Cooperativismo feminino: mulheres celebram mês de março com aumento de participação no setor

 



De acordo com dados do Sistema OCB, Brasil conta com mais de 5 milhões de cooperadas

Sara Jacobi, produtora de suínos e cooperada da Frísia, no Paraná, começou sua caminhada no setor em 2016. “Eu entrei nesse ramo há cinco anos e foi por sucessão familiar. Na época, meu pai estava reformando e ampliando os barracões e, por isso, eu aceitei o desafio de trabalhar nessa área”, conta. Ela é uma das 5.256.000 cooperadas no país e contribui para a produção da Alegra, indústria de derivados da carne suína localizada em Castro. 

Para Sara, a palavra que resume o dia a dia no setor é superação. “Os desafios não são poucos e, para seguir em frente, é preciso manter o foco e realmente gostar de trabalhar com isso. Nem sempre os resultados são imediatos, mas com persistência e acompanhando tudo de perto, torna-se uma atividade prazerosa”, explica. Como cooperada da Frísia, Sara faz parte do projeto de intercooperação da Unium, marca institucional das indústrias das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal e que representa os projetos em que as cooperativas paranaenses atuam em parceria. 

Indústria

Além das cooperadas, o setor também conta com colaboradoras que fazem parte do dia a dia das indústrias, responsáveis por transformar o material que vem da produção dos cooperados em produtos para o mercado. Para a supervisora do laboratório da Fundação ABC, instalado na indústria de trigo da Unium, Viviane Kochinski, atingir o cargo que ocupa atualmente é uma vitória. “Tenho como conquista chegar onde cheguei com comprometimento e seriedade. Toda mulher busca seu espaço e sabemos que nem todo ambiente proporciona isso, infelizmente. Mas no ambiente de trabalho em que atuo, jamais senti distinção, pelo contrário, sinto valorização”, ressalta. 

Já para a coordenadora administrativa da Unidade de Beneficiamento de Leite de Ponta Grossa, Kathiane Keroline Dias, o segredo para que mulheres cheguem mais longe é a descoberta do potencial de cada uma. “Existem mulheres fortes e existem mulheres que ainda não descobriram a sua força. Hoje, um dos principais desafios da sociedade é a empatia, pois temos que entender que cada pessoa possui dificuldades e problemas diferentes, e nós devemos nos colocar no lugar delas para ajudar e colaborar da melhor forma possível para a descoberta do potencial de cada uma”, explica. 

Valores do cooperativismo

Para as mulheres e, principalmente, aquelas ligadas ao setor cooperativista, março é um mês especial. Além da celebração do Dia Internacional da Mulher, que traz à tona a luta por igualdade, também é comemorado o Dia da Integração Cooperativista. 

A data celebra valores do cooperativismo que reforçam o papel do modelo que promove o desenvolvimento sustentável da comunidade. As cooperativas se destacam por serem geridas de forma democrática e participativa, de acordo com o que pretendem seus associados, e assim criando um ambiente colaborativo e plural, que abre espaço para a participação de todos. 

Comentários