· Amcham promove
Fórum de Saúde com participação da Anvisa
· Agência vai
receber pedidos de uso emergencial de mais duas vacinas chinesas, de uma
canadense e uma americana; vacinas nacionais seguem em análise
Na
batalha contra o novo coronavírus, instituições nacionais e internacionais
correm contra o tempo para desenvolver novas vacinas e medicamentos eficazes e
seguros no combate à covid-19. As perspectivas da entrada de novos imunizantes
ao Brasil são positivas, mas os desafios tecnológicos, logísticos e de produção
para vacinar a população prioritária, que é de 75 milhões de pessoas, ainda são
barreiras a serem vencidas.
No
Fórum de Saúde promovido pela Amcham Brasil (Câmara Americana de
Comércio) e transmitido pela Amcham em Curitiba, Gustavo
Santos, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa,
explica que a agência está cada vez mais ágil no processo de aprovação de
vacinas, adotando as inspeções virtuais, flexibilizando seus métodos, mas
sempre com o foco em prevenir riscos e garantir a segurança da população. “A
pandemia acelerou a nossa aproximação com o setor de pesquisa e iniciativa
privada, em conjunto, estamos conseguindo avaliar e dar o devido aconselhamento
científico aos pesquisadores”, explica Santos.
Algumas
vacinas já estão em análise, como a Ad26.COV2.S, desenvolvida pela
Janssen-Cilag, divisão farmacêutica da Johnson & Johnson, que acaba de ser
aprovada para uso emergencial; a russa Sputinik V; a indiana Covaxin; e a
chinesa Cansino Biotech. Estão sendo verificados os estudos clínicos das
vacinas nacionais Versamune, S-UFRJvac, SpinTech e ButanVac que ainda estão na
fase dos modelos laboratoriais.
“Em
breve, devem chegar os estudos e pedidos de uso emergencial de mais duas
vacinas chinesas, de uma canadense e uma americana. São tecnologias diferentes
e muito importantes, pois neste contexto de pandemia precisamos ter a
diversificação nas estratégias de combate”, adianta o gerente da Anvisa.
Quanto
aos soros hiperimunes, o do Instituto Butantan já foi aprovado e o do Instituto
Vital Brasil está em verificação.
Marco Aurelio Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, também mostra um cenário esperançoso. “Mesmo com as dificuldades, produzimos uma vacina em tempo recorde e esperamos em 2022 chegar a produzir 300 milhões de doses”.
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