Empreendimento poderá receber até 50 empresas que, unidas em um único ecossistema, colocam o oeste do Paraná em evidência. Parque será inaugurado no dia 24
A
cidade de Medianeira, no oeste paranaense, inaugura, no dia 24, o primeiro
Parque Científico e Tecnológico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(UTFPR). O empreendimento será o primeiro dos 13 campis da instituição
existentes no estado neste formato e unirá empresas privadas num mesmo ambiente
em prol da pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, focados em
inovação na prática..
Para
o presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação
do Paraná (Assespro-PR), Lucas Ribeiro, a implantação do Parque significa
valorizar as ideias que nascem pequenas, mas com potencial, e que podem fazer a
diferença. Ele ressalta que o setor de tecnologia é um dos expoentes nacionais
e que a vinda de novas empresas e profissionais é garantia de desenvolvimento.
“Como entidade, colocamos a Assespro-PR à disposição do Parque. Parabenizamos o
campus pela imensa conquista. Só posso dizer que a tecnologia é um caminho sem
volta e um passo ao futuro”.
O
prefeito de Medianeira, Antonio França, lembra que o município, por conta da
Universidade, recebe estudantes de todo o país; logo, o Parque significa
acolher as grandes ideias que despontam na academia, viabilizando projetos.
“Além de oportunizar o desenvolvimento local com a geração de emprego e renda,
o Parque estará produzindo soluções para questões e/ou demandas globais”,
destaca. “O Parque Tecnológico é uma extensão que proporcionará meios e
condições para a pesquisa, desenvolvimento e produção de tecnologia. Por isso,
a nossa expectativa é muito grande. Estamos certos de que o nosso município
será referência também na produção de tecnologia e, enquanto meio público,
faremos todo o possível para contribuir”, complementa França.
Com
100 mil metros quadrados, o empreendimento poderá receber, em média, até 50
empresas. Com unidade de negócios, o Parque em pleno funcionamento será o
terceiro maior polo socioeconômico regional, ficando atrás apenas de duas
grandes cooperativas agroindustriais (ambas da cidade), cujo faturamento é
estimado em mais de R$ 10 bilhões/ano. Poderão se instalar no Parque empresas
iniciantes e quem já está em atuação. O espaço terá, ainda, laboratório de
inovação e barracões para acolher as empresas maiores. A equipe da SWA Sistemas
Acadêmicos, por exemplo, quer transformar o Parque em sua “casa”.
CEO da SWA, Leandro Scalabrin, terá no Parque a
oportunidade de acelerar o crescimento da empresa
“O
Parque é o ambiente perfeito para acelerar o nosso desenvolvimento. Eu acredito
que esse ambiente, onde entra a parte acadêmica, é um passo para aproximar essa
área com a empresarial. É uma solução enorme neste sentido”, conta o CEO,
Leandro Scalabrin. A SWA nasceu em 2006, dentro da UTFPR. “Passamos pela
incubadora e, agora, como egresso, estamos voltando ao Parque para implementar
o processo de crescimento e expansão. Estamos voltando para um hangar com mais
de 600 metros quadrados. Fui aluno da instituição, voltei como professor, saí
da docência e agora empreendedor. O ambiente de inovação é o que nos motiva ao
retorno”, conta.
As
empresas têm um tempo longo de permanência no Parque até deixá-lo. A primeira
concessão é de 20 anos, renovados por mais 20. Além de saírem preparadas para o
mercado de tecnologia, enquanto “filhas” do empreendimento, mudam a realidade
da comunidade. Esta é a visão que tem do espaço Flávio Feix, diretor-geral do
campus UTFPR em Medianeira e do diretor de Relações Empresariais e
Comunitárias, Antônio Luiz Baú. “A existência do Parque é dar oportunidade e
ser um espaço gerador de conhecimento e de tecnologia, que vai trazer
benefícios para as pessoas de modo geral. Isso, não só para a cidade, mas para
toda a região”, diz Feix. “São novas vagas de trabalho, tanto para os graduados
da Universidade quanto para outros profissionais e empresas. É a promoção da
transferência de conhecimento, geração de novos produtos e serviços. É algo
complexo, mas que culmina para o desenvolvimento econômico regional”, finaliza.
No
mesmo viés, a secretária do Desenvolvimento Econômico de Medianeira entende que
o Parque estabelece uma nova linguagem em desenvolvimento econômico e
sustentável. “Mas, principalmente, para trazer negócios mais qualificados.
Teremos não apenas as empresas de tecnologia, mas todas as outras ligadas a
este tipo de desenvolvimento econômico visando a sustentabilidade e trazendo
para o cotidiano da região as questões da inovação em todos os sentidos”,
avalia Márcia Hanzen.
O
Parque Científico e Tecnológico contemplará Hotel Tecnológico, Incubadora e,
finalmente, a Aceleração e Expansão das Empresas. E quando se fala em inovação,
não se trata exclusivamente de empresas de tecnologia. “Acontece muito mais no
varejo, pode ser algo muito simples, como mudar a forma de atender, de fazer
uma vitrine, de cumprimentar o cliente de maneira mais acolhedora. E as
empresas de tecnologia devem ser parte do processo, e não todo o processo.
Porque a demanda não está na empresa de tecnologia, mas numa joalheria ou numa
loja de calçados”, comenta Scalabrin.
Do
espaço, 4.500 m² são de obras já edificadas, além dos terrenos disponíveis para
as empresas que desejam construir. O aporte é do Governo Federal (já foram
investidos na estrutura mais de R$ 5 milhões). O Parque fica na avenida 24 de
outubro, s/nº, na BR 277, km 671.
SOLENIDADE
O
Parque Científico e Tecnológico de Medianeira será inaugurado no dia 24, às 10
horas. Por conta da pandemia da Covid-19, a presença à solenidade será limitada
a um pequeno número de participantes. Mas a comunidade poderá acompanhar o
momento oficial por meio do canal: https://www.youtube.com/watch?v=eK27Pb
Comentários
Postar um comentário