Pandemia de Covid-19 levou o comércio tradicional
para o on-line por necessidade, mas também como mais um canal de venda
A quarentena imposta pelos governos para conter
a propagação do coronavírus obrigou muitos estabelecimentos comerciais a
fazerem entregas somente em domicílio, o chamado delivery, ou retirada em balcão mediante adoção
de todos os protocolos sanitários.
Para Juam Rosa, CEO da Complement Consultoria
& Marketing, que oferece soluções completas de implantação de modelos de
negócios arrojados, com conceitos de operações que vão desde a abertura de
pequenas lojas até a sua plena expansão, o varejo já migrou para o e-commerce e quem não migrar
pode estar com os dias contados. “Ter atuação multicanal, utilizando o comércio
eletrônico, redes sociais, delivery
foi, é e será crucialmente importante daqui para a frente”, sentencia.
O executivo reforça que o comércio digital é um
caminho sem volta e os consumidores não vão aceitar que varejistas abandonem os
canais digitais, mesmo com as lojas abertas. Segundo Juam, para 91% dos
brasileiros, marcas que adotaram vendas on-line
durante a pandemia devem continuar a prática mesmo com o fim das restrições.
“Isso se aplica também para as estratégias de canais, se a empresa passou a
vender via app,
Instagram ou WhatsApp, ela não pode voltar atrás. Afinal, essas estratégias não
podem estar disponíveis somente quando for conveniente para o comerciante”,
pontua.
Na opinião do CEO da Complement, um dos
desafios do varejo é a capacitação dos profissionais que atuavam no presencial
para o digital. Segundo Juam, a transição foi feita com a adoção de novas
plataformas de vendas com profissionais especializados no atendimento, sistemas
de informações mais avançados e marketing digital bem feito.
Desafios pós-pandemia
De acordo com Juam Rosa, a pandemia afetou
fortemente o varejo em geral. Com exceção dos supermercados, que segundo o
executivo tiveram as melhores vendas de todos os tempos, no restante do setor
houve uma retração de faturamento de até 60% e fechamento de milhares de lojas
e postos de trabalho.
Para o executivo, os três principais desafios a
serem enfrentados pelo setor varejista é a alta competitividade com
lucratividade baixa, necessidade de modernizar as lojas físicas, ter atuação
multicanal e venda por e-commerce.
Ele ainda ressalta que as lojas virtuais
deverão funcionar como os grandes magazines físicos, adotando a
departamentalização. No vestuário, por exemplo, Juam destaca que moda feminina,
masculina e infantil devem ser separadas dentro da loja com apelo de
comunicação visual diferente, bem como divididas por setor e categorias, para
facilitar a compra para o consumidor e aumentar as vendas.
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