16a CineOP promove Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais para discutir manutenção e memória de acervos em diversas plataforma

 


Durante seis dias de programação, 16a CineOP promove debates, masterclasses internacionais e diálogos da preservação, a serem transmitidos online, para refletir as mudanças e impactos tecnológicos desde 1990 e a sobrevivência de conteúdos e acervos brasileiros

Desde sua primeira edição, a CineOP promove em suas edições anuais o Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros - uma iniciativa pioneira no contexto da cadeia produtiva do audiovisual que reúne profissionais da preservação, pesquisadores, técnicos, museólogos, acadêmicos, produtores e cineastas e interessados em participar e discutir as questões cruciais do setor da preservação.

Em sua 16a edição, de 23 a 28 de junho, a CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto propõe enfocar no contexto da Temática Preservação, uma reflexão conceitual com o tema “Preservação Audiovisual: Que caminhos trilhar?”, debatendo os anos de 1990 como tempos de transição tecnológica e conceitual em torno das guardas de material audiovisual. Os debates que integram o Encontro de Arquivos vão refletir o assunto a partir de um recorte temporal e avaliar perspectivas para os novos tempos. A curadoria é assinada pela dupla José Quental e Ines Aisengart Menezes. A programação será transmitida no site www.cineop.com.br.

O 16o Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros inicia com o debate inaugural "Memórias entre diferentes tempos", no dia 24 de junho, quinta, às 10 horas. A mesa contará com presenças relevantes a cada temática, para discutir o mote central do evento. Pela preservação, a professora de Política e Gestão da Cultura da UFRB, Laura Bezerra, participa ao lado da professora e pesquisadora Inês Teixeira (indicação da Temática Educação) e do professor e pesquisador Alfredo Manevy (História). A mediação é da curadora da Temática Educação Clarisse Alvarenga.

Experiências fora do Brasil ganham um recorte inteiro na CineOP, no intuito de compartilhar experiências, aprendizados, desafios e perspectivas. Ainda na quinta, dia 24, às 14 horas, Yvonne Ng, responsável pelo acervo da WITNESS, ONG baseada em Nova York, ministra a masterclass internacional “Registrar é lutar: O audiovisual como ferramenta na luta por direitos” sobre a atuação da organização, as ferramentas criadas para arquivamento, a utilização do audiovisual como evidência e mecanismos de proteção de pessoas envolvidas e a gestão do acervo de vídeo analógico e digital.

Fechando a programação de debates da Temática Preservação, também no dia 24, às 16 horas, a mesa “A preservação de vídeo” reunirá Caetano Corrêa, do Acervo Djalma Corrêa; Ruy Gardnier, chefe de catalogação do acervo do Circo Voador; e Lorena Maria, Chefe de Acervo e Distribuição da TV Senado, com mediação da professora e pesquisadora Joice Scavone, para fazerem apresentações técnicas e suas formas e recursos de trabalho com material registrado desde o começo dos anos 1970.

Na manhã do dia 25, sexta, às 10 horas, o encontro “A preservação de conteúdos nas redes sociais” faz um corte no tempo para trazer a conversa à proliferação das redes sociais que caracteriza o século 21 e a quantidade de material produzido diariamente nesses ambientes. O Brasil está atrasado em políticas nessa área, pois a intensa produção não está no escopo de prospecção de instituições tradicionais de patrimônio audiovisual. Quais são as ações de preservação de diferentes frentes de produção de conteúdo propagado em redes sociais? Estarão reunidos Dalton Martins, UnB/Projeto Tainacan; Ana Pessoa, do Mídia Ninja; e Anápuàka Tupinambá, da Rádio Yandê e Rede de Cultura Digital Indígena, com mediação do sociólogo e escritor Mário Augusto Medeiros da Silva. Na sequência, às 14 horas, o público é convidado a conferir a masterclass internacional “Estratégias para o digital no Eye Filmmuseum e na Fiaf”, com Anne Gant, chefe de Conservação de Filmes e Acesso Digital da principal iniciativa de patrimônio audiovisual na Holanda.

O entendimento dos processos de cuidado e preservação conta com uma série de conversas que buscam reunir informações e orientações sobre o assunto sob várias perspectivas, inclusive internacional. No dia 26, sábado, às 16 horas, a mesa “A restauração de obras audiovisuais” é inteira nesse sentido, tratando dos processos de restauro e levantando a reflexão sobre ética e limites no manuseio das obras. A proposta é falar da importância dos laboratórios e dos diferentes processos de restauro, do processo fotoquímico e a chegada do digital. Participam Alexandre Rocha, sócio-diretor da Afinal Filmes; Mauro Domingues, arquivista especializado em preservação audiovisual; e Myrna Brandão, Presidente do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro. A mediação é de Alex Vasquez, diretor-tesoureiro da ABPA e Supervisor de Programação no Sesc SP.

No mesmo dia 26, às 18 horas, dialogando com este encontro, a mesa “Preservação: Da criação ao acesso” trata como a tecnologia digital, em constante processo de transformação, impõe cada vez mais a necessidade de pensar e planejar a preservação como uma etapa inseparável do processo de pré-produção de um filme. E o que produtores estão fazendo para assegurar que novas gerações tenham acesso às suas criações? Para participar da discussão, estarão reunidos os cineastas Lara Beck Belov, Marina Thomé, Rosemberg Cariry e Vladimir Carvalho. A mediação é da curadora de curtas da Mostra Contemporânea, Camila Vieira.

No domingo, dia 27, às 12 horas, o mote da temática estará diretamente em debate numa mesa que leva justamente o título “Preservação Audivisual: Que caminhos trilhar?”, com Aluf Alba Elias, representando o Arquivo Nacional; Fernanda Coelho, conservadora audiovisual com muitos anos de Cinemateca Brasileira; Hernani Heffner, da Cinemateca do MAM e Marcos Sabóia, representando a Cinemateca de Curitiba. Eles falarão sobre como hoje, apesar dos avanços de anos anteriores, o campo da preservação enfrenta uma profunda crise, em especial considerando a situação grave da Cinemateca Brasileira e o cenário da pandemia. Na sequência o Arquivo Nacional lança a publicação "Declaração Digital | Recomendações para a digitalização, restauração, preservação digital e acesso", de autoria da Fiaf.

E às 14 horas, Ricardo Alfonso Cantor Bossa, diretor da Cinemateca de Bogotá, ministra a masterclass internacional que abordará “O audiovisual e a educação na Cinemateca de Bogotá”, onde vai compartilhar suas experiências, em especial sobre os atuais tempos de novos desafios.

Às 16 horas, o encontro “Planos e estratégias de preservação digital para organizações” propõe práticas e ações que possam colaborar no setor, já que o âmbito digital requer, entre outras medidas, uma abordagem ativa da preservação, além de ações colaborativas entre profissionais das áreas de administração, arquivo e tecnologia da informação. A mesa conta com representantes de diferentes organizações para conhecer e discutir alguns exemplos práticos de planos e estratégias voltados para a preservação digital de documentos e acervos: Antonio da Silva – ONU, Marco Dreer - ABPA e Priscila Néri – Witness, com mediação da presidenta da ABPA, Débora Butruce.

Na segunda, dia 28, às 12 horas, a produção universitária está nas preocupações do Encontro de Arquivos com a mesa “A preservação na extensão acadêmica”, destacando o trabalho do LUPA - Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual, iniciativa de professores da Universidade Federal Fluminense e pioneira no trabalho da produção discente do curso de audiovisual e na formação, preservação e acesso de acervo regional. Participam os professores da UFF, João Luiz Vieira e Rafael de Luna Freire, com mediação do secretário-geral da ABPA, Tiago de Castro Gomes.

Fechando a programação de debates da Temática Preservação com chave de ouro, o encontro internacional “A preservação na América Latina” estará no centro da fala de Mónica Villarroel, diretora da Cinemateca Nacional do Chile e coordenadora executiva da CLAIM (Coordenadoria Latinoamericana de Imágenes en Movimiento), associação de 35 arquivos e cinematecas do continente.

A programação da temática se completa com a Mostra Preservação. Dentre os destaques, a sessão do clássico “O País de São Saruê”, primeiro longa do documentarista Vladimir Carvalho, lançado em 1971, que registra a vida de lavradores e garimpeiros no vale do rio do Peixe e o cotidiano de secas e pobreza na região semiárida nordestina. O filme será apresentado em sua versão restaurada fotoquimicamente ao final da década de 1990 pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro (CPCB).

Ainda, serão apresentadas obras selecionadas por participantes de algumas das discussões que compõem o Encontro Nacional de Arquivos: a Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta três episódios do programa televisivo "Revista do Cinema Brasileiro". Por sua vez, o Arquivo Nacional apresenta um documentário biográfico sobre Marechal Cândido Rondon e uma edição do cinejornal "Revista da Tela". Na mostra está também o documentário de 1993 de Ozualdo R. Candeias sobre a "Cinemateca Brasileira". Realizado em vídeo, é uma obra singular e importante que registra um momento crucial da história daquela instituição e que nos ajuda a pensar e colocar em perspectiva os desafios enfrentados atualmente. Dois outros filmes completam a Mostra Preservação neste ano: uma compilação de registros do acervo do instrumentista, compositor e pesquisador Djalma Corrêa e o documentário "Circo Voador - A Nave", a partir de indicação do Acervo Circo Voador. Ambos acervos foram tratados e disponibilizados ao público.

Todos os filmes da Mostra Preservação estarão disponíveis gratuitamente de 24 a 28 de junho pelo site cineop.com.br.

SOBRE A CINEOP

Pioneira desde sua criação (2006), a enfocar a preservação audiovisual, história, educação e a tratar o cinema como patrimônio, a CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto chega a sua 16ª edição, de 23 a 28 de junho de 2021, no formato online e reafirma seu propósito de ser um empreendimento cultural de reflexão e luta pela salvaguarda do rico e vasto patrimônio audiovisual brasileiro em diálogo com a educação e em intercâmbio com o mundo.

Estrutura sua programação em três temáticas: preservação, história e educação. Durante seis dias de evento, o público terá oportunidade de vivenciar um conteúdo inédito, descobrir novas tendências, assistir aos filmes, curtir lives musicais, trocar experiências com importantes nomes da cena cultural, do audiovisual, da preservação e da educação, participar do programa de formação que oferece oficinas, masterclasses internacionais e debates temáticos. Tudo de graça pelo site www.cineop.com.br.

Acompanhe a 16a CineOP e o programa Cinema Sem Fronteiras 2021.

Participe da Campanha #EufaçoaMostra

 

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SERVIÇO

16a CINEOP - MOSTRA DE CINEMA DE OURO PRETO

23 a 28 de junho de 2021

LEI FEDERAL DE INCENTIVO À CULTURA

Patrocínio: Instituto Cultural Vale, Cedro Mineração, Cemig|Governo de Minas Gerais

Parceria Cultural: Sesc em Minas, Prefeitura de Ouro Preto, Casa da Mostra e Instituto Universo Cultural

Apoio: Universidade Federal de Ouro Preto, Parque Metalúrgico Augusto Barbosa, Rede Minas, Rádio Inconfidência, Canal Brasil e Café 3 Corações

Idealização e realização: Universo Produção

Secretaria Especial de Cultural / Ministério do Turismo / Governo Federal Pátria Amada Brasil

 

PROGRAMAÇÃO GRATUITA PELO SITE WWW.CINEOP.COM.BR

  • ABERTURA OFICIAL
  • EXIBIÇÃO DE FILMES - LONGAS, MÉDIAS E CURTAS
  • PRÉ-ESTREIAS E MOSTRAS TEMÁTICAS
  • MOSTRINHA
  • MOSTRA VALORES
  • SESSÕES CINE-ESCOLA
  • ENCONTRO NACIONAL DE ARQUIVOS E ACERVOS AUDIOVISUAIS BRASILEIROS
  • ENCONTRO DA EDUCAÇÃO: XIII FÓRUM DA REDE KINO
  • DEBATES, DIÁLOGOS E RODAS DE CONVERSA
  • OFICINAS
  • MASTERCLASSES INTERNACIONAIS
  • EXPOSIÇÃO VIRTUAL "MEU CARTÃO POSTAL DE OURO PRETO"
  • PERFORMANCE AUDIOVISUAL
  • SHOWS

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