No
dia 28 de agosto de 1985, a lei nº 7.352 foi sancionada no Brasil, instituindo
o Dia Nacional do Voluntariado. A data é comemorada todos os anos desde então,
confirmando a importância da solidariedade e do trabalho voluntário à
sociedade.
Segundo
a ONU (Organização das Nações Unidas), todos os dias, cerca de um bilhão de
voluntários fazem a diferença para as pessoas e comunidades onde vivem e
trabalham.
Pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), antes da pandemia, o
trabalho voluntário estava em tendência de baixa no Brasil. Os dados mostravam
que menos de 7 milhões de brasileiros haviam realizado algum tipo de trabalho
voluntário em 2019, 300 mil a menos do que no ano anterior.
Nas
palavras da ONU, “o voluntário é o jovem ou o adulto que devido ao seu
interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem
remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de
bem-estar social ou outros campos…”. Ou seja, o voluntariado consiste em doar
seu tempo a outras pessoas e em favor de uma causa na qual se acredita.
Ainda
de acordo com a Organização, são oito os objetivos principais quando o assunto
é serviço voluntário - uma definição acordada ainda nos anos 2000, após análise
dos maiores problemas mundiais que originou os chamados “Objetivos do Milênio”.
São
eles: erradicar a extrema pobreza e a fome; atingir o ensino básico universal;
promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; reduzir a
mortalidade infantil; melhorar a saúde materna; combater o HIV/AIDS, a malária
e outras doenças; garantir a sustentabilidade ambiental; estabelecer uma
parceria mundial para o desenvolvimento.
Após
mais de 20 anos dedicados ao trabalho social, seja como profissional, seja como
voluntária, tenho observado mudanças profundas e estruturais nas comunidades
impactadas tanto quanto na vida dos voluntários, inclusive na minha.
Oportunidade
de aprender com profissionais de outras áreas de atuação, obtendo uma visão
mais ampla de negócios e gestão, e aproveitar para fazer networking é uma
delas. Outra vantagem do serviço voluntário é a possibilidade de aprimoramento
das soft e hard skills na prática, em um ambiente mais livre da rigidez do
ambiente corporativo e nem por isso menos desafiador, pois subsiste da
mão-de-obra voluntária e depende do investimento de terceiros.
Ou seja,
não tem capital próprio e sua força de trabalho depende, muitas vezes em grande
percentual, da espontaneidade das pessoas.
Por
outro lado, podemos contar outros benefícios que comumente são elencados como
sensação de bem-estar promovida pela liberação de endorfinas quando se ajuda
alguém e o combate ao tédio e doenças psicológicas quando se dedica a um
projeto social, cujos resultados podem incluir desde o resgate de animais,
prevenção de doenças, ajudas humanitárias ao combate à poluição, por exemplo,
tanto localmente quanto internacionalmente.
Encontrar
um propósito no voluntariado pode ser mais importante do que salvar alguém,
pode ser salvar-se a si mesmo. O fato é que um estudo da Universidade de
Michigan comprovou que uma pessoa voluntária é mais feliz do que quem não é. E
mais: os voluntários vivem, em média, quatro anos a mais do que quem não é.
Mas,
não é preciso esperar o Dia do Voluntariado para dar um passo nessa direção.
Uma forma de escolher qual organização auxiliar é buscar por uma que defenda
uma causa na qual você acredita. Dessa forma, fica muito mais gostoso se
envolver.
Por
exemplo, o Instituto BH Futuro (IBHF) é um hub de inovação social com projetos
culturais, esportivos, educacionais e de fomento à inovação e empreendedorismo
para crianças e adolescentes do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte.
São
realizados cursos diversos, como o de jovem aprendiz, educação de jovens e
adultos e cursos profissionalizantes de aprendizagem industrial em parceria com
instituições, como o SENAI e a Amipão.
Aqui
no IBHF, já atendemos mais de 15 mil crianças e adolescentes, 3.500 famílias e
5.000 pessoas da comunidade do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, já
participaram ou foram atendidas pelo ECE-BH.
Com
a pandemia, sabemos que muitas organizações tiveram de reduzir seus programas,
principalmente presenciais, e outras centenas fecharam suas portas por falta de
investimento e mão-de-obra.
Outra
forma de se voluntariar é investindo recursos empresariais, em um modelo de
voluntariado corporativo. Mais do que investir com recursos, queremos contar
com empresas que contribuam na geração de projetos inovadores e possam agregar
aos projetos as competências e expertise de seus colaboradores, por meio do
voluntariado empresarial e possam se beneficiar dos projetos desenvolvidos,
seja com a incorporação de colaboradores ou novas soluções e
processos.
A
ideia é desenhar, com cada investidor social, as interfaces e resultados
esperados com as parcerias. Novas ideias e projetos são bem-vindos. Um exemplo
prático envolvendo o Investidor Social e seus colaboradores, outros parceiros
da instituição, os educandos e o IBHF.
As
possibilidades são inúmeras e, somadas a elas, o investidor social
proporcionará às mais de 1.200 crianças e adolescente o acesso às atividades
que podem transformar suas vidas e de seus familiares ao buscar como resultado
a geração de capital humano, social, cultural e ambiental. Por meio da educação
integral, queremos transformar radicalmente a estrutura social da comunidade em
que estamos inseridos.
As
crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social têm o IBHF como
uma de suas poucas oportunidades de desenvolvimento e potencialização de sua
mobilidade social, com a possibilidades de inserção na sociedade e no mercado
de trabalho de forma competitiva, trabalhando para construírem uma vida digna e
sustentável.
Faça
a diferença agora.
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Maira Mattos é coordenadora de projetos no Instituto BH Futuro.
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