Artigo por Haenae Ament, Head de Atendimento e Novos Negócios da Quattromani Propaganda
A
pandemia de Covid-19 trouxe à tona um aspecto adicional para a percepção dos
consumidores. Além de levar em consideração somente as características e a
qualidade dos produtos e serviços, cada vez mais fatores importantes para o
público são o posicionamento, os valores e princípios adotados pelas marcas.
O
contexto atual possibilita às organizações uma oportunidade para o
reposicionamento, seja por evolução ou necessidade. Trata-se de um desafio, mas
que pode ser enfrentado pelas marcas como forma de manter, reforçar ou
desenvolver valores sólidos. Vale lembrar que, apesar da adaptação que será
feita, a essência do seu negócio permanece a mesma.
O
reposicionamento de marca é de extrema importância, visto que a pandemia em que
vivemos é a primeira na era digital, na qual todas as atitudes da empresa
são percebidas pelos consumidores. O rebranding é importante, também,
porque a sociedade, e consequentemente o mercado, estão em constante mudança.
Com
a pandemia de Covid-19, muitas marcas precisaram se posicionar e estabelecer
novas prioridades. Segundo pesquisas da Kantar IBOPE Media, feitas no primeiro
semestre de 2020, empresas com reputação mais forte têm seus negócios mais
protegidos durante a crise.
O
levantamento revelou que para 87% dos entrevistados as marcas devem comunicar
principalmente seus esforços para enfrentar a situação e sobre como podem ser
úteis nesse novo dia a dia, 80% concordam que as empresas devem evitar explorar
a situação do novo coronavírus para promover suas marcas e 78% dos consumidores
acreditam que se deve reforçar os valores da marca, oferecendo uma perspectiva
positiva e utilizando um tom tranquilizador.
Desse
modo, as marcas devem ajustar seu ponto de vista dentro da nova realidade. É
fundamental equilibrar a coerência entre discurso e prática, empatia e mostrar
valor ao consumidor para manter a força da marca neste cenário.
E
algumas marcas já começaram a transmitir seu novo posicionamento através do
design. Uma das marcas mais conhecidas do Brasil, a varejista Casas Bahia,
anunciou ainda em 2020 uma transformação ampla. Após completar um ano de nova
gestão, a Via Varejo reposicionou a marca da bandeira Casas Bahia alterando o
design, fazendo a remodelação do personagem “Baianinho”, nova interface nos
canais de venda digitais e reformas nas lojas físicas da operação.
Na
nova fase, a Casas Bahia faz uso da humanização na cara da marca, algo que nos
tempos atuais faz toda a diferença, e ingressa totalmente no mundo digital com
o mascote como influenciador digital e com a otimização da jornada do cliente
dentro da loja on-line. Durante a pandemia, o e-commerce da Via Varejo saltou
de 34% para 80% na representação das vendas totais da empresa. Depois de Casas
Bahia, vimos também outras importantes marcas como, Globo e Burger King,
adotando a mesma estratégia.
É
inegável que o reposicionamento de marca seja um grande desafio, mas é cada vez
mais necessário se adaptar ao constante movimento do mercado. A identidade
visual da empresa faz toda a diferença no que diz respeito a imagem que ela
passa ao cliente e o redesign é capaz de reaproximar a marca dos consumidores e
fortalecer a identidade e valores.
A
marca é um fator muito valioso para as empresas que, além de transmitir
valores, proporciona identidade ao negócio e, por consequência, exerce forte
influência no processo decisório de compra dos consumidores. Zelar pela sua
integridade é um ponto primordial para dar um novo sentido e manter sua força
de mercado.
Haenae Ament, Head de Atendimento e Novos Negócios da Quattromani Propaganda
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