Cada
vez mais imediatistas, hiperconectados e exigentes, antes de finalizar compras
– tanto em lojas físicas quanto no e-commerce, o consumidor moderno passou a
observar muito mais do que rótulos e preço dos produtos expostos nas
prateleiras. Bem informados, cada vez mais, eles priorizam pela reputação das
empresas, optando por marcas que demonstram comportamentos diferenciados e
respeitos perante às diferentes causas. São as chamadas empresas socialmente
responsáveis.
Gerando
inspiração para estudos em diversas áreas do conhecimento, tais como
administração, marketing,
direito, psicologia, de acordo com especialistas, além dos quesitos: qualidade,
atendimento, preço e propaganda ética, a responsabilidade social tem sido uma
das característica mais importante no momento de decisão de compra e, claro,
para o encantamento de novos clientes.
“A
cada dia, o conceito de responsabilidade social ganha mais relevância entre as
empresas que passaram a observar mudanças comportamentais de seus clientes. Além das vantagens adquiridas com o
público, as marcas podem adquirir benefícios com as leis fiscais”,
disse a gerente de projetos do Instituto BH Futuro, Maíra Matos.
De
acordo com a pesquisa
Trust Barometer de 2020, da Edelman, consultoria americana de marketing,
divulgada pelo site Consumidor Moderno, a confiança na marca é importante ou
essencial para 90% dos entrevistados brasileiros. Com a pandemia, esse critério
de confiabilidade na empresa cresceu 55 pontos em relevância.
Ainda
de acordo com o estudo, a confiança na marca é a soma da capacidade, da
integridade, da credibilidade, do propósito e da sua conexão com os valores dos
consumidores.
Ao
encontro desses resultados, Maíra pontua que as ações não devem ficar apenas na
teoria. Segundo ela, é preciso colocar as causas defendidas em prática, com
soluções não apenas para os clientes, mas para a sociedade como um todo.
“Há
algum tempo, muitas marcas pregavam essa ideia de forma indevida, agindo de
forma contrária na prática. Hoje, com a potência e influência da internet, o
departamento de marketing passou a ser ainda mais cuidadoso, evitando,
principalmente, o temido ‘cancelamento’ nas redes sociais”, pontuo a gestora do
IBHF.
Entre
os benefícios de ser uma
empresa socialmente responsável, Maíra, exemplifica que na
pandemia, empresas que já se preocupavam com essa temática tiveram algumas
vantagens perante os consumidores, fazendo com que elas pudessem enfrentar a crise com mais facilidade e
com possibilidades de recuperação econômica mais rápida no pós-pandemia.
“O
público está cada vez mais consciente e atento à reputação e histórico das
marcas. Isso fez diferença na crise. Para aqueles empresários que ainda não
estão acostumados com o tema e não possuem engajamento em defesa de causas, é
valido lembrar que nunca é tarde para começarem a colocar em prática o lado
social”, reforçou a gerente.
Ainda
de acordo com ela, ao respeitar, investir e divulgar essa preocupação, a
empresa adquire competitividade,
maximização das oportunidades e vantagens com fornecedores, acionistas e
importantes negociações.
“Outro
detalhe, é que além de aproximar os clientes, empresas podem ser beneficiadas
pelas Leis de Incentivo Fiscal. Ao fazerem isso, é possível investir o que
seria destinado ao recolhimento dos impostos em novas estratégias para o
crescimento da empresa com um planejamento alinhado aos objetivos da marca,
criando oportunidades de aumentar a visibilidade e a comunicação das empresas
com os seus consumidores”, finalizou Maíra Matos.
Comentários
Postar um comentário