são muito rápidas e as organizações são
colaborativas. Ou seja: o
jogo e a forma de jogar mudaram!
[1] LOBÃO, Luis; SCHILLING, Rodrigo Peter.
Agile Strategy Management: Uma nova estratégia empresarial. São Paulo:
Primavera Editorial, 2021, p. 28-32.
FICHA
TÉCNICA
Título: Agile
Strategy Management – Uma nova estratégia empresarial
Autores:
Luis Lobão e
Rodrigo Peter Schilling
Categoria: Negócios
Páginas: 520
Editora: Primavera Editorial
ISBN: 978-65-86119-56-5
Preço
sugerido: R$ 54,90
Lançamento: 30 de outubro de 2021
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