Em busca de novas formas de prazer: 85% dos assinantes de plataforma de áudios eróticos são mulheres
A Tela Preta foi criada em abril de 2020, e já possui mais de 150 contos disponíveis na plataforma com temas variados e que exploram todo tipo de situação e fantasia, desde uma transa com o entregador de aplicativo ou até mesmo masturbação guiada
Se antes ainda era um tabu para elas
afirmarem publicamente que utilizam produtos eróticos, hoje as mulheres falam
sobre o assunto abertamente nas mídias sociais e até mostram quais são os
produtos que elas mais gostam. Com a pandemia, o assunto ficou ainda mais em
evidência, já que elas decidiram explorar novas formas de prazer através de sex
toys. De acordo com uma pesquisa feita pela plataforma de informações Mercado
Erótico, na pandemia, 66% dos atendimentos que foram feitos em lojas virtuais e
físicas foram direcionados ao público feminino.
“Antes
existia aquela preocupação com o que as pessoas iriam achar se vissem uma
mulher entrando em uma sex shop ou então se descobrissem que ela tem um
vibrador ao lado da cama”,
afirma Laís Conter,
uma das criadoras da primeira plataforma de áudios eróticos do Brasil, a Tela Preta. Antes mesmo
da criação da plataforma, Laís já andava pelas ruas de Porto Alegre em 2018 e
colava adesivos provocativos. O projeto batizado de Me Lambe começou com a ideia
de ser um perfil nas redes sociais que falasse sobre sexo de forma natural.
O
projeto deu tão certo que o perfil se tornou um espaço para explorar o universo
da sexualidade e uma forma de incentivar a participação das mulheres em debates
sobre o assunto. Por conta da grande repercussão, o perfil que já possui mais
de 300 mil seguidores ainda conta com uma loja online e até mesmo fez com que
Laís escrevesse um livro sobre memórias afetivas e sexuais. “O prazer sexual é capaz de melhorar a
saúde e a qualidade de vida das mulheres, então não faz sentido evitar falar
sobre o assunto nos dias de hoje”, explica Laís.
Em
abril de 2020, Laís e os empreendedores Fábio
Chap, Guilherme
Nakata e Samuel
Aguiar decidiram criar a Tela Preta. A ideia da plataforma de áudios
eróticos surgiu após Chap escrever e narrar contos eróticos nas redes sociais.
Por conta da repercussão positiva, ele se juntou com os três sócios e deu
início ao projeto no ano passado. “Muitas
mulheres se sentem mais excitadas ouvindo um conto erótico do que um vídeo
adulto, pois o conto é algo que instiga a imaginação, cria um clima mais
intimista, já o vídeo atrai mais os homens, que são mais visuais”,
ressalta Laís.
Tanto
que, 85% dos assinantes da Tela Preta são mulheres, e 15% homens. A maioria dos
contos são voltados para mulheres. E para atender essa demanda, 90% dos
funcionários da startup são mulheres (contando ilustradoras,
narradoras e outras funções). A faixa etária das ouvintes ficam entre 20 e 50
anos. O conto que mais fez sucesso entre elas até o momento é o “Pra Ela”,
narrado pelo Fábio Chap. “Nós
também criamos contos personalizados de acordo com as fantasias dos clientes
por R$597”, diz Laís.
Já
são mais de 150 contos disponíveis na plataforma com temas variados e que
exploram todo tipo de situação e fantasia, desde uma transa com o entregador de
aplicativo ou até mesmo masturbação guiada. Outro ponto importante é que a Tela
Preta prioriza a diversidade, então é possível ouvir diferentes sotaques de
diversas regiões do país, além dos áudios não terem descrição física, ou seja,
qualquer um pode se imaginar dentro das histórias. “Nosso objetivo é
proporcionar orgasmos inesquecíveis através de uma nova maneira de sentir
prazer”, finaliza Laís.
Sobre
a Tela Preta
Iniciada
em abril de 2020, a startup Tela Preta é a primeira plataforma de áudios
eróticos do Brasil. A ideia surgiu após Fábio Chap publicar em grupos de redes
sociais contos eróticos narrados por ele. Enxergando uma grande oportunidade de
empreendimento, o programador Samuel
Aguiar
propôs a Fábio criar uma plataforma digital para rentabilizar os áudios. Fábio
chamou o produtor de áudio Guilherme
Nakata e a
designer e criadora de conteúdo Laís
Conter
para reforçar o time que viria a formar a Tela Preta. A plataforma foi
batizada com esse nome pois no momento das gravações dos contos, Fábio colocava
uma fita isolante na câmera do celular.
Saiba
mais em https://prazer.telapreta.app/
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